Leitura: Ezequiel 47.01-12
Texto: Tiago 03.01-12
Amada congregação do Nosso Senhor Jesus Cristo:
Se pode julgar a importância de uma questão a partir da quantidade de metáforas e símiles que um autor usa para comunicar a mensagem, a questão de como usamos nossa língua, a maneira como falamos, as palavras que usamos, é claramente central para a carta de Tiago.
Tiago lidou com a questão já no primeiro capítulo de sua carta, onde ele disse, “Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” Mas aqui em Tiago 3, ele aborda a questão da língua mais uma vez. E nestes doze versículos, ele compara nossas palavras e o impacto que nossas palavras têm, a um cavalo e seu freio; um navio e seu leme; uma fagulha que pode por em brasas uma grande selva; animais que os humanos foram capazes de domar; fontes de água; e figueiras e videiras.
Claramente, Tiago quer ter certeza de que entendemos o que ele está dizendo – o quão importante é a questão do nosso discurso. Então, hoje iremos falar sobre a língua – não apenas o músculo que fica entre as nossas mandíbulas, mas tudo o que “a língua” representa – como falamos, o que falamos, como usamos nossa linguagem, nossas palavras, como nós comunicamos.
Tiago começa com uma advertência dirigida especificamente aos mestres, porque se alguém souber o poder das palavras, se alguém tiver muitas oportunidades de tropeçar e cair na área de linguagem, são os mestres, os professores. Mas a mensagem não é dirigida apenas aos mestres – é dirigida a todos nós. Os mestres serão julgados com maior rigor, porque nossa responsabilidade é maior. Mas dentro de nossas próprias esféras de influência, dentro de nossas famílias, da nossa igreja, de nossas relações com o mundo, seja no trabalho, na escola, ou onde quer que seja, o modo como todos nós usamos nossas línguas é central ao viver a fé que professamos.
Então, essa noite vamos olhar para três pontos que Tiago faz nesta passagem:
O poder da língua.
A domesticação da língua.
O testemunho da língua.
A língua serve como uma imagem apropriada da fala em geral, e não é surpreendente que Tiago use a palavra ‘língua,’ a parte do corpo, para representar toda a nossa fala. Nossas línguas são, é claro, centrais para nossa capacidade de produzir uma fala inteligível. Obviamente, há muito mais envolvido do que apenas a língua – o cérebro, os pulmões, as cordas vocais, para mencionar alguns – mas quando pensamos sobre a fala, pensamos na língua.
E serve como uma metáfora perfeita para a fala, porque é uma das partes menores do corpo humano, mas, ao mesmo tempo, é uma das mais importantes. A língua é músculo. E, fisicamente falando, é o músculo mais forte do corpo humano. Mas no nível mais profundo, a língua tem importância que vai muito além do seu pequeno tamanho. É isso que Tiago está dizendo quando compara a língua com o leme de um navio, ou o freio na boca de um cavalo. Como o leme, como o freio, o poder da língua é muito maior que o tamanho mostra.
Um cavalo belga pode pesar até 900 quilogramas e tem mais que dois metros de altura. É uma criatura poderosa, mas sem um freio de meio quilo na boca, esse poder não pode ser controlado e usado numa maneira produtiva. So você já esteve num porto e viu um daqueles enormes navios porta-conteineres, como você pode ver no Suape, você sabe o quão grande um navio pode ser. Mas sem um pequeno leme, tão pequeno em comparação com o enorme tamanho do navio, você não pode chegar a lugar algum com ele. O leme, assim como o freio na boca do cavalo, torna o navio útil – permite que você vá do ponto A ao ponto B, que é o que o navio precisa fazer.
É o mesmo para a língua, diz Tiago. É pequena, mas a importância é desproporcional ao seu tamanho. A maneira como usamos nossas línguas afeta toda a nossa vida. “A língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas todas a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno,” Tiago diz em versículo 6.
Muitas vezes nós pensamos sobre o nosso discurso em termos de como ele afeta os outros. Advertências sobre a fala são frequentemente dadas em conexão com nossos relacionamentos pessoais – como podemos prejudicar os outros com nosso discurso. Como as vidas dos outros podem ser destruídas por palavras. Exemplos não são difíceis de encontrar. Crianças que são vítimas de bullying na escola, que tiveram que sofrer com xingamentos e ridicularização, sabem tudo sobre o impacto duradouro que as palavras podem ter. Uma palavra mal escolhida pode picar. Um padrão de abuso verbal pode causar sérios danos à vida de uma pessoa, um dano que é muito, muito difícil de superar.
Diga ao seu filho que ele é estúpido com frequência suficiente, e não demorará muito para ele acreditar o que você está dizendo. Diga a alguém que ele é gordo, feio, estúpido, ou sem valor, e continue com isso, e suas palavras darão frutos na vida daquela pessoa – frutas ruins, frutas venenosas. É um fato – as palavras duras, insensíveis e cruéis que são faladas sobre nós, e para nós, especialmente quando somos jovens, podem ter um impacto enorme, e muitas vezes um impacto muito negativo, em nossas vidas. Abusar alguém verbalmente, envergonhar ele com as palavras, atacar a pessoa, não com os punhos ou uma arma física, mas com a arma das palavras que você usa é geralmente mais prejudicial do que qualquer tipo de abuso físico.
Podemos usar as palavras para o bem, para edificar, ou podemos usar as palavras para o mal – para destruir. Podemos usar as palavras para trazer as bênçãos de Deus para a vida das pessoas, ou podemos usar as palavras para amaldiçoar, para matar. Como Jesus disse em Mateus 5, “Eu, porém, vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.” Essas são as palavras afetuosas e compassivas de nosso Salvador, que sempre usou as palavras para edificar os outros e nunca as usou para seu próprio benefício. E essas são as palavras que fazemos bem em memorizar e viver.
Porque nossas palavras têm poder – o poder de dar vida e o poder de matar. A questão é tão séria assim. Isso é mais do que o tipo de psicologia popular que ouvimos muitas vezes – é a verdade de Deus. A Palavra de Deus é poderosa. E nós somos criados à Sua imagem, e isso significa que nossas palavras também são poderosas – não como Deus, não como se tivéssemos o poder de criar ou mudar a realidade por meio de nossas palavras – mas elas são poderosas mesmo assim. É o poder que Salomão descreveu em Provérbios 10.11:
“A boca do justo é manancial de vida, mas na boca dos perversos mora a violência.”
Então, quando você fala, lembre-se do poder que suas palavras têm. Lembre-se do impacto que elas têm. Quando você zombou de alguém, essa zombaria teve um impacto. Quando você falou mal de alguém, aquelas palavras que você falou, paralvras que você provavelmente não pensou duas vezes antes de dizer, deram um soco. Quando você disse aquelas coisas que você alegou que não queriam dizer, mas as disse no calor do momento, o momento pode ter passado, e as palavras que você disse podem ter desaparecido, para nunca mais serem ouvidas, mas elas ainda vivem na mente da pessoa com quem você falou. Meus irmãos, alguns de nós realmente lutam contra isso, e outros entre nós têm um melhor controle sobre nosso discurso; mas todos nós, de uma vez ou outra, matamos com nossas palavras. Somos todos culpados.
Nossas palavras têm poder. Mas esse poder não é direcionado apenas para fora de nós. Não é apenas sobre a outra pessoa, embora isso seja fundamental para o poder da língua. Também é sobre nós. A língua é a parte, nós somos o cavalo. A língua é o leme, nós somos o navio. A língua é o pequeno fogo, nós somos a floresta que incendeia. Nossa língua não tem apenas um impacto sobre as pessoas ao nosso redor – tem um enorme impacto sobre nós, aqueles que estão falando as palavras.
Quando falamos tolamente ou imprudentemente; quando falamos sem pensar; quando falamos para nos sentirmos bem, fazendo alguém se sentir mal; quando fofocamos; quando caluniamos; quando reclamamos e falamos sobre os negativos em tudo; quando nos zangamos e atacamos; quando pensamos que nos sentiremos melhor sobre nós mesmos se apontarmos as falhas nos outros; quando falamos a verdade sem amor; quando fazemos qualquer uma dessas coisas – estamos corrompendo todo os nosso corpo, toda a nossa vida.
Quando se trata da língua, existem apenas duas opções: ou você controla sua língua, ou sua língua controla você. A maneira como falamos, as coisas de que falamos, moldam nossas atitudes, nossos pensamentos, nossas ações. Nossas palavras são tão poderosas porque causam um grande impacto no resto de nossas vidas. Apenas pense sobre o modo como frequentemente nos queixamos – sobre pessoas, sobre nossos trabalhos, sobre nossa igreja, sobre o que quer que seja nesta vida, qualquer coisa que nos incomoda.
Quando nos queixamos, quando deixamos a amargura e o descontentamento controlarem nossas línguas, essa atitude negativa flui para todas as partes de nossa vida. Nossas palavras mancham todo o nosso corpo e incendeiam todo o curso de nossa vida. Portanto, nossas palavras têm um impacto enorme, positivo ou negativo, em nossa vida em geral; porque nossas palavras expõem o que vive dentro de nosso coração. Você quer saber que o seu coracao está certo com Deus? Olha para seu discurso.
Nosso Senhor disse em Mateus 15 que o que sai da boca procede do coracao. Não é “apenas palavras.” Não é algo sem importância, ou algo que talvez eu preciso pensar só um pouco – a maneira como eu falo mostra quem eu estou no centro do meu ser. Boas árvores dão bons frutos. Bons corações, corações que foram renovados, que estão sendo renovados pelo Espírito Santo, trazem boa fala.
“O que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.” E isso é o que contamina uma pessoa.
A língua e o modo como a usamos tem o poder de matar os outros ou curar os outros, e tem poder sobre todo o nosso ser – por causa do que está na origem das palavras que falamos.
E esse é o nosso segundo ponto – a domesticação da língua. Todo tipo de animal e ave, Tiago escreve em versículo 7, pode ser domesticado pela humanidade. Mas nenhum ser humano pode domar a língua. Isso faz parecer que toda essa discussão é inútil, não é? Toda essa negatividade sobre a língua, toda essa discussão sobre o poder destrutivo de nossas palavras, você pensaria que Tiago nos diria que precisamos domar nossas línguas e fazer isso sem demora. Mas ele nos diz em vez disso: “Nenhum dos homens é capaz de domar.” Então eu acho que nós podemos desistir de tentar, já que é impossível.
Mas observe atentamente o que Tiago diz em versículo 8: “Nenhum dos homens é capaz.” Está escrito de uma maneira muito específica no texto original. Tiago não teve que incluir essa frase “dos homens,” mas ele fez. E isso abre uma porta para nós, para entender como a língua pode ser domada. Ninguém de seres humanos pode domar a língua – isso é verdade. Em nós mesmos, estamos mergulhado no pecado. Em nós mesmos, somos impuros, contaminados. A menos que nossos corações sejam mudados, eles são fontes de maldade.
E essa é a chave – a menos que nossos corações sejam mudados. Um coração inalterado, um coração não renovado, não trará palavras de vida. É impossível – nenhum humano domou a língua, ou jamais será capaz de domar a língua. Somente o próprio Deus pode fazer essa mudança. Só ele tem o poder de controlar esse pequeno membro. A língua reflete o que vive em nosso coração. Nossas palavras mostram a todo o mundo o que é invisível de outra forma – a condição de nosso coração, se nosso coração tenha sido feito novo pela poderosa operação do Espírito Santo, ou não. Precisamos de Deus, precisamos de Jesus, a única pessoa que já domesticou sua língua. Precisamos da poderosa obra do Espírito Santo dentro de nós, mudando nosso coração, vivificando ele, para que nossas palavras ganhem vida.
Como podemos domar a língua? Sozinhos, de nós mesmos, simplesmente não podemos. Precisamos do Deus Todo-Poderoso, aquele que criou a língua, para nos dar a força e até mesmo a vontade de fazer isso. Precisamos de Seu trabalho de renovação. Nosso coração precisa pertencer a Ele para que possamos glorificar a Deus, falar a Sua verdade e Seu amor e Seu poder e autoridade na vida dos outros. Precisamos do poder de Deus para superar nossa inclinação natural de usar nossas palavras para matar, destruir e quebrar. Portanto, precisamos buscá-lo, precisamos orar a Ele, precisamos buscar sua sabedoria, para que nossa fala seja renovado, juntamente com todas as outras partes de nossa vida.
É assim que a língua é domada. Esse é o poder que precisamos. Precisamos nos lembrar de quem somos; se pertencemos a Cristo, precisamos viver como Cristo. Precisamos pensar nisso antes de falarmos – quem somos. Quem representamos. Por quem estamos falando e como Ele quer que falemos. E se fizéssemos isso, manteríamos nossas bocas fechadas muito mais do que costumamos fazer. Levaria muito mais tempo para responder às pessoas. Seríamos, nas palavras de Tiago em capítulo um, muito mais lentas para falar do que muitas vezes somos.
E quando falhamos, precisamos procurar consertar as coisas e precisamos voltar à fonte. Procure seu perdão. Busque sua graça. E peça a ele para lhe dar o que você precisa para fazer as coisas certas. E isso pode incluir ter que se humilhar para a pessoa que você machucou no passado. Pode incluir admitir suas falhas e buscar o perdão de sua vítima. Para aqueles que pertencem a Cristo, para aqueles que são templos do Espírito Santo, aqueles que têm o Espírito Santo fazendo sua morada dentro de você, não há desculpa para o discurso tolo e prejudicial. Você não está vivendo de acordo com a nova natureza que lhe foi dada. Você não estã andando com o Espírito. Você esta deixando sua velha natureza pecaminosa vencer e, quando isso acontece, todo o seu corpo está sendo corrompido, e você está colocando a si mesmo, e a outros, em perigo sério.
E isso nos leva ao nosso último ponto, o testemunho da língua. Que tipo de testemunho é a sua língua fornecendo sobre o que vive dentro de você? Você usa sua língua para abençoar seu Senhor e Pai no domingo, e depois, mais tarde, você a usa para amaldiçoar pessoas que foram feitas à imagem de Deus? Como diz Tiago: “Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim!” Uma fonte não pode produzir água doce num momento, e depois água salgada. Uma figueira não pode produzir azeitonas, e uma videira não pode produzir figos. Você não pode obter água fresca de um lago salgado.
O que sua língua diz sobre você? As palavras que você fala e o modo como você as diz, provam que o Espírito Santo está vivendo e trabalhando dentro de você e através de você? Você não pode obter água doce de um lago salgado, mas o Espírito Santo pode – literal e figurativamente. Quando os israelitas estavam no deserto após o êxodo, chegaram a um lugar chamado Mara, onde a água era amarga e intragável. As pessoas estavam com sede – precisavam de água. E Deus lhes deu essa água. Ele usou Moisés e um bastão que Moisés jogou naquela fonte, para tornar aquela água que havia sido inútil numa fonte doce e limpa de água potável. Deus mostrou seu poder para fazer isso fisicamente em Mara, e a passagem que lemos de Ezequiel 47 nos mostra o poder do Espírito para fazer isso espiritualmente, dentro de nós, dentro da Sua igreja.
Ezequiel tem uma visão da água fluindo do templo. Quando flui do templo, se aprofunda mais e mais. A água flui para o mar e torna a água salgada doce. Traz vida onde quer que vá – árvores florescem em suas margens, e suas folhas não murcham, e seus frutos não falham – elas produzem frutos todos os meses. Peixes de todo tipo florescem nela. Os pescadores que estão em suas margens prosperam em suas capturas. E as árvores fornecem não apenas comida, mas folhas que curam.
É uma imagem poderosa, uma figura da obra vivificante do Espírito Santo quando o evangelho é proclamado, as boas novas de Jesus Cristo e a salvação que Ele traria às nações. Essa é a fonte da nossa vida; é daí que vem o coração mudado de que precisamos – do Espírito Santo, trabalhando através dos meios poderosos que Ele escolheu, os meios de graça que Deus nos deu para nos dar a vida. Aquela água da vida muda corações. Muda a mente. Muda a maneira como pensamos e muda a forma como agimos e a maneira como falamos.
O apóstolo Paulo falou sobre nossa velha e pecaminosa natureza e sobre a nova natureza que nos foi dada por Deus em Colossenses 3.9-10. E, curiosamente, ele traz essa questão para o contexto da fala. Ele nos diz:
“Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.”
Você está mostrando que está sendo renovado à imagem do seu Criador? Você está mostrando ao mundo, seus irmãos na igreja, seus filhos, sua esposa, seus vizinhos incrédulos, quem é o Deus que você adora? Pedro disse, em 1 Pedro 1.14-16:
“Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.”
As pessoas estão aprendendo sobre a santidade de Deus por meio das suas palavras, e sua maneira de falar? Ou elas estão recebendo mensagens mistas, quando você diz uma coisa de uma maneira num momento, e, depois diz algo completamente diferente?
O que você está ensinando a seus filhos sobre Deus quando você fala com eles? O que você está mostrando a sua esposa, ou seu marido, sobre Deus, quando você fala com ele ou ela? O que você está dizendo a seus irmãos na igreja sobre Deus quando você fala com eles? E que tipo de mensagem está trazendo para seus colegas de trabalho, colegas na escola, ou para as pessoas que moram na sua rua, em suas conversas com elas?
Lembre-se do que Tiago disse em capítulo 2 – a fé sem obras é morta. Não é fé de verdade. E aqui Tiago está falando sobre uma parte específica de nossas obras – um aspecto central e fundamental do desempenho de nossa fé em nossa vida, quando ele aborda a questão da língua. A verdadeira fé dará frutos na maneira como falamos, e se a sua fé for real, ela se mostrará na maneira como você fala para os outros e sobre os outros. Fala graciosa, fala que reflete a fala do nosso Senhor e Salvador, é o fruto da verdadeira fé, o fruto que cresce da raiz de um coração que foi mudado.
Nosso discurso é uma testemunha – para os outros, para nós mesmos, para o próprio Deus, que nossa fé é real. Se a sua fé é real, será óbvio na sua maneira de falar. Pense nas palavras que você falou na semana passada. Elas provaram que sua fé é real? Ou elas lhe dão motivos para duvidar? Se elas fazem você se perguntar sobre a realidade da sua fé, então você precisa voltar para a fonte. Precisamos nos avaliar – e tendo feito essa avaliação, à luz da Palavra de Deus, com o poder iluminador do Espírito Santo, precisamos mudar, e precisamos crescer. Porque eu sei que, se formos honestos com nós mesmos, todos seremos lembrados, no mínimo, das vezes em que não cumprimos nosso chamado da maneira como usamos nossas palavras.
Novamente somos chamados a nos arrepender. Somos chamados a lamentar nossos pecados, afastar-nos deles, restaurar o que foi quebrado por eles e voltar para Deus. Procure por ele. Ore para ele. E trabalhe para ele. Suas palavras podem ser um fogo, um mundo de injustiça, incendiadas pela inferno, se você permitir. É assim que as coisas podem ficar ruins. Mas elas também podem ser uma fonte de vida. Ponha o seu coracao no Senhor e na Sua vontade; agradeça a Ele por tudo que Ele fez por você. E mostre aquela gratidão na maneira como você fala.
Seja lento para falar. Fale a verdade, mas lembre-se de que mesmo dizer a verdade pode ser uma violação do nono mandamento: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo,” se você não estiver falando a verdade em amor. Use suas palavras para edificar, e não para destruir. Mostre ao mundo quem é Deus pelas palavras que você usa e como você as usa. Deixe suas palavras trazerem cura, paz e amor. Deixe-as expressar alegria. Fale da bondade de Deus e da Sua santidade. Fale com os outros como você os queria falar com você. Porque sua língua é poderosa, uma arma que pode ser usado ou para o mal, ou para o bem.
Precisamos considerar como podemos usar nossas línguas pelas razões certas. E tendo considerado, precisamos agir. Sabemos que não podemos fazer isso sozinho. Não temos a força. Mas deixe essas palavras o fortalecem, as palavras do Senhor Jesus em João 15.7-8, enquanto você trabalhar para usar sua língua para o bem, e não para o mal:
“Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.”
Permaneça nele. Deixe as palavras dele permanecerem em você. E quando você faz isso, vai querer usar a sua fala para a Sua glória, e ele vai dar tudo que você precisa para fazer exatamente isso. E vai produzir fruto – fruto que vai mostrar que você pertence ao único Deus verdadeiro. Que as palavras dos nossos lábios, e o meditar do nosso coração, sejam agradáveis na presença do SENHOR, nossa rocha e nosso redentor.
Amém.
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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.