Leitura: Juízes 04.01-24
Texto: Juízes 04.01-24
Amada Congregação do Nosso Senhor Jesus Cristo:
Quando a questão do papel das mulheres na liderança da igreja tem sido discutida nos últimos cinquenta anos mais ou menos, o nome de Débora geralmente é mencionado. Débora era profetisa; ela era juíza em Israel; ela encomendou a Baraque para liderar as forças israelitas contra seus opressores. Muitas vezes quando alguém afirma que as mulheres devem ter o direito de assumir a liderança na igreja, é Débora que é apresentadao como exemplo dos direitos das mulheres.
Mas o que Deus quer que aprendamos da história de Débora, Baraque, Jabim, Sísera e Jael? Há alguma coisa na alegações de teólogos feministas de que essa história deveria apontar para as falhas da sociedade patriarcal e sexista? Devemos ler esta passagem como chamado para que as mulheres assumam o manto de liderança entre o povo de Deus hoje em dia? Ou Deus está dizendo algo completamente diferente nesta história?
Primeiro, precisamos entender o ponto principal desta história antes de tirarmos conclusões. E o ponto principal de Juízes 4 e 5 não é muito diferente daquele do capítulo anterior, o relato de Eúde e Eglom. É mais um exemplo daquela velha história. Eúde, o libertador designado por Deus, morre. Durante sua vida, e por algum tempo depois, Israel andou fielmente com seu Deus. Mas o velho refrão é repetido mais uma vez: “Os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau perante o SENHOR, depois de falecer Eúde” (Juízes 4.1).
Enquanto houve um líder, enquanto houve direção e orientação daquela pessoa, especialmente designada e equipada por Deus, Israel poderia permanecer fiel. Mas parece inevitável – deformação e desobediência seguem a morte de Eúde, as pessoas que deveriam estar liderando não fez, as ovelhas em Israel não tinham pastor, e elas se desviaram.
Assim, lemos em nosso texto, o Senhor os entregou na mão do rei de Canaã, Jabim. Numa linguagem que ecoa a história da libertação de Israel do Egito, o texto nos diz que eles foram cruelmente oprimidos por Sísera, o general de Jabim, assim como foram cruelmente oprimidos pelo faraó no Egito. E da mesma forma que clamaram ao SENHOR quando estavam sob o jugo do Egito, o povo novamente clamou ao Senhor por sua salvação. Levou oito anos para que clamassem ao Senhor quando foram oprimidos pela primeira vez. Levou dezoito anos para eles clamarem por libertação quando os moabitas assumiram o controle. Agora demorou vinte anos; parece ter levado mais e mais tempo a cada ciclo para o povo de Deus pedir ajuda a Ele. Mas ainda assim, Deus ouviu o seu clamor.
E então somos apresentados a Débora. Obviamente, ela era a única juíza de Israel, e sua liderança tinha muito mais em comum com a liderança de Samuel do que com qualquer um dos outros juízes. Ela sentou-se debaixo de uma palmeira que leva seu nome, entre Betel e Ramá, onde ela agiu mais como profetisa do que como juíza. O povo foi para ela para ouvir do Senhor. Quando versículo 5 diz que “os filhos de Israel subiam a ela a juízo,” podemos pensar que isso significa que ela decidiu casos judiciais, ou mediava disputas. Mas o que essa frase realmente está dizendo é que as pessoas foram a Débora para receber uma resposta de Deus.
O Senhor havia posto em prática um sistema que o povo poderia usar para receber mensagens dele, no Urim e Tumim, que os sacerdotes deveriam consultar para receber orientação de Deus. Mas os sacerdotes haviam abdicado de suas responsabilidades. Eles simplesmente não estavam fazendo seu trabalho. Os levitas não estavam ensinando o povo, os sacerdotes eram idólatras e líderes na apostasia do povo, então o Senhor escolheu um meio alternativo de se revelar ao seu povo. E foi, novamente, como o Senhor gosta de fazer, uma pessoa improvável que foi escolhida para esse papel. E essa foi Débora.
Ela agiu como mediadora entre Deus e seu povo, não em Betel ou Ramá, nem onde a arca da aliança estava, nem onde o tabernáculo estava, nem como sacerdote, nem como líder em adoração ou sacrifício. Deus viu que o sistema que Ele estabeleceu para o bem do povo estava desmoronando, graças à desobediência do povo. E assim Ele estabeleceu uma alternativa, separada e distinta do sacerdócio e de tudo associado com o sacerdócio.
Os homens de Israel, e especificamente os homens da tribo de Levi, abandonaram sua posição. Então o Senhor levantou uma mulher – não tanto para mostrar que uma mulher pode fazer qualquer coisa que um homem possa fazer, que uma mulher pode assumir qualquer papel que um homem possa – mas para envergonhar esses homens. Ali estava essa mulher, uma mulher fiel, uma mãe em Israel, mostrando aos levitas o que significava ser servo de Deus. Esta foi uma mensagem de Deus, mas mais uma vez, parece ter sido ignorada.
Mas foi provavelmente por causa do trabalho de Débora que o povo clamou ao SENHOR por livramento. E o Senhor usou Débora para designar a Baraque para libertar seu povo daquela opressão cananéia. E novamente há ironia, porque Baraque era levita, filho do Abinoão, da cidade levítica de Quedes-Naftali. Ele era membro daquela tribo que deveria ter levado o povo a adorar e servir ao Senhor em primeiro lugar, e aqui estava ele, sendo comissionando pela profetisa para liderar o povo na batalha.
E a comissão de Baraque vem com uma promessa certa: o Senhor revelou que Ele entregaria os cananeus nas mãos de Baraque. Era certo. A vitória seria deles se seguissem a direção do Senhor. Mas Baraque tem dúvidas. Ele não está totalmente sem fé, mas a fé dele está fraca. Ele só vai entrar em batalha enquanto Débora for com ele.
Agora, aqui seria fácil dizer que Baraque é como um menino que não quer entrar em batalha sem a presença da mãe de Israel, como exemplo de alguém que não confia no Senhor. Mas precisamos olhar para Baraque como a Escritura olha para Baraque, não com base em nossos próprios preconceitos. E os outros lugares onde Baraque é mencionado na Bíblia não dizem nada negativo sobre ele.
Em 1 Samuel 12.11, Samuel diz ao povo que “O SENHOR enviou a Jerubaal, e a Baraque, e a Jefté, e a Samuel; e vos livrou das mãos de vossos inimigos em redor, e habitastes em segurança.” Baraque é descrito como libertador, levantado e enviado pelo Senhor. E também o nome de Baraque é mencionado em Hebreus 11.32:
“E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas.”
Mais uma vez, Baraque é mencionado como exemplo positivo.
Então, devemos ver Baraque como alguém que têm fé vacilante e fraca, mas não como incrédulo. A fé de Baraque é real, mas ele quer que Débora venha junto com ele, como representante de Deus. E assim a repreensão que Baraque recebe se corresponde com o pecado dele. Ele ainda será fundamental para ganhar a vitória, mas a glória irá para uma mulher, e não para ele.
E talvez se você não tivesse lido essa história antes, pensaria que a glória iria para Débora. Mas logo descobrimos que esse não é o caso. Recebemos um pequeno sinal do que está por vir, como parêntese em versículo 11, onde de repente ouvimos o nome de Héber, o queneu. Agora, Héber não faz nada nessa história – ele é mencionado como marido de Jael, e ele é importante porque ele colocou sua mulher na posição em que ele poderia desempenhar um papel importante nessa história. Porque haveria uma mulher que receberia a glória, uma mulher que receberia o louvor na canção de Débora, registrada no próximo capítulo. E aquela mulher era Jael, a esposa de Héber.
Assim, temos a história da derrota de Sísera e os cananeus, a obra do Senhor. Não foram os dez mil homens de Israel que derrotaram seus inimigos – foi o Senhor que venceu. As 900 carruagens de Sísera não significavam nada para Ele; sua vontade será feita, independentemente da oposição que os seres humanos tentem levar contra Ele e seus planos.
Mas a história da vitória de Deus na batalha não é o fim desta história. O corpo dos cananeus foi derrotado, mas a cabeça permaneceu. É uma imagem invertida da história de Eúde e Eglom. Naquela história, a cabeça foi esmagada primeiro, e o corpo caiu depois. Mas aqui, é o corpo que é destruído, enquanto a cabeça escapa. Sísera foge a pé. Suas carruagens de ferro são inúteis para ele. Ele é forçado a fugir. E ele foge para as tendas de Héber, o queneu, apóstata, um homem que deixou Israel e a unidade dos queneus com Israel, e fez um pacto com os inimigos de Deus.
E a esposa de Héber acolhe Sísera em sua tenda. Ele pede água dela, e ela lhe dá leite. Ele está exausto da batalha e desmaia na tenda, depois de se certificar de que Jael contaria a qualquer um que viesse que não havia homem dentro da tenda, só por precaução. Jael parece oferecer-lhe hospitalidade, mas, no fim das contas, ela permaneceu fiel, apesar de seu marido ter abandonado o Senhor e se voltado para seus inimigos. Ela pega um martelo, encontra uma estaca, vai até Síser e bate na sua cabeça, esmagando seu crânio, prendendo-o ao chão.
Literalmente e figurativamente a cabeça dos cananeus é esmagada. É um eco claro de Gênesis 3.15, o julgamento de Deus da serpente:
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”
A cabeça da serpente, aqui representada por Sísera, foi esmagada, literalmente. Os cananeus foram esmagados, absolutamente derrotados. Mais uma vez, apesar do pecado de seu povo, apesar da falta de gratidão, falta de fé, de obediência, falta de quase qualquer coisa positiva, Deus ganha a vitória. Mais uma vez, a graça de Deus vence, e a justiça de Deus é imposta aos seus inimigos. O inimigo cai. O grande general durão, provavelmente um mercenário contratado de um país estrangeiro, é abatido e morto por uma mulher. É irônico, é supreendente, é a justiça poética de Deus. Deus esmagará a cabeça de seus inimigos, como podemos cantar, com alegria, no Salmo 68. Essa é sua promessa, e é motivo de alegria para nós, especialmente quando vemos os inimigos de Deus parecendo prosperar neste vida.
Podemos ver isso da seguinte maneira: Deus havia prometido que a semente da mulher feriria ou esmagaria a cabeça da semente da serpente. Débora é a mulher, representante de Deus, a mãe em Israel. Baraque é a sua semente, a que ela encomendou para fazer o esmagamento. A serpente é Jabim, o rei de Canaã, represente de Satanás, o maligno. E podemos ver o general, Sísera, como sua semente, a semente da serpente, aquela que Jabim contratou para fazer seu trabalho sujo por ele.
Mas por causa da falta da fé de Baraque, por causa de sua relutância em ir para a batalha, por causa de sua desconfiança inicial da promessa do Senhor, ele não conseguiu esmagar a cabeça da semente da serpente. Essa honra foi para uma mulher. E não apenas para qualquer mulher, mas para a esposa de um traidor, para alguém que poderia ter estado perfeitamente confortável vivendo em aliança com os cananeus, para alguém que não tinha nada a ganhar e tudo a perder, da perspectiva terrena, aliando-se com o povo escolhido de Deus. Ela esmaga a cabeça da semente da serpente e recebe a glória; ela é imortalizada na palavra de Deus como mulher de fé, enquanto Baraque é retratado como alguém que chega atrasado à festa.
Algum tempo depois de Jael ter martelado aquela ponta na cabeça de Sísera, recebemos esta imagem de Baraque, correndo para o acampamento de Héber, ainda procurando por Sísera, querendo dar o golpe final. E com certeza, ele descobre que ele encontrou o homem que ele está procurando. Mas ele não consegue executar essa punição final; essa honra foi tirada dele. Jael já fez isso, e Baraque desaparece em segundo plano. Se sua fé fosse mais forte, se ele estivesse disposto a ir para a batalha sozinho, se ele tivesse mais confiança, baseado somente na Palavra do Senhor, Deus teria usado Baraque de uma maneira ainda maior. Mas como foi, Deus permaneceu fiel à sua Palavra. E mais uma vez, um herói improvável surge.
E novamente vemos o evangelho aqui. Essa história aponta para frente, em tipos e sombras, para a libertação final do povo de Deus. Vemos Cristo, o Messias, o ungido de Deus, a semente última da mulher, que derrotou Satanás de uma vez por todas. Vemos a misericórdia de Deus. Vemos o pecado do homem. Vemos o povo de Deus, sendo totalmente indigno de qualquer coisa de Deus, mas recebendo tudo dele. Vemos o que significa ter fé. E somos chamados a ter essa fé, a confiar no Senhor, a obedecê-lo, a servi-lo e a acreditar que vamos ganhar a vitória nele.
Essa é a mensagem da história de Débora, Baraque, Jael e Sísera. É tudo sobre o Senhor. Tudo aponta para ele. E num nível pessoal, as experiências de Baraque nos mostram nossa necessidade de confiar no Senhor, para confiar na sua Palavra. Confie em suas promessas. Ele prometeu estar conosco, para que possamos seguir em frente com confiança. Mas, ao mesmo tempo, também sabemos o quanto lutamos em nossa fé, de modo que a vitória de Baraque, apesar da fraqueza da sua fé, também pode nos dar confiança. Se o Senhor concedesse a vitória a Baraque, com todas as suas deficiências, ele certamente poderia fazer o mesmo por cada um de nós, mesmo que lutássemos!
Mas ainda permanece essa questão, essa pergunta incómoda, essa questão que causou tantos problemas na igreja no século passado especialmente. O que esta passagem nos diz sobre o lugar das mulheres na igreja? As mulheres deveriam usar Débora, e até mesmo Jael, como exemplos do que elas deveriam fazer? Devemos deixar o antigo patriarcado para trás e nos tornar tão igualitários quanto a nossa sociedade?
Essa tem sido a causa das divisões da igreja; quando as igrejas abriram o presbiterato e o ministério para as mulheres, muitas pessoas entenderam que isso é abandono das normas das Escrituras. Um sinal claro de deformação é a recusa em se submeter ao claro ensino da Escritura sobre os papéis de homens e mulheres, especialmente quando isso se relaciona com seus papéis na igreja. As Escrituras são claras: o ministério da Palavra é um papel que só pode ser adequadamente cumprido por um homem, representante de Cristo, o marido da noiva, da Igreja. Posições de liderança na igreja são posições que Deus reservou para os homens.
Não pode ser muito mais claro sobre essa questão do que o apóstolo Paulo em suas cartas a Timóteo e Tito, e a mensagem completa das Escrituras. Aos olhos de Deus, não há nem homem nem mulher – somos todos iguais perante Ele como seres humanos, ninguém menor, macho, fêmea, escravo, livre, negro, branco, rico, pobre – todos nós temos a mesma posição diante de nosso Deus. O que significa que somos igualmente indignos de receber qualquer coisa dele. Mas Deus instituiu uma economia, uma maneira de administrar as coisas, que não é baseada na cultura, na evolução de tendências e idéias culturais, mas que se baseia na criação, no plano de Deus, infalível e imutável.
Mas eis o que acontece. Os homens geralmente ficam felizes em abandonar a liderança. Porque a liderança é difícil. É um desafio. Exige esforço. O pecado levou os homens a serem preguiçosos. E essa preguiça significa que muitas vezes estamos satisfeitos entregando nossas responsabilidades aos outros. Não queremos nos esforçar para ensinar nossos filhos, então deixamos essa tarefa para nossas esposas. Não queremos nos esforçar para disciplinar nossos filhos, então deixamos essa responsabilidade para suas mães. Não queremos exercer o esforço necessário para realmente ser homem – e então o que acontece?
Alguém precisa fazer o trabalho que não está sendo feito. Foi o que aconteceu com Débora. Os homens haviam abdicados e uma mulher foi forçada a tomar a responsabilidade. Mas, dado esse fato, mesmo Débora não assumiu papel de liderança na adoração – ela era profetisa, não sacerdote. Mas, ao mesmo tempo, ela estava fazendo o que os sacerdotes deveriam estar fazendo – levando a Palavra de Deus para o povo. E esse não foi um passo gigantesco em direção à emancipação feminina – foi um tapa gigante diante dos homens fracos que deveriam assumir suas responsabilidades com alegria e vigor, mas que em vez disso desistiram, abandonaram suas vocações, e deixaram tudo para outra pessoa fazer.
Então, muitas vezes acontece. Muitas vezes é porque os homens abandonaram o seu lugar de direito que os movimentos para suposta “igualdade” começam na igreja. Pode ver isso na sociedade em geral. Está em toda parte em nossa comunidade, onde você pode ver as mulheres assumindo a liderança em muitas áreas, porque seus homens se recusam a levar a sério sua responsabilidade. As mulheres estão criando filhos, porque seus homens se recusam a ser homens e assumem a responsabilidade por suas próprias ações.
As mulheres estão administrando as agências, fazendo o trabalho duro, porque os homens se recusaram a crescer. Isso não é verdade apenas numa comunidade ou grupo particular em nossa sociedade; o pecado dos homens não conhece fronteiras étnicas ou raciais. Nenhum de nós está livre da mesma tentação. A questão é: ficaremos satisfeitos com isso, ficaremos tranquilos sabendo que outra pessoa está fazendo o trabalho que Deus quer que façamos? Ou seremos homens na verdade?
Quando chove no mundo, escorre na igreja. Estamos sempre um pouco atrasados, mas o que acontece na sociedade à nossa volta tem impacto no povo de Deus. Frequentemente os estudos bíblicos para mulheres são bem atendidos, enquanto os homens lutam para supostamente encontrar tempo. Assim, as mulheres se tornam mais bem informadas do que os homens que deveriam estar ensinando. Os homens não querem o incômodo de assumir responsabilidade na igreja, porque acham que têm coisas mais importantes para fazer.
Pode começar com questões práticas – temos trabalho para fazer, deixe as mulheres cuidarem disso, deixe que cuidarem aquilo. E então o que acontece? Não encontramos homens jovens que estejam dispostos de entrar no ministério, precisamos desse “toque feminino” no ministério, então abrimos o ministério para as mulheres, os papéis que definem o que os sexos são chamados a fazer são antiquado e baseados em idéias primitivas sobre masculinidade e feminilidade e qualquer maneira… E por aí vai.
Frequentemente parece que os homens que estão mais dispostos a dar uma suposta “igualdade” às mulheres são os homens que não têm a energia de fazer o trabalho duro sozinhos. Então, por padrão, as mulheres aceitam a responsabilidade. Foi o que aconteceu no caso de Baraque, com Jael e, no caso de todos os homens de Israel, com Débora. Deus usou essas mulheres, e elas eram parte integrante de Seu plano – mas não por causa de qualquer impulso supostamente igualitário – mas, por causa da fraqueza, da infantilidade, da feminilidade, dos homens que deveriam estar agindo como homens, mas recusavam cumprir sua vocação.
Então é isso que o Espírito Santo está nos dizendo na história de Jael e Débora. Primeiro de tudo, há uma apresentação clara da mensagem do evangelho – a salvação dada por Deus, por pura graça. É uma mensagem que somos chamados a crer, uma mensagem para a qual somos chamados a nos submeter e nos regozijar. Somos direcionados a nos avaliar à luza do que a história nos diz – que precisamos confiar na palavra do Senhor, porque Ele é, um última instância, o único digno de nossa confiança.
E finalmente, nós, homens em particular, devemos ser levados a nos examinar. Estamos cumprindo nossa vocação? Estamos fornecendo liderança, liderança semelhante a Cristo, nos entregando, nos sacrificando, a liderança que é custosa, que não é fácil, que significa dar nossa própria vida pelo bem daqueles que lideramos? Ou estamos negligenciando nosso chamado e nossa responsabilidade?
Nosso chamado é, em primeiro lugar, nos humilharmos – colocar nosso sabedoria humana de lado e atender ao chamado do evangelho. E se levarmos a Palavra de Deus a sério, se confiarmos nele completamente, ele nos dará o que precisamos para obedecê-lo. Que possamos procurar fazer isso em toda área da vida, e que Ele nos conceda a graça de permanecer fiéis, agora e para sempre.
Amém.
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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.