Texto: Salmo 85.
Amados irmãos no Senhor Jesus Cristo,
Hoje confessaremos mais uma vez: “Creio em Deus Pai Todo-poderoso, Criador do céu e da terra”. Essa confissão de profundo significado tem para nós muitas implicações.
Confessar que o Deus que criou todas as coisas (visíveis e invisíveis) e as sustenta e governa pelo Seu poder, é por causa de Jesus Cristo, o nosso Pai celestial, tem como implicação que a nossa confiança, amor e esperança estão voltadas para Ele.
Sabemos que Ele é a única fonte de todo bem, que nEle se encontra a verdadeira felicidade. E que tudo o que nos sucede está dentro de Sua Providência para nós, e que certamente Ele fará com que isso redunde em nosso bem, e na glória de Seu nome.
Chegamos a essa confissão, porque o Espírito Santo nos concedeu fé para crer no que Bíblia ensina sobre Deus e sobre a salvação que Ele nos concedeu em Seu Filho Jesus Cristo. E uma vez que recebemos esta fé, isso muda nossa maneira de ver o mundo e de reagir às coisas que nos acontecem.
Mas amados irmãos, sabemos por experiência que apesar de confessarmos o que a Bíblia ensina sobre o nosso Pai celestial, muitas vezes quando somos atingidos pela aflição, nos sentimos como que cercados por um nevoeiro que obscurece a nossa fé. E às vezes somos abatidos pelo temor, pela ansiedade e até pelas dúvidas. E é ai que percebemos, como somos fracos e frágeis.
O que devemos fazer em momentos assim? Certamente devemos nos voltar para o nosso Deus. Mas se a aflição nos cerca, como podemos orar de tal modo que nosso olhar ultrapasse o nevoeiro, do temor, da dúvida e da ansiedade?
Creio que o Salmo 85 pode nos ajudar a entender essa questão.
No Salmo 85, aprendemos que: Em momentos de aflição devemos nos voltar para o SENHOR em oração com:
Gratidão pelo passado (vv.1-3);
Súplica pelo presente (vv.4-7);
Esperança quanto ao futuro (vv.8-13).
- Em momentos de aflição devemos nos voltar para o SENHOR em oração com gratidão pelo passado (ler vv.1-3).
A primeira coisa que notamos neste Salmo é que ele é direcionado ao “mestre de canto”, sendo um Salmo litúrgico para o uso no culto.
Você pode observar que os verbos do v. 1 ao 7 estão no plural, indicando que é o povo de Deus quem canta. E que dos vv. 8 ao 13, temos um só pessoa falando aquilo que seria a resposta de Deus, à súplica de seu povo.
O Salmo 85, foi composto pelos descendentes de Corá (ou Coré), aquele homem que junto com Datã e Abirão, participou de uma rebelião contra Moisés e Arão. Corá e os demais rebeldes sofreram a disciplina do SENHOR. A terra se abriu e os tragou vivos no meio do acampamento de Israel.
Mas aqui revela-se a misericórdia do SENHOR: os filhos de Corá foram poupados. Mais tarde, alguns dos descendentes de Corá se tornaram porteiros e guardas do templo, e outros músicos e cantores do templo. Este Salmo é uma composição desses descendentes de Corá.
Não sabemos exatamente a ocasião histórica deste Salmo. Mas por causa de algumas palavras do Salmo, alguns estudiosos têm sugerido que foi composto depois do retorno do povo de Deus do exílio de 70 anos na Babilônia. Se o Salmo se refere a esta época, então o contexto envolve aquilo que aconteceu nos dias de Ageu, Esdras, Neemias e Zacarias. No entanto, não há como termos certeza sobre isso.
De qualquer forma, o Salmo menciona algum tipo de aflição decorrente da disciplina do SENHOR. Uma situação em que por causa dos seus pecados a nação estava experimentando a ira do SENHOR. De tal maneira que sentiam-se como mortos e sem alegria (v.6).
A razão dessa disciplina é que eles haviam caído na insensatez (loucura, v. 8), pecando contra o SENHOR, de tal forma que agora estavam experimentando as maldições da aliança que atingia a terra, impedido-a de produzir frutos (v.12). Se você ler o livro de Ageu perceberá que algo semelhante aconteceu na época em que ele profetizou.
O Salmo contém uma oração para que Deus perdoe e salve seu povo. Mas não é com esta oração que apela à misericórdia do SENHOR que o Salmo começa.
O Salmo não começa lidando com o presente. Mas antes, volta seu olhar para o passado.
Vocês podem observam nos vv.1-3, seis verbos que descrevem os feitos do SENHOR em relação ao seu povo, quando em ocasião anterior por causa do pecado, eles haviam experimentado a ira do SENHOR.
Nos vv.1-3, encontramos os seguintes verbos: “favoreceste, restauraste, perdoaste, encobriste, reprimiste e desviaste”.
Devemos começar por observar que o Salmo se refere a uma ocasião anterior, em que Israel havia pecado contra o SENHOR. No v. 2, encontramos o termo “iniquidade” que se refere à violação da lei, e o termo “pecado” tem ligação com errar o caminho.
Os pecados da nação suscitaram a ira do SENHOR, mencionada no v. 3 como “indignação” e “furor da tua ira”.
O Salmo não menciona, mas pelo restante das Escrituras, e pelo que o SENHOR fez, devemos entender que diante da ira do SENHOR, a nação buscou arrependida pela Sua misericórdia. O SENHOR então removeu a razão de Sua ira, o pecado do povo.
Por isso, lemos no v. 2: “Perdoaste a iniquidade de teu povo, encobriste os seus pecados todos.” Dois verbos descrevem a ação graciosa de Deus: “perdoaste” e “encobriste”. De modo que podemos dizer que quando Deus perdoa o pecado, Ele o cobre; e, quando ele cobre o pecado do seu povo, ele o cobre todo.
Esse cobrir significa que Deus não mais lhes cobraria por esses pecados.
E mais, uma vez que havia cessado sua ira, Ele lhes mostrou sua bondade, por meio de lhes ser favorável e de lhes restaurar (v.1). Esse restaurar, pode indicar um retorno ou voltar do cativeiro, ou simplesmente o restaurar a uma situação anterior. O Favorecer – tem a ideia de considerar aceitável alguém ou alguma coisa.
Portanto, o favorecer e o restaurar indicam que por meio de evidências claras que o SENHOR mostrou que lhes havia perdoado, mostrou que Sua ira havia cessado. São provas do perdão que Ele lhes havia concedido.
Amados irmãos, porque este Salmo ao lidar com uma aflição presente, começa por olhar para trás? Por que não começa com uma petição, mas com uma lembrança dos feitos do SENHOR no passado?
Porque olhar para as obras de Deus no passado nos faz lembrar quem Ele é.
Olhar para os feitos de Deus no passado nos ensina sobre a justiça e a misericórdia de Deus, nos ensina sobre sua graça e bondade. Dessa forma, em meio as aflições presentes, sabemos o que podemos esperar dEle.
É por isso que o profeta Jeremias ao lamentar o juízo de Deus sobre Seu povo, ao lidar com um quadro de desolação diz o seguinte em Lamentações 3.21: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.” E em seguida ele diz: “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.”
Como podemos, em momentos de aflição, olhar para o SENHOR, de modo que nosso olhar veja além do nevoeiro do temor, da dúvida e da ansiedade? Devemos trazer à memória quem Deus é, olhando para o que Escritura diz sobre Ele, e sobre os Seus feitos, mas também olhando para Sua obra nas nossas próprias vidas.
Então amados irmãos, aqui está a razão porque devemos começar nossas orações com adoração. Confessar a grandeza de Deus, seu poder, sua justiça, sua misericórdia, em oração, tem um efeito sobre nós.
E também devemos trazer a lembrança com gratidão os feitos de Deus em nossas vidas. Em Filipenses 4.6, o apóstolo Paulo nos fala sobre como lidar com a ansiedade, ouçam o que ele diz: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.”
No texto grego o termo “ações de graças” vem antes de petições. Você não começa sua oração como quem está fazendo uma reclamação, mas com gratidão.
Quando antes de pedir, você ora enumerando os motivos pelos quais deve ser grato a Deus, o nevoeiro se desfaz, pois você pode se lembrar de quem é Deus. É por isso que o versículo v. 7, nos fala sobre o resultado: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.”
É por isso que o Salmo começa com essa lembrança dos feitos graciosos do SENHOR pelo seu povo no passado. É por isso, que em momentos de aflição devemos nos voltar para o SENHOR com gratidão pelo passado.
- Em momentos de aflição devemos nos voltar para o SENHOR em oração com súplica pelo presente (ler vv.4-7).
Nesses versículos temos uma petição pelo favor do SENHOR. Ela se fundamenta no caráter de Deus, que em tempos passados perdoou os pecados do Seu povo e lhes mostrou sua misericórdia e graça.
Agora se pede: “Restabelece-nos, ó Deus da nossa salvação” (v.4). O Verbo traduzido por “restabelece-nos” é o mesmo que temos no v. 1 traduzido por “restauraste”. Ou seja, é uma oração para que o SENHOR faça no presente o mesmo que Ele havia feito no passado por seu povo. O povo ora: faz com que voltemos, restaura-nos!
Para que esta restauração se concretize é preciso que o SENHOR retire sua ira sobre seu povo.
Isso indica que o povo estava sentindo o juízo de Deus sobre eles por causa do pecado. Mais uma vez devemos pressupor que ao fazer este pedido para que o SENHOR retire sua ira de sobre eles, que isso é feito em um contexto de arrependimento.
É como se dissesse, nós já nos arrependemos, já clamamos aos SENHOR, mas ainda não estamos vendo os sinais do teu favor e da tua misericórdia, pelo contrário, ainda estamos sentindo o peso da tua indignação, o furor da tua ira. Isso provavelmente é entre outras coisas, uma referência à terra que não estava produzindo frutos. Seus pecados haviam provocado a ira do SENHOR e agora eles estavam experimentando as consequências de sua tolice.
No v. 5, temos duas perguntas, que tratam dessa questão da permanência da ira do SENHOR sobre Seu povo. Duas perguntas que requerem uma resposta negativa. Não. O SENHOR não permanecerá irado para sempre com seu povo.
No v. 6, temos mais uma pergunta. Agora a resposta requerida é positiva. O povo roga para que o SENHOR os vivifique, ou os mantenha vivos, para que possam se alegrar nEle.
Mas observem que este pedido para que o SENHOR retire de sobre seu povo Sua ira, que Ele restaure e vivifique seu povo, é feito com base na misericórdia do SENHOR. Por isso, no v. 7, se pede para que o SENHOR mostre sua misericórdia.
O termo “misericórdia” é uma referência ao amor pactual de Deus por seu povo, é sua graça e bondade exercidas no contexto da aliança.
“Mostra-nos, SENHOR, a tua misericórdia”, não só tenha misericórdia de nós, é um pedido para que pudessem ver as evidências dessa misericórdia.
No v. 4, o SENHOR é designado de “Deus da nossa salvação”. O Deus que liberta, que salva Seu povo. Agora há o clamor: “concede-nos a tua salvação”. Então em meio a aflição presente, o povo de Deus ora com base na misericórdia de Deus: salva-nos SENHOR!
Amados irmãos, o Salmo começou com uma lembrança do que Deus havia feito por eles.
E agora há o pedido para que Ele salve seu povo, que os trate com graça e misericórdia para que vivam, para que se alegrem em Deus.
Quando olhamos com gratidão para tudo o que o SENHOR tem feito por nós, o nevoeiro que por vezes procura obscurecer a nossa fé, é desfeito. Podemos orar com confiança, esperar com paciência, porque sabemos que o SENHOR salva. Que o SENHOR é misericordioso, gracioso, que Ele nos ama.
E que mesmo que nossa aflição seja parte da disciplina do SENHOR para nos despertar dos nossos pecados, ainda assim, se nos voltamos para Ele arrependidos, podemos esperar que Ele nos perdoe e nos conceda Sua bênção novamente.
À luz do que Deus já fez por nós no passado, não podemos duvidar de sua graça e misericórdia no presente.
Olhe para Cristo, olhe para cruz. A evidência clara do que Deus fez por você. A demostração do amor, da misericórdia, da graça, da bondade, da fidelidade de Deus.
Em Cristo você pode ter certeza de que Deus ouve sua oração, de que Ele cuida de você.
É por isso, que o apóstolo Paulo disse em Romanos 8.32: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?”
Portanto, se Deus em Cristo é o Seu Salvador, em momentos de aflição você pode se voltar para Ele em súplica pelo presente, certo de que Ele lhe socorrerá.
Se você pecar contra o SENHOR, pode ter certeza que se for a Ele arrependido, Ele o perdoará.
É sobre esta certeza da resposta de Deus, que nos fala a última parte do Salmo.
- Em momentos de aflição devemos nos voltar para o SENHOR em oração com esperança quanto ao futuro (ler vv.8-13).
Agora irmãos, a partir do v. 8, podemos notar uma mudança do plural para o singular. É como se do v. 1 ao v. 7, todo o povo cantasse, e agora a partir do v. 8 temos apenas uma voz que falará daquilo que se pode ouvir do SENHOR. Ele anuncia as promessas de salvação em termos maravilhosos.
Assim se evidencia que aquele que ora, que clama pela graça de Deus, que busca por socorro e direção deve estar pronto para ouvir a resposta do SENHOR por meio de Sua Palavra, por isso lemos no v.8: “Escutarei o que Deus, o SENHOR, disser”.
O que o SENHOR dirá? Como será sua resposta ao clamor do povo? O SENHOR “falará de paz ao seu povo e aos seus santos”. A igreja do SENHOR é denominada aqui de povo do SENHOR e de santos. Ao Seu povo, Deus fala de paz.
Paz é tradução do termo hebraico “Shalom”, esse termo se refere não simplesmente à ausência de conflito, mas ao bem-estar, bênção, a prosperidade.
Ainda no v. 8, o povo é lembrado a não cair na insensatez. A insensatez é o contrário da sabedoria. Aqui é uma referência à loucura do pecado. Pecar contra o SENHOR é insensatez, é loucura.
Todo pecado é loucura, mas especialmente retroceder. É um absurdo flagrante voltar de Deus para o pecado, depois que Ele falou paz. Quanto mais você entende algo do evangelho, mas loucura é voltar-se para o pecado.
A salvação foi mencionada no v. 4, onde o SENHOR foi apresentado como o “Deus da nossa salvação”, e no v. 7, onde o povo rogou: “concede-nos a tua salvação.”
Agora no v. 9, temos não uma súplica, mas uma confissão: “Próxima está a sua salvação dos que o temem”. Isso quer dizer que o SENHOR responderia à oração. Ele removeria seus pecados, afastaria sua ira, e lhes concederia livramento, e evidenciaria seu favor para com eles que o reverenciam e o amam.
Ainda no v.9, lemos sobre o objetivo desta salvação do SENHOR aos que o temem: “para que a glória assista em nossa terra”. Isso quer dizer que ao salvar Seu povo, o SENHOR manifestaria na terra a Sua glória.
Nos versículos 10 a 13, a resposta do SENHOR ao seu povo é descrita em termos que tem relação com a aliança. Nessa descrição os atributos do SENHOR são personificados. Esses versículos descrevem a salvação e a bênção do SENHOR sobre o Seu povo, em completa harmonia com Seu próprio caráter.
No v. 10, registra-se um encontro entre a graça de Deus, isto é o seu amor pactual, e sua verdade (ou fidelidade). É como se duas pessoas estivessem andando na rua, e se encontrassem. Neste caso quando Deus concede salvação ao seu povo em resposta ao seu clamor: seu amor pactual e sua fidelidade se encontram.
A seguir lemos: “a justiça e a paz se beijaram.” Mais um encontro.
A justiça de Deus aparece, mas em vez do povo receber a ira do SENHOR, a justiça e a paz se beijam. Paz aqui, mais uma vez é Shalom, termo que resume as bênção do SENHOR sobre o seu povo.
No v. 11, a descrição prossegue: “Da terra brota a verdade, dos céus a justiça baixa o seu olhar.” Assim se apresenta um quadro de harmonia entre o céu e a terra, como que reconciliados. O SENHOR faz com que da terra brote a verdade (fidelidade), e a Sua justiça como que volta sua atenção à terra, baixando seu olhar.
Diante de tal harmonia, diante desse revelar das perfeições do SENHOR, chega-se a uma conclusão: “Também o SENHOR dará o que é bom, e a nossa terra produzirá o seu fruto.” O SENHOR lhes concederá o que é bom, o SENHOR fará com que a terra torne a produzir.
No v. 13, o próprio SENHOR é mencionado a caminhar como que pela terra. Adiante dEle vai a justiça, e na medida em que ela caminha, tal como um percussor, suas pegadas são transformadas em caminhos.
Caminhos pelos quais o SENHOR passará, caminhos pelos quais o povo do SENHOR o seguirá.
Amados irmãos, em momentos de aflição devemos nos voltar para o SENHOR em oração com gratidão pelo passado, súplica pelo presente, mas também com esperança quanto ao futuro. Se você sabe quem é o SENHOR, você sabe o que deve esperar.
Você pode não saber os detalhes da resposta do SENHOR à sua oração, mas sabe que Ele lhe falará de paz. Porque na verdade é isso que você tem ouvido dEle, desde que a graça dEle revelada em Cristo Jesus lhe alcançou.
Você pode ter confiança quanto futuro, confiança que pode ver além do nevoeiro da dúvida, do temor, da ansiedade. E você pode ter essa certeza porque tem recebido dessa salvação sobre a qual o Salmo fala.
Quando observamos as palavras deste Salmo: salvação, verdade, misericórdia, graça, justiça e paz. É como se pudéssemos reconhecer nessas palavras uma voz, a voz de Cristo Jesus o nosso Salvador. De fato, o que lemos aqui, este encontro das perfeições de Deus, se evidenciam de forma clara em Cristo Jesus.
Olhe para Cristo na cruz, nele Deus revelou-se nosso Salvador. Nele ouvimos a voz de Deus nos falando de paz. Em Cristo a ira de Deus foi apaziguada, ela não pesa mais sobre as nossas vidas, nosso pecado foi perdoado, nossas iniquidades foram plenamente cobertas.
Em Cristo Deus se tornou favorável, em Cristo fomos restaurados, vivificados. Redescobrimos a alegria que nossos primeiros pais perderam, a alegria em Deus, em Cristo Deus nos mostrou as riquezas da Sua Misericórdia. Cristo nos libertou da insensatez do pecado, em Cristo Deus nos revelou a Sua glória .
Em Cristo a graça e a fidelidade de Deus se encontram. Ele continua fiel e verdadeiro em todo Seu Ser, mas, ao mesmo tempo, sendo gracioso para conosco.
Em Cristo a justiça e paz se beijaram. Como Deus poderia conceder-nos paz, uma vez que merecíamos receber o que sua justiça requer, a eterna condenação?
A resposta está na cruz, Deus foi justo ao condenar os nossos pecados, em Cristo e justificador aos nos conceder a justiça de Cristo, e agora podemos dizer, conforme se lê em Rm 5.1: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”
Em Cristo terra e céu foram reconciliados, dos céus a justiça baixou seu olhar em nossa direção. Em Cristo, o Pai nos dá o que é bom. Em Cristo o próprio Deus vem até nós, e com Ele caminha a justiça que nos abre caminhos para que andemos por eles.
Amados irmãos, aqui estão os tesouros do evangelho. Aqui está o que importa. Aqui está a vida verdadeira, a bênção que enriquece.
Se você tem a Cristo, você sabe que em momentos de aflição pode se voltar a Deus em oração e o Seu Pai celestial lhe responderá.
Em Cristo você pode olhar para o passado com gratidão, para o presente com confiança e para futuro com esperança.
Amém.
Elienai Batista
O Pastor Elienai Batista está servido como ministro da Palavra desde dezembro de 1998. Até o momento, pela graça de Deus, ele tem contribuído para a plantação de três igrejas reformadas: Igreja Reformada em Cabo Frio-RJ (2001-2013); Igreja Reformada do IPSEP, Recife-PE (2013-2016); Igreja Reformada em Paulista-PE (2016-2019). Atualmente possue um trabalho missionário na cidade de Campinas-SP.
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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.