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Gênesis 02.09, 15-17

Leitura: Apocalipse 2.1-7; Apocalipse 22.1-7

Texto: Gênesis 02.09, 15-17

Amada Congregação do Nosso Senhor Jesus Cristo:

Este sermão é sobre árvores. De muitas maneiras diferentes, em qualquer lugar no mundo, ao longo da história as árvores foram e continuam a ser centrais para a existência humana. Nossas florestas são essenciais para a vida – elas convertem dióxido de carbono em oxigênio; elas afetam nosso clima; são fontes importantes de alimentos, combustíveis, materiais de construção e todo tipo de produto que precisamos e aproveitamos; e elas também são lindas por si mesmas. E desde o princípio, desde os primeiros dias em que o homem andou no jardim no Éden, as árvores eram centrais para a vida humana.

Encontramos as árvores pela primeira vez em Gênesis 1.11-12, os produtos do trabalho criativo de Deus no terceiro dia; elas retornam à cena em Gênesis 2.9, onde a história da criação é contada do ponto de vista dos seres humanos, com a criação da humanidade no centro do relato. O homem foi criado do pó da terra, e da mesma terra o Senhor Deus fez brotar toda árvore. Elas não eram apenas boas para comida, mas também eram agradáveis aos olhos. E as árvores eram importantes em geral para a humanidade, porque davam ao homem o que ele precisava para viver e trabalhar – a fonte de alimento que estava prontamente disponível para ele, desde o início, para que ele pudesse desenvolver a criação, plantando e cultivando e cuidando, para que ele pudesse trabalhar no jardim e mantê-lo – de modo que ele pudesse fazer tudo o que ele tinha sido chamado para fazer na tarefa real que o Criador tinha dado a ele.

Assim, as árvores, em geral, têm um grande significado para a vida e a história humanas. Mas há duas árvores em particular que têm ainda mais significado, fundamentais para a vida no jardim, mais ainda do que todas as outras árvores, centrais para toda a história. Essas árvores estavam no meio do jardim, no centro, e aprendemos os nomes dessas árvores especificamente. Primeiro há a árvore da vida; então encontramos a árvore do conhecimento do bem e do mal. Não há mandamento dado sobre a árvore da vida. Ficou lá no centro do jardim, o nome nos diz o que representava, mas além dessa breve descrição, não aprendemos nada mais sobre essa árvore.

Mas Deus dá um mandamento ao homem sobre a outra árvore. E ao contrário de todos os outros mandamentos que ele deu até agora, este é uma proibição; é um tipo de mandamento, “Não farás.” Todas as outras árvores estavam abertas ao homem, incluíndo aquela árvore da vida, presumivelmente. Elas poderiam usar qualquer uma dessas árvores como alimento. Mas aquela árvore do conhecimento do bem e do mal era única; “Da árvore do conhecimento do bem e do mal,” o SENHOR Deus disse a Adão, “não comerás.” E o SENHOR também deixa muito claro para Adão quais seriam as consequências se ele escolhesse desobedecer ao mandamento expresso de Deus: “Porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”

Portanto, vou falar primeiramente sobre a árvore da vida – o que significa seu nome, e por que Deus a colocou lá no meio do jardim. Em segundo lugar, vou falar sobre a árvore do conhecimento do bem e do mal – o que significa seu nome, e por que estava lá. E, finalmente, veremos o significado dessas árvores a partir de nossa perspectiva – o que elas têm para nos ensinar sobre como devemos viver diante de nosso Criador hoje?

Então, primeiro a árvore da vida. Como mencionei, não aprendemos muito sobre essas árvore neste relato. Mas isso não significa que não sabemos nada sobre esta árvore. A árvore da vida, e as imagens da árvore, e seu significado, voltam repetidas vezes ao longo da Escritura. O primeiro salmo, por exemplo, fala nas imagens das árvores e da vida, e onde a vida é encontrada. O Homen justo é como árvore, plantada junto a corrente de águas. Ele recebe seu alimento, seu sustento, de Deus. A vida vem de Deus, Ele é a fonte, a fonte da vida. Ele formou o homem do pó da terra e respirou o fôlego da vida em suas narinas. A vida, a nossa vida, toda a vida, depende dele e do seu Espírito. Ele dá, e ele toma. Quando ele remove o Seu Espírito, a Sua respiração, a vida termina.

Assim, podemos ver a árvore da vida como símbolo, e alguns grandes estudiosos da Bíblia no passado falaram sobre o homem usando o fruto da árvore da vida como sacramento, como participação na vida que Deus deu à sua criação humana. Esta árvore ficava, com a outra, no centro do jardim, o santuário, o precursor do tabernáculo e do templo, e assim simbolicamente ficava no centro da existência do ser humano. O homem foi colocado no jardim, e no centro, o ponto focal deste jardim, foi a árvore da vida. Mostrava ao homem seu lugar, seu papel, seu status em relação a Deus e à criação.

Lembrou-lhe que ele era ser criado; que a fonte da sua vida estava em seu Criador; que ele não era independente; que ele não era auto-sustentável; que ele não iria viver para sempre só porque foi assim que Deus fez as coisas, a lei natural que ele estabeleceu. Ele não era autônomo, ele era dependente. Sua vida dependia de Seu Criador, e ele tinha que continuar confiando sem seu Criador para viver. Robert Candlish, um comentarista escocês do século 19, disse: O homem recebeu a vida de novo todo instante de Deus, em quem é a vida. E dessa recepção contínua da vida, sua participação contínua na árvore da vida era símbolo permanente.

Apocalipse 2 e 22 fala sobre a árvore da vida e nos dão uma idéia do significado daquela árvore. Na conclusão da carta ao anjo da igreja em Éfeso, João chama essa igreja a continuar perseverando; ele os adverte contra abandonar seu primeiro amor. Ele diz que eles precisam se arrepender do mal que estavam fazendo, mas ele também os elogia pelo que eles estão fazendo certo, pela graça de Deus. Eles diz que eles precisam escutar atentamente – Quem tem ouvidos, ouça. E então conclui com esta palavra de encorajamento: “Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.” Deus daria vida àqueles que combateram o bom combate, aqueles que perseveraram na fé; sua árvore lhes daria essa vida. E podemos ver isso ainda mais claramente em Apocalipse 22.

A visão é da nova Jerusalém; já presente na igreja, mas aguardando o seu cumprimento na plenitude do tempo. Há um rio que flui do trono de Deus pela cidade, bem no meio dela. Rios de água nas Escrituras nos apontam para a obra do Espírito Santo, para dar vida. E então há esta estranha imagem da árvore da vida, ou árvores da vida, crescendo nos dois lados do rio. Ela produz seus frutos, doze tipos de frutas, o ano todo – não há período de entressafra para esta árvore – está constantemente produzindo. E suas folhas são para a cura das nações. A árvore dá vida, e suas folhas trazem cura. A fonte dessa vida é o Senhor e a sua Palavra; é isso que temos como igreja de Deus, como a noive de Cristo, hoje – é o que nos foi confiado – uma árvore da vida, algo tão especial, algo tão importante, algo que devemos valorizar. A árvore da vida é a árvore de Deus, e através dela Ele provê para aqueles que já são o Seu povo, e para aqueles “das nações,” que se juntam à cidade celestial. \

É isso que Adão e Eva tiveram no Éden; Deus estava presente com eles ali, diretamente, sem mediação, e Ele lhes deu esta árvore como sua maneira de dar-lhes a vida. Eles não eram autônomos, eles não eram agentes livres; eles dependiam de Deus para a vida, mas estava lá para eles, como um presente gratuito. Sua vida deveria estar centrada em Deus e na provisão de Deus para eles, e era para isso que a árvore da vida estava presente, para constantemente lembrá-los de quem eles eram.

Mas havia também outra árvore. Não era uma árvore má, como se a árvore da vida fosse boa e a árvore do conhecimento do bem e do mal fosse má; tudo o que Deus criou foi muito bom, incluindo aquela árvore. Mas era uma árvore especial, porque abria para o homem uma escolha – a oportunidade de obedecer a um comando claro, ou de desobedecer. O homem tinha livre arbítrio quando foi criado. Ele foi criado bom, perfeito, com sua vontade e seu coração em perfeito alinhamento com a vontade do Criador. Mas Ele tinha a capacidade de escolher, e isso era importante. O homem era dependente de Deus, mas ele tinha sua própria vontade, dada a ele por Deus. Isso fez com que seu amor por Deus fosse significativo, porque ele teve a oportunidade de não amar; sem a escolha, aquele amor que Adão e Eva foram criados para viver não teria significado real.

Então a árvore do conhecimento do bem e do mal foi plantada ali, também no centro do jardim. Às vezes, alguns abreviam o nome dessa árvore e a chamam de “árvore do conhecimento,” mas essa parte do “conhecimento do bem e do mal” é significativa. Não foi apenas o conhecimento em si que seria obtido se eles comessem da árvore. Foi um tipo específico de conhecimento. E não foi apenas um conhecimento do que é certo e o que é errado. Foi algo muito mais profundo.

Mas para ver isso precisamos procurar em outro lugar na Bíblia para ver como essa frase, “conhecimento do bem e do mal,” é usada, e o que isso realmente significa. Há quatro passagens que são importantes para essa questão – a primeira é 2 Samuel 14.17. Uma mulher é enviada ao rei Davi por Joabe, para falar em seu nome. A história toda não é importante para nosso propósito agora, mas o que é importante para nós é o modo como a mulher se dirige a Davi. Lemos neste versículo:

“Diza mais a tua serva: Seja, agora, a palavra do rei, meu senhor, para a minha tranquilidade; porque, como um anjo de Deus, assim é o rei, meu senhor, para discernir entre o bem e o mal. O SENHOR, teu Deus, será contigo.”

Ela elogia Davi por sua capacidade de discernir o bem e o mal. Ele tem conhecimento do bem e do mal, e isso é uma coisa positiva – fala da sua sabedoria. Mais tarde, em 1 Reis 3.9, o filho de Davi, Salomão, disse isso ao Senhor:

“Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discorda entre o bem e o mal; pois quem poderia julgar a este grande povo?”

Novamente, encontramos essa capacidade de discernir o bem e o mal, o conhecimento do bem e do mal, sendo visto como algo necessário para o rei, a fim de governar adequadamente.

Esse conhecimento do bem e do mal, como vemos mais adiante nas Escrituras, é algo que vem com a maturidade. Em Isaías 7 há a história de Emanuel, tão conhecida por nós como profecia messiânica. Nós versículos 14 a 16, lemos:

“Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará `a luz um filho e lhe chamará Emanuel. Ele comerá manteiga e mel quando souber desprezar o mal e escolher o bem. Na verdade, antes que este menino saiba desprezar o mal e escolher o bem, será desamparada a terra ante cujos dois reis tu tremes de medo.”

Esse conhecimento do bem e do mal é algo que deve se desenvolver no menino; ele não nasceu com essa habilidade, foi algo que ele teria que aprender. Ele teria que crescer em sabedoria, e quando o fizesse, poderia ser dito sobre ele que ele sabia como recusar o mal e escolher o bem. Esse é o conhecimento do bem e do mal.

E essa última passagem também fala de maneira muito semelhante – Jeremias 4.22. Deus diz isso através do profeta:

“Deveras, o meu povo está louco, já não me conhece; são filhos néscios e não inteligentes; são sábios para o mal e não sabem fazer o bem.”

Novamente, há essa justaposição de “bem” e “mal” – novamente colocada no contexto da maturidade. Israel era como um grupo de crianças ignorantes. Eles eram imaturos. Eles estavam atrofiados. Eles não podiam fazer o que Deus queria que eles fizessem – escolher o bem e recusar o mal, como Emanuel naquela passagem em Isaías.

Portanto, há estas sugestões por toda a Escritura de que o “conhecimento do bem e do mal” é muito mais profundo do que simplesmente ser capaz de distinguir o certo do errado. Não havia mal no jardim ou em toda a criação. Adão e Eva não sabiam nada de mal, muito menos todas as consequências que o mal traria, especialmente a morte. Mas parece claro que essa proibição de comer da árvore teria sido temporária, um período probatório, um período de testes. Após o período experimental, Adão e Eva teriam sido confirmados em sua escolha, e eles teriam podido comer da árvore da vida por toda a eternidade.

Alguns argumentaram que eles teriam sido autorizados a comer da árvore do conhecimento do bem e do mal depois do tempo probatório, à medida que cresciam em compreensao e maturidade, que o pecado deles em comer a árvore ficou na tentativa de alcançar aquela maturidade antes do tempo apropriado. Mas não precisamos ir mais longe em nossa especulação, e dada a situação, como a história se desenrolou, não é necessário. Nós sabemos o que aconteceu – Adão e Eva fariam a escolha errada, o que torna esse tipo de questão irrelevante.

Mas esta árvore mostrou a Adão que ele tinha que viver dentro dos limites que seu Criador havia estabelecido para ele. A árvore da vida mostrou que o SENHOR Deus era a fonte da vida, e a árvore do conhecimento do bem e do mal mostrou-lhe que a palavra do SENHOR Deus era lei. A árvore da vida lembrou-lhe as bênçãos de seu relacionamento pactual com seu Criador, enquanto a árvore do conhecimento do bem e do mal foi lembrete das obrigações daquele pacto.

Toda aliança tem duas partes – uma promessa, e uma obrigação. A demanda de Deus, naquele tempo como agora, era pela obediência fiel, pela confiança nele, pela fidelidade e submissão a Deus. Aquela segunda árvore seria uma prova dessa fidelidade, e um lembrete da obediência que o Criador legitimamente exigia de toda a criação, a obediência que foi simplesmente um atributo do resto da criação, viva ou inanimada, mas uma obediência que exigiu a escolha ativa da humanidade.

E a advertência contra comer da árvore era séria: “No dia em que dela comeres, certamente morrerás.” A Escritura fala da morte em três maneiras: primeiro, há a morte física ou a morte temporal. Esta é a separação da alma do corpo, a divisão não natural das duas partes do homem que Deus criou para ser unidas. Mas este não foi o significado completo de “morte” aqui neste aviso. Adão e Eva não seriam fisicamente atingidos ao comer a fruta.

Mas o segundo significado da morte fala à morte espiritual – uma mudança de status, de ser verdadeiramente bom, de viver num relacionamento correto com Deus, de ser mau ou perverso – de viver em inimizade com Deus, separado dele e seu amor, estando em sua presença, mas querendo escapar dessa presença. Esse é o tipo de morte que Paulo descreve em Efésios 2, quando ele fala sobre o nosso estado natural, o que somos sem Cristo – mortos em nossas transgressões e pecados, seguindo o curso deste mundo, seguindo o príncipe da potestade do ar. Essa “morte” significa ser filho da ira, que somos por natureza, junto com o resto da humanidade.

Em Romanos 8.6-8, Paulo descreve a morte da seguinte maneira: “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”

A morte, nesse sentido mais completo, a morte que viria quando Adão e Eva comessem daquele fruto proibido, foi o colapso da integridade original do homem, a destruição da sua vontade, que tinha sido bom, a devastação de sua mente e coração, que se tornaram fixos na carne, hostis a Deus, não se submetendo e, de fato, não podendo se submeter à lei de Deus. Quando Adão e Eva morreram, quando comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, ficaram com medo da presença de Deus, hostil a Ele, mortos em sua transgressão e pecado.

E o terceiro tipo de morte que a Escritura descreve é a morte eterna. Em última análise, se não fosse pela obra restauradora de Deus em enviar seu Filho ao mundo para reparar a brecha que o homem havia feito entre ele e seu Deus, isso teria sido o resultado da queda para todo ser humano, como resultado de comer daquela árvore – miséria eterna, tormento eterno, existência eterna, sem fim, na presença da perfeita e santa ira de Deus; a existência eterna querendo escapar da presença de Deus, mas send incapaz de escapar. Mas graças a Deus, é disso que Deus nos salvou. É disso que ele nos libertou. Estávamos mortos em nossas transgressões e pecados, mas quando Deus nos escolhe para sermos seus, ele nos dá a vida, vida que não merecemos, vida que nossa natureza caída até iria rejeitar completamente, se não fosse pela operação do Espírito Santo dentro de nós.

Para aqueles que se arrependem e crêem, aqueles que se afastam de sua rebelião pecaminosa contra o Criador, aqueles que buscam servir ao Senhor como todo o coração, essa sentença de morte foi anulada. O perdão foi concedido. Para aqueles que não fazem isso, que não se confiam ao Senhor Jesus Cristo, que se recusam a se submeter ao Seu Senhorio, que não reconhecem que Ele é o Senhor e o Salvador, a maldição permanece, e a sentença de morte, desta vez a morte em seu terceiro significado – a morte eterna, a miséria eterna, é o único resultado possível.

Por isso nunca podemos ter o mesmo tipo de relacionamento com os incrédulos do que com os crentes. Jamais poderemos ter uma comunhão real, uma intimidade real, um vínculo pactual real com os incrédulos, porque nós, pela graça de Deus, estamos vivos e eles, por sua própria natureza, estão mortos! É assim que a diferença é pronunciado, a diferença que nosso Deus gracioso fez em nossa vida, a diferença que precisamos mostrar pelo modo como vivemos nossa fé. Não é uma diferença de grau – é uma diferença em espécie. Somos diferentes do mundo descrente, a essa diferença precisa ser demonstrado na maneira como falamos, na maneira como nos relacionamos com nossos irmãos e irmãs na fé e na maneira como nos relacionamos com o mundo descrente ao nosso redor.

E para fazer isso, precisamos da nossa árvore da vida. E essa árvore é a árvore dão Calvário – a cruz de Cristo. A fonte da nossa vida está nele; a fonte da vida, a vida dada pelo Espírito Santo, é a Sua Palavra. Sua Palavra nos mostra o caminho da vida e dá a vida através do trabalho do Espírito Santo. Então precisamos nos lembrar daquela árvore; precisamos nos lembrar que a vida que temos nos foi dada pelo próprio Deus, e que é sustentada pelo próprio Deus. Precisamos ir a essa árvore, continuar a participar dessa árvore, encontrar nosso alimento, nossa energia, nosso combustível, nosso sustento, nessa árvore. Em união com Cristo, através da obra do Seu Espírito Santo, nos tornaremos árvores vivas, plantadas, enraizadas, firmemente estabelecidas, por aquelas correntes de água vivificante.

E precisamos evitar o fruto proibido. Nossa natureza pecaminosa deseja o que é proibido. Se alguém diz que não devemos fazer algo, por causa da queda no pecado, nossa inclinação natural é imaginar que prazeres incalculáveis estão por trás desse tipo de proibição. Mas nós temos uma obrigação para com o nosso Deus; isso permanece verdadeiro hoje tanto quanto foi para Adão e Eva, vivendo sob o pacto que Deus fez com eles no jardim, e tanto quanto para o povo de Israel, vivendo sob o antigo aliança. Deus nos promete a vida, mas ele exige a fidelidade.

Felizmente, Ele também fornece a mesma coisa que Ele exige, de modo que nossa salvação não depende de nossa própria obediência, mas depende inteiramente de Deus e de Sua graça. Quando Ele exige algo de nós, Ele também nos dá o que precisamos para cumprir nosso chamado. Ele nos dá novos corações, para que possamos recusar o mal e escolher o bem. O chamado que recebemos na Palavra de Deus é lembrar quem somos, lembrar o que Deus nos fez, lembrar a nova posição em que Deus nos colocou.

Nunca devemos esquecer quem somos – fomos separados, fomos mudados, fomos renovados e precisamos viver à luz dessa verdade. O fruto que Deus proíbe hoje Ele proíbe para nosso próprio bem. E aquele fruto proibido, quer seja imoralidade sexual, ganância ou cobiça, o amor ao dinheiro, ou o desejo de quaisquer ídolos que criemos que nos atraiam, emocionalmente ou fisicamente, não deve mais ter o apelo que já teve. Porque temos um tesouro, um verdadeiro tesouro, um tesouro duradouro no céu. E nenhum fruto terreno proibido jamais poderia nos dar algo como aquela coroa que Deus reservou para todos aqueles que pertencem a Ele.

Meus irmãos, apeguem-se à árvore da vida. E aguardamos com expectativa o dia em que a árvore da vida será concedida a nós em toda a sua plenitude, quando a vida eterna será nossa, em Cristo, quando não haverá mais a escolha entre o bem e o mal, porque não teremos o poder de pecar. Que futuro glorioso o povo de Deus tem que esperar. Que ele nos conceda todas as forças para perseverar, vencer, para que também nós possamos comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.

Amém.

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Jim Witteveen

Pr. Jim Witteveen é ministro da Palavra servindo como missionário da Igreja Reformada em Aldergrove (Canadá) em cooperação com as Igrejas Reformadas do Brasil. Atualmente é diretor e professor no Instituto João Calvino.

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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.