Leitura: Salmo 127 (Todo)
Texto: Salmo 127:1-2; Dia do Senhor 50.
Versão Original: https://theseed.info/sermon.php?id=2864
Amada congregação de Cristo,
Não é preciso olhar muito longe no mundo para encontrar pessoas que acham que a vida, em última análise, não tem propósito. Há incrédulos que dirão isso da maneira mais direta e confrontadora. Eles dirão que a vida não tem um significado final, exceto para o que você mesmo cria para ela. Eles dizem que tudo o que somos são “sacolas feias e enormes cheias, principalmente, de água.”
Essa é uma expressão estranha p/ nós (ela é usada no campo científico ou nos filmes de ficção científica de comédia). Essa expressão ela enfatiza uma visão reducionista e desdenhosa do ser humano, destacando a ideia de que, sem propósito maior, somos apenas organismos biológicos sem um significado real.
O universo é apenas uma coleção de partículas que existem aleatoriamente e, às vezes, colidem em última análise, como Macbeth diz na peça de Shakespeare, (nossas vidas são apenas “uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria, significando nada.”)
Isso não soa muito parecido com o autor de eclesiastes?
Esse livro é bem conhecido por seu refrão: “Vaidade de vaidades, tudo é vaidade.” O capítulo 2 do livro aborda esse tema e o desenvolve ainda mais. Há vaidade em acumular posses para si mesmo e buscar prazer;
O tolo morre assim como o sábio, então viver sabiamente é inútil. O capítulo 2 termina nos dizendo como trabalhar arduamente também é fútil (inútil), é uma corrida atrás do vento. Isso está na Palavra de Deus. Sua Palavra inspirada, infalível e inerrante.
Será que Deus realmente quer nos dizer então que a vida é inútil?
Não irmãos, é preciso lembrar que eclesiastes funciona como uma parte da palavra de Deus. Existe uma frase-chave que desbloqueia o signficado de eclesiastes. Essa frase é: “debaixo do sol.
“Debaixo do sol” é o código do autor para “uma vida sem um verdadeiro reconhecimento de Deus e sem relacionamento com Ele.”
Sim, irmãos, a vida “debaixo do sol” ela é vã e fútil. A vida sem reconhecer Deus e sem estar em um relacionamento saudável com Ele também é vã. Mas é quando reconhecemos Deus e vivemos com Ele que nossas vidas passam a ser cheias de significado e propósito.
A quarta petição da Oração do Senhor se alinha com este importante entendimento bíblico. Esta petição da Oração do Senhor está completamente fundamentada em nosso mundo, nossas vidas e nossas necessidades. Estamos pedindo a Deus algo para nós que desesperadamente precisamos. E o que precisamos está exposto no Salmo 127:1,2, e este será o nosso foco nesta noite.
Eu prego a vocês a palavra de Deus e veremos como, Sem a Bênção de Deus, Tudo é Inútil (tudo é vão). (esse também é o título do sermão)
Vamos aprender como esse sábio entendimento impacta:
1. Nossos pensamentos
2. Nossas palavras
3. Nossas ações
O Salmo 127 é único por combinar várias características. Ele é apenas um dos dois salmos na Bíblia escritos por Salomão. É um “Cântico de Ascensão”, isso significa que era cantado pelos peregrinos judeus enquanto subiam para Jerusalém para celebrar as festas especiais.
O Salmo 127 é o que nós chamamos de (Salmo de Sabedoria / Salmo de Degraus / Salmo de Peregrinação). Quando pensamos nos Salmos, logo nossas mentes elas atrelam os salmos a canções de Louvor a Deus. Muitos deles realmente o são.
Mas o Salmo 127 é dirigido ao povo de Deus.
No Salmo 127, o sábio Rei Salomão está passando um sábio entendimento e que todos nós precisamos prestar atenção neles.
Esse sábio entendimento está relacionado à atividade humana. Se você olhar para os versos 1 e 2 do Salmo 127, verá todas essas diferentes coisas que as pessoas podem fazer. Há construção, proteção, levantar-se cedo e trabalhar duro.
Ou seja, de alguma forma, todas essas atividades ainda ocorrem hoje, milhares de anos depois.
Fazemos exatamente essas mesmas atividades.
As pessoas ainda constroem casas, constroem famílias. As pessoas ainda protegem suas comunidades. Temos um exército para proteger nossa nação contra inimigos, assim como também temos policiais que patrulham nossas ruas, as pessoas ainda continuam a levantar-se cedo e trabalhar duro para ganhar a vida.
Porém, o significado dos versos 1 e 2 não está limitado a esses tipos de atividades humanas. Essas atividades representam tudo o que fazemos como seres humanos.
Mas, além da atividade humana, há também o que Deus faz nesses versos. Deus constrói, Deus protege, Deus dá sono.
A questão é: como o trabalho de Deus se relaciona com o nosso?
Então, irmãos, é aí que entra a pequena palavra “se”. “se” Deus não constrói, nossa construção é em vão. “se” Deus não protege, nossa proteção é fútil.
Isso simplesmente quer dizer que dependemos da bênção de Deus para que nossas atividades realizem algo com significado. Como Paulo diz em Atos 17, é em Deus que vivemos, nos movemos e existimos. Não podemos fazer nada sem Ele. Ele é o Criador Todo-Poderoso e nós somos suas frágeis e fracas criaturas que dependem d’Ele.
É uma sabedoria imensa irmãos reconhecer essa verdade. Sábio é se nós tomarmos essa verdade e aplicá-la às nossas vidas. Reconhecendo que não podemos nada sem Deus.
E para aplicar essas verdades em nossas vidas, nós…
1º Ponto: Nossos Pensamentos
Começaremos com nossos pensamentos. Em um domingo, quando vamos à igreja, é difícil não sermos confrontados com a realidade de nossa dependência de Deus. No início do nosso culto, há o voto, ou seja, nós dizemos: “Nosso socorro está no nome do Senhor, que fez o céu e a terra.” Isso vem do Salmo 124:8. Ouvimos isso frequentemente em outras partes da Bíblia também.
Claro que poderíamos ignorar o que ouvimos da Palavra de Deus na igreja. Nós poderíamos ser indiferentes a isso (ouvir a Palavra de Deus). Mas se levarmos a Palavra de Deus a sério, se orarmos de forma séria e cantarmos conscientemente, pensaremos profundamente sobre o quanto dependemos da bênção de Deus em nossas vidas.
Sem que pensemos nisso, mas o desafio de nossas vidas pode estar até mesmo na igreja. Mas é muito mais provável que o desafio será na segunda-feira de manhã e no que segue em nossa semana a partir daí.
Durante a semana “você vai ao trabalho e, de repente, é confrontado com todo tipo de pressões e perguntas. À medida que você avança pelo seu dia e pela sua semana de trabalho, pode ser algo tão fácil não ter Deus em seus pensamentos.”
Esse fenômeno não se limita apenas ao ambiente de trabalho, isso também pode acontecer se você for um estudante universitário (quando você se envolve tanto com os estudos). Também pode acontecer se você estiver aposentado e passando a maior parte do seu tempo em casa.
Acontece que nossa semana avança e não pensamos muito em Deus, se é que pensamos. Nós não temos consciência de que nada do que fazemos pode prosperar ou florescer sem Sua bênção. Sem Ele em nosso chamado diário, seja o que for, tudo seria em vão. Seria inútil.
Então, como trazemos Deus de volta aos nossos pensamentos durante a semana?
É aqui que a quarta petição da Oração do Senhor nos ajuda. “Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia.”
Quando nosso Senhor Jesus nos ensinou isso, ele pretendia que essa fosse nossa oração diária. Não que devêssemos orar a oração do Senhor todos os dias (como uma reza), mas que orássemos nessa linha. “Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia.”
Ele quer que oremos para que o trabalho (obra) de Deus em nossos corações nos leve a reconhecer Ele em nossos pensamentos todos os dias como a fonte de toda bênção. Para que nós reconheçamos em nossos pensamentos que dependemos de Sua bênção.
Eu sei que isso ainda é um pouco abstrato, mas deixe-me tornar isso mais concreto para vocês.
Cristo fala na quarta petição sobre “pão diário.”
Todos os dias nós comemos. Então, cada refeição que fazemos é uma oportunidade de colocar isso em prática. Há vários lugares nos evangelhos onde vemos Jesus comendo. É notável que, quando Ele faz isso, Ele sempre ora primeiro.
Ele fez isso por duas razões. Primeiro que essa práitca, era parte de Sua obediência ao primeiro mandamento. O primeiro mandamento exige que chamemos a Deus sozinho para tudo o que precisamos. Muitas vezes nós falhamos em fazer isso, mas Jesus não falhou. Sua obediência é nossa, isso faz parte do evangelho. Mas essa verdade do
evangelho nos leva adiante no caminho que devemos seguir. Como somos discípulos de Cristo, devemos seguir Seu exemplo, andar em Seus passos.
Cristo orava antes de comer suas refeições, portanto, nós também devemos fazer o mesmo.
Ao orarmos antes das refeições, temos a oportunidade de pedir a Deus que nossos pensamentos estejam sempre voltados para Ele. Temos a oportunidade de pedir a Deus que nos ajude a reconhecê-Lo em nossos pensamentos ao longo do dia.
Em nossas orações, deveríamos dizer algo como: “Ó DEUS, EU SEI QUE TODO O MEU ESFORÇO E TRABALHO NÃO ME FARÃO BEM ALGUM SEM A TUA BÊNÇÃO. EU PRECISO DE TI, PAI, E DEPENDO DE TI. PRECISO QUE ABENÇOES O QUE ESTOU FAZENDO HOJE.”
Essa deve ser a nossa oração.
Fazendo isso irmãos, essa sábia percepção vai impactar nossos pensamentos e a maneira como oramos.
2º Ponto: (Nossas Palavras)
O mesmo também vale para as nossas palavras. Que é o segundo ponto do texto
Novamente, observe a maneira como usamos nossas palavras aos domingos. Estamos na igreja, abrimos nossas bocas e dizemos coisas. Às vezes, oramos juntos em uníssono.
Outras vezes, cantamos. Cantamos as palavras dos Salmos e dos Hinos do nosso Hinário. Confessamos a nossa fé em Deus todos os domingos à noite. Estamos constantemente expressando com palavras nossa dependência de Deus e de Sua bênção.
É claro, que pode acontecer de estarmos falando as palavras sem realmente senti-las, apenas por hábito religioso, por mero costume, por sempre fazermos isso. Mas, para efeito de argumentação, vamos supor que quando estamos na igreja, falamos com sinceridade.
Entretanto, quando saímos para o mundo, as palavras fortes que falamos no domingo podem, por vezes, cair no esquecimento. A Bíblia nos diz repetidamente para usarmos nossas palavras a fim de mostrar ao mundo que dependemos de Deus e que desejamos exaltá-Lo.
Por exemplo, pense no Salmo 96:3: “Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos as suas maravilhas!”
A palavra hebraica traduzida como “anunciar” significa: “reportar”, “relatar”, “contar”. Essa é uma atividade feita com palavras faladas.
Mas será que o fazemos?
O Nosso Salvador Jesus fez isso.
Com Suas palavras, a cada dia na terra, Ele falava de Sua dependência absoluta de Deus. Quando foi tentado por Satanás, Ele citou as palavras de Deuteronômio 8:3: “…não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá o homem.” Era assim que Cristo vivia.
Onde frequentemente falhamos, Ele nunca hesitou. Ele não tinha o medo que temos, não tinha a indiferença que às vezes temos, nem o esquecimento que muitas vezes nos domina.
E isso é ótimo irmãos, porque o que Ele fez, faz parte de como o evangelho nos beneficia. Quando cremos em Jesus, a Bíblia diz que estamos Nele. Quando estamos Nele, Deus nos vê não como somos por nós mesmos, mas como somos em Cristo.
E isso é um grande encorajamento para nós.
Mas isso também nos leva à oração diária. Como Cristo, queremos ser aqueles que usam suas palavras para reconhecer nossa dependência de Deus. Não apenas aos domingos, mas o tempo todo, sempre que surgir a oportunidade de fazê-lo.
Oportunidades óbvias às vezes surgem, irmãos.
Vamos ver algumas situações do nosso dia a dia de como surgem essas oportunidades.
Talvez você seja um empresário de sucesso e as pessoas podem perguntar sobre o seu sucesso e o que está por trás dele.
Esta é uma oportunidade no meio dos egócios.
Você poderia falar sobre suas próprias capacidades ou sobre o seu bom senso comercial para os negócios, como você conhece o mercado que atua, você também poderia falar sobre os seus ótimos funcionários que tem, como eles trabalham bem para você.
Mas em um momento como esse, você também deveria usar suas palavras para dizer:
“Eu não estaria onde estou sem a bênção de Deus. Sem Ele, eu não seria nada, e meu negócio não seria nada, sem Deus a minha empresa não teria nenhum sucesso.”
Para conseguir falar dessa forma quando surgir a oportunidade, Jesus nos ensina a orar regularmente por isso. Isso não é algo que vem naturalmente para nenhum de nós – precisamos do Espírito Santo para nos dar força e coragem para reconhecer a Deus com nossas palavras.
Então nós oramos.
E Oramos da seguinte forma: “Ó Pai, quero reconhecê-lo e reconhecer a tua bênção na forma como falo. Quando a oportunidade surgir, por favor, dá-me força e coragem com teu Espírito Santo. Ajuda-me a reconhecer devidamente a minha dependência de Ti e da tua bênção.”
3º Ponto: (Nossas Ações)
Por fim irmãos, queremos considerar como a sábia percepção do Salmo 127:1,2 impacta nossas ações.
“Como mencionamos anteriormente, o Salmo 127 fala sobre nossas ações.
A vida é cheia delas.
Às vezes, há correlações mais óbvias entre nossas ações e a bênção de Deus. Por exemplo, quando você está literalmente construindo uma casa, à medida que você se esforça e Deus abençoa seus esforços, ao final, você pode ver uma casa pronta. E alguém pode morar naquela casa. Mas quando o Salmo 127 fala sobre construir a casa, ele quer dizer um pouco mais do que simplesmente construir residências para as pessoas viverem.
O contexto imediato do Salmo 127 fala sobre os filhos. Os versículos 3 a 5 falam sobre a bênção que os filhos são para seus pais. O Salmo 128 continua com esse tema. E se voltarmos ao Salmo anterior, o Salmo 126, ele também fala sobre a comunidade (o povo) da aliança.
Portanto, construir a casa nos versículos 1 e 2 do Salmo 127 também deve ser visto como ações que envolvem a vida familiar e eclesiástica (a vida na igreja).
Pense sobre criar filhos. Às vezes, fazemos um esforço para criá-los de maneira piedosa e logo vemos algum bem, alguma bênção sobre nossos esforços. Mas nem sempre é assim.
Às vezes, tentamos criar nossos filhos de maneira cristã e parece que não há fruto, nenhuma bênção.
Amamos esses filhos, é claro, mas eles parecem não estar respondendo ao chamado de Deus para que se arrependam e creiam no evangelho.
Onde está a bênção de Deus?
Nós reconhecemos nossa dependência da bênção dEle, mas parece que não deu certo. Podemos nos sentir chateados e frustrados.
Talvez pareça que fizemos a nossa parte, mas Deus não cumpriu a dEle.
Amados, Deus não garante que ‘construirá a casa’ da maneira que esperamos. Ele não está preso às nossas ideias do que deve ou não deve ser feito.
Deus é soberano, irmãos.
Ele é o Criador, nós somos suas criaturas. Ele é infinitamente sábio, e nós não somos.
Ele nos chama a confiar que, quando fazemos nosso trabalho com dependência fiel dEle, ele o abençoará do seu jeito.
Ele o abençoará para os seus propósitos, não os nossos.
Ele o abençoará no seu tempo.
Ele o abençoará da melhor e mais sábia maneira.
Somos chamados a sermos humildes e pacientemente confiar nEle, confiando que nosso Pai celestial sabe o que é melhor, inclusive quando se trata dos nossos filhos.
E devemos expressar isso regularmente em oração. À medida que expressamos isso em oração, Deus também cultivará em nossos corações uma confiança paciente nEle, de forma cada vez maior.
Outra área referente a ações que devemos considerar aqui é em relação à vida na igreja, especialmente em relação às nossas ofertas. Cristo nos ensina a orar da seguinte maneira: “nosso cuidado e trabalho não podem nos fazer nenhum bem sem a tua bênção.”
Nossas ofertas para o sustento da igreja não podem nos trazer benefícios, nem a mais ninguém, sem a bênção de Deus.
Quando você ofertar, dê essa sua oferta junto com uma oração.
Não dê apenas a sua oferta como um favor que você está fazendo, mas dê com uma oração – ore em casa.
DIGA: “Ó PAI, EM GRATIDÃO DEDICO ESTA OFERTA A TI E PEÇO QUE ACRESCENTES A TUA BÊNÇÃO A ELA PARA QUE POSSA FAZER O BEM À TUA IGREJA.”
Mas às vezes há uma relutância ou até mesmo uma recusa em fazer contribuições voluntárias para o sustento da igreja.
Você faz parte desse grupo da congregação que dá pouco ou nada?
Às vezes isso acontece porque as pessoas têm medo.
Elas vivem com um orçamento apertado e não sobra o suficiente para dar ao Senhor. Pelo menos é assim que pensam.
A Bíblia aborda essa questão de algumas maneiras diferentes.
Uma dessas maneiras está em 2 Coríntios 8. Nesse capítulo, Paulo encoraja os coríntios a serem generosos em suas ofertas. Ele fundamenta o que diz no evangelho.
Em 2 Coríntios 8:9, ele afirma: “Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos.”
Fomos enriquecidos por Cristo, pelo Evangelho.
A generosidade de Cristo ao nos tornar espiritualmente ricos deve nos motivar a praticar atos de generosidade neste mundo.
Podemos também voltar ao Salmo 127.
A ação de Deus ao edificar a casa é essencial para que ela tenha importância.
Mas não podemos ignorar a ação humana mencionada aqui também.
Quando se trata de criar nossos filhos, não podemos usar Deus e Sua ação como desculpa para nossa falta de ação.
Não podemos dizer coisas como: “Bem, Deus é soberano sobre os seres humanos, Ele sabe quem é eleito e quem não é, então não há razão para eu tentar criar meus filhos de maneira cristã. Se Ele quiser que sejam cristãos, Ele os fará cristãos. Não depende de mim.”
Não irmãos, isso não é uma forma bíblica de pensar. Deus dá um chamado e responsabilidade aos pais cristãos. Você precisa levar isso a sério e não pode fugir disso referindo-se à soberania de Deus na eleição.
O mesmo se aplica às nossas ofertas. Quando se trata de nossas contribuições e da igreja, não podemos usar Deus e Sua obra como desculpa para o que não estamos fazendo. Não podemos dizer coisas como: “bem, Deus edifica sua igreja, Ele faz tudo, no fim das contas, então não há necessidade ou razão para eu ser generoso e, talvez, até mesmo me sacrificar nas minhas ofertas. Deus tem tudo sob controle e não precisa de mim.”
Não, novamente irmãos, isso não é uma forma bíblica de pensar. Deus nos chama por meio de Cristo a sermos generosos, até mesmo a nos sacrificarmos, assim como Cristo fez. Ele nos chama a dar nossas primícias, confiando que Ele suprirá nossas necessidades e que Ele acrescentará Sua bênção ao que ofertamos.
E é assim que devemos orar também sobre isso: “PAI, VOU FAZER O QUE ME CHAMASTE A FAZER, MESMO QUE SEJA DIFÍCIL, E CONFIAREI QUE ABENÇOARÁS O QUE ESTOU FAZENDO.”
Amados, com Deus em nossas vidas, nada é em vão. Tudo tem um significado, tudo tem um propósito. Mas Deus não apenas deseja que vejamos essa verdade, Ele também quer que a reconheçamos em oração e vivamos à luz dela.
A realidade é que Deus está presente, e é d’Ele e de Sua bênção que dependemos todos os dias para tudo o que pensamos, dizemos e fazemos.
Amém.

Wes Bredenhof
Wes Bredenhof é um pastor e teólogo canadense, atualmente servindo na Free Reformed Church of Launceston, na Tasmânia. Formado em Teologia pelo Canadian Reformed Theological Seminary, obteve um Doutorado em Teologia pela Reformation International Theological Seminary. Iniciou seu ministério como missionário entre os indígenas de Fort Babine, BC, e pastoreou igrejas no Canadá antes de se mudar para a Austrália. Autor de vários livros e artigos.
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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.