Dia do Senhor 32

Leitura: Mateus 07.13-29
Texto: Dia do Senhor 32

Amada igreja do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,

Em Mateus 7 o Senhor Jesus admoesta o povo de Deus a entrar pela porta estreita, “porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela”. Mas entrar pela porta estreita não é fácil, pois temos que ter discernimento – temos que reconhecer os lobos roubadores que se nos apresentam disfarçados em ovelhas no meio do rebanho de Cristo. No seu ensino, Cristo nos ajuda ter discernimento por explicar o modo de distinguir entre cristãos e os que não são cristãos – ele disse: “Pelos frutos os conheceis”. A palavra “frutos” significa o comportamento deles – as coisas que pessoas fazem. Cristo nos ensina que os cristãos são distinguidos, porque eles obedecem à lei do SENHOR (Mateus 7.21). A gente pode distinguir entre ovelhas e lobos pelas coisas visíveis – pois verdadeiros cristãos vão viver de forma diferente daqueles que não amam a Deus. Note bem, a diferença é visível – Jesus não diz que é uma possibilidade que cristãos vão produzir frutos bons, mas Ele diz que isso vai acontecer! Se for um cristão, vai produzir bons frutos; se não é um cristão, não pode produzir bons frutos. Este ensino dá o contexto da resposta no catecismo. A pergunta é: por que devemos praticar boas obras? E a resposta, que é também o tema desta pregação, é:

Tema: Toda árvore boa produz bons frutos.

E vemos que,

  1. Os frutos glorificam Deus
  2. Os frutos consolam o crente.
  3. Os frutos ganham os nossos próximos
  4. Os frutos glorificam Deus

Por que Jesus diz no versículo 19 que “toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo”? Por que Ele diz que Deus dirá aos que praticam iniquidade: “Apartai-vos de mim” (v.23)? Por quê? A resposta é simples – pessoas que não produzem frutos desobedecem a Deus e merecem punição. Já na criação do mundo, Deus criou o homem para que este glorificasse a Ele com toda a sua vida – o homem era capaz de obedecer à lei do SENHOR, e desejava louvar o SENHOR, e sempre praticava boas obras. A pergunta do catecismo nunca foi levantada pelos primeiros pais no paraíso – eles nunca perguntaram: “Ó Deus por que devemos praticar boas obras?” Depois que os criou, o SENHOR os colocou no jardim e deu tudo para eles. Embora com a prática das boas obras não ganhariam nada (pois já tinham tudo), eles desejavam fazer boas obras porque, por natureza, desejavam glorificar a Deus! Podemos dizer que é natural fazer boas obras, ou seja, fomos criados para fazer boas obras, com mentes, corpos e almas. Já no momento da criação Deus quis que o homem fizesse boas obras.

Mas, quando o homem se rebelou, acabou de fazer boas obras. Ele tornou-se morto nos seus pecados, e agora todo homem, por natureza sendo morto, não é capaz de produzir boas obras (veja Romanos 5). Por natureza, odiando a Deus e ao seu próximo, o homem sem Cristo não produzirá boas obras – e não pode glorificar a Deus. Hoje em dia, há muitos que não podem glorificar a Deus – não somente os pecadores que vivem fora da igreja, mas também os que entram na igreja e se apresentam disfarçados em ovelhas, mas, por dentro, são lobos roubadores. A pessoa que está andando no caminho espaçoso (Mt. 7.13) não produz fruto e não está glorificando a Deus – a pessoa que não deseja participar nos cultos, e não deseja mostrar amor ao seu próximo, e não deseja obedecer às leis do país, nem deseja viver de forma pura – tal pessoa está mostrando que ela não tem o Espírito Santo no seu coração, não está cumprindo a tarefa de glorificar a Deus, e ela não herdará o reino do céu. Como Jesus diz: “Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo” (Mateus 7.19). Por causa da queda, não podemos produzir frutos bons para glorificar a Deus, e todos nós merecemos esta punição. Temos corações pecaminosos por natureza, ou seja, por natureza somos árvores más. Então, por que Jesus falou sobre árvores boas? É possível que existam tais árvores? Sim – mas a transformação vem de Deus mesmo. Só Deus pode transformar o pecador, e a árvore que produz frutos bons, é uma árvore que Deus vivifica. Apenas os que são vivificados pelo trabalho maravilhoso de Deus são capazes de glorificar a Deus nesta vida!

O evangelho para nós é que, imediatamente depois da queda, Deus prometeu que alguém esmagaria a cabeça da serpente – observando o Antigo Testamento aprendemos que aquele salvador restauraria a situação no paraíso e que, através do trabalho dele, os ossos mortos tornariam vivos. Do Antigo Testamento aprendemos que Cristo restaura a situação do paraíso – lembram daquela situação quando o homem quis fazer boas obras? – Cristo restaura aquela situação! Pelo Espírito Santo, Cristo inicia o processo de santificação nos nossos corações; pelo poder do Espírito Santo, cristãos podem começar a mostrar gratidão verdadeira. Cristo transforma tudo para os cristãos – embora fôssemos, por natureza, árvores mortas, Cristo nos deu vida pelo Espírito Santo e faz-nos ser árvores vivas! Agora, cristãos, com o Espírito Santo, são capazes de começar a fazer a tarefa que receberam já no paraíso! Agora, em Cristo, cristãos podem glorificar ao SENHOR com boas obras. Em Cristo podemos, e em Cristo queremos, e, então, devemos.

Nos primeiros capítulos de Romanos, Paulo explica como Jesus, pelo Espírito Santo, transforma rebeldes para serem nova criação. Paulo mostra como Deus nos transformou das árvores mortas para sermos árvores vivas, e com essa transformação tornamo-nos capazes de começar a glorificar a Deus novamente. Veja Romanos 12.1-2 que fala sobre essa transformação: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Cristo faz-nos boas árvores; pelo Espírito Santo produzimos bons frutos; e queremos usar as nossas vidas para que mostremo-nos gratos a Deus por Seus benefícios e para que Ele seja louvado por nós. Somos novas criaturas em Cristo – cristãos voltaram para o paraíso em Cristo! Verdadeiros cristãos tornam-se capazes de glorificar a Deus com os seus frutos bons que vêm do Espírito Santo! Cristo não somente nos redimiu da morte, mas também nos deu uma vida cheia e completa, para que possamos glorificar a Deus com as nossas obras!

  1. Os frutos consolam o crente

Agora pare um momento e pense. Confessamos que produzimos frutos bons, então, mostremo-nos gratos a Deus por Seus benefícios, somente por causa de Cristo que nos renova por Seu Espírito Santo. Cristo é a fonte dos frutos bons, pois Ele é a fonte das árvores boas. Se há uma árvore boa, isso tem a ver com a consequência do trabalho de Cristo. Então, os frutos mostram a presença de Cristo. Repito, os frutos mostram a presença de Cristo! Cristo perguntou: “Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? (…) Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. (…) pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7.16, 18, 20).

A passagem deixa claro que a gente pode ver a nossa situação no reino de Deus. Às vezes cometemos pecados e perguntamos se ainda podemos ser salvos. Como julgar se você é ovelha de Deus ou lobo? O que deve fazer quando tiver dúvidas sobre a sua eleição? Não pode condenar-se imediatamente se vir pecado na sua vida, porque todo mundo peca, mas pode ver a sua situação com Deus com base na sua reação a esse pecado? Pode ver fruto de arrependimento na sua vida? Confessa os seus pecados a Deus? Ora pelo perdão dos seus pecados? Entende o trabalho de Cristo e fica grato? Os frutos mostram a situação, de coração. Pelos frutos os conheceis.

Se um de nós se endurecer nos seus pecados, desprezar a mensagem da graça, não abandonar o modo de viver – ingrato e impenitente –, e não se converter a Deus, o mesmo pode dizer que está tudo bem com Deus? O que acontece se alguém não está produzindo frutos bons na sua vida? Jesus diz que tal pessoa é assim como uma árvore má; uma árvore má produz frutos maus, e toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. “A Escritura diz que nenhum impuro, idólatra, adúltero, ladrão, avarento, bêbado, maldizente, assaltante ou semelhante herdará o reino do céu”. A falta dos frutos mostra que a pessoa está fora de Cristo, que ela tem de se arrepender rápido. A falta de fruto é uma advertência para a pessoa; e os cristãos são obrigados a chamarem tais pessoas a Cristo. Por isso, os pastores falam de forma séria com as pessoas que não estão vivendo de forma piedosa – nas visitas pastorais lhe dão advertência se estão se desviando. Veja sua vida – você vê frutos? Se não, a mensagem é clara: não se engane, não continue fingindo, arrependa-se em oração e peça o perdão do SENHOR. O momento do arrependimento chegou – é agora mesmo!

Ao mesmo tempo, olhando os frutos, pode-se dizer que, se alguém está servindo a Deus com alegria e, lutando, obedecer ao mandamento de amor por guardar os dez mandamentos, e permanecer humilde e cheio de alegria… Então, é claro que tal pessoa pertence a Cristo. Os frutos mostram a presença de Cristo no seu coração. Os pastores também percebem a situação do seu coração pelos frutos – e eles podem usar esses frutos visíveis para consolar o crente. Caros irmãos e irmãs, vocês não devem duvidar da sua eleição: se houver frutos do Espírito Santo na sua vida, isso só pode vir da mão do SENHOR. O Espírito Santo se revela e se manifesta na sua vida necessariamente, quer dizer, os que têm os frutos têm o Espírito. Então, quando ouvirmos a pergunta: Se Cristo fez tudo, por que devemos praticar boas obras? A resposta é simples: Devemos praticar boas obras, porque Cristo fez tudo, até dando a força para praticá-las. As boas obras são prova do trabalho completo de Cristo. Praticamos boas obras, porque somos árvores boas pela graça do SENHOR, e árvores boas vão produzir frutos bons! E quando virmos frutos bons na nossa vida, tenhamos a certeza da nossa fé! Deus realmente transforma as nossas vidas!

Além disso, o desejo ter frutos bons é também uma boa obra. Às vezes acontece de você falhar e nem sempre mostra amor e paciência, e domínio próprio – porque santificação é um processo. Nestes casos você deve avaliar se quer manifestar frutos bons ou não. O fato de que você se preocupa com os seus pecados e quer mostrar gratidão, já é o trabalho do Espírito Santo. Se não virmos bons frutos, mas queremos isso, o nosso querer é uma evidência de que o Espírito está trabalhando e nos orientando no processo da santificação. Devemos sempre orar para a transformação verdadeira do Espírito Santo, para que seja glorificado o SENHOR. Sejam consolados caros irmãos: se há uma luta contra o pecado nas suas vidas, sejam consolados caros irmãos; se vocês desejam glorificar a Deus com a sua vida – tudo isso é evidência que vocês têm o Espírito Santo e são salvos em Cristo. Sejam consolados, caros irmãos, porque, pelos frutos, vocês podem ser conhecidos como o povo de Deus. E o povo de Deus sempre é reconhecido pelos outros também.

  1. Os frutos ganham os nossos próximos

Veja a ligação entre a figura das árvores (7.15-20) e a explicação de Jesus sobre o que vai acontecer no dia de Juízo (7.21-23). Percebemos uma ligação entre as árvores que produzem frutos bons e as que fazem a vontade do Pai que está nos céus. Também percebemos uma ligação entre os que não produzem frutos bons e os que profetizam, e expelem demônios, e fazem muitos milagres em nome do Senhor. O ponto é que pessoas podem fazer muitas coisas, as chamadas “religiosas”, que não são agradáveis a Deus. Deus quer que o cristão faça a vontade dEle – Deus quer que o membro da igreja guarde a Sua instrução nos 10 mandamentos; na obediência e na submissão a Cristão; na piedade dos membros e na disciplina; o SENHOR é glorificado – o fruto do Espírito Santo se manifesta no amor. Piedade é obedecer a vontade do SENHOR – e essa piedade vai ganhar os nossos próximos para Cristo.

Os que têm o fruto do Espírito Santo desejam ganhar os seus próximos para Cristo. Esse desejo também é uma boa obra que vem de Cristo. Como podemos ganhar os nossos próximos? Na congregação aqui em Paulista é uma pergunta muita importante. Precisamos de mais cânticos? Precisamos de milagres e profecias? Devemos imitar as seitas carismáticas? A confissão da igreja permanece sem mudança – podemos ganhar os nossos próximos pela nossa piedade, pela nova forma piedosa de viver! Irmãos, vivam na forma de gratidão a Deus, falem sobre os grandes feitos do SENHOR, mostrem amor para com Deus e o seu próximo, e vocês vão ganhar o seu próximo para Cristo! Evangelismo começa na sua vida. Evangelismo começa na sua casa – você fica calma no meio das tribulações? Você sempre ora e lê a sua Bíblia? Você ajuda os necessitados? Sua paz, seu amor, sua confiança, sim, suas boas obras que mostram a presença do Espírito Santo chamarão o seu próximo a tomar uma decisão?

Acontece muitas vezes que os membros que estão sofrendo muito dão um testemunho muito grande no meio das suas tribulações – o idoso deitado no leito da morte, a pessoa lutando contra câncer terminal – com dores constantes –, a família que perde um filho para a morte – Na verdade, Deus usa os membros que sofrem para mostrar a Sua glória e a profundidade do consolo da Igreja. Quando eles mostrarem os frutos de paz, alegria, paciência e amor – todos os que estão ao seu redor percebem; eles reconhecem que há um Deus, que o trabalho de Jesus Cristo é eficaz, e que o Espírito Santo é um Conselheiro maravilhoso!

E todos nós, manifestando estes frutos, estamos sendo percebidos pelos nossos próximos – somos diferentes, comportamo-nos de forma única, não há nada que pode nos abalar. Na verdade, falamos sobre Cristo, não somente pelas nossas palavras, não somente pelas transformações chocantes, mas pela continuação duma vida piedosa: os jovens testemunham do poder de Cristo, porque eles são diferentes dos seus colegas na escola – não brigam, seguem as regras, mostram respeito aos seus pais e professores, sempre se vestem de forma modesta, não escutam a música pecaminosa que louva rebelião e sexo fora do casamento, e não namoram qualquer pessoa. Na verdade, eles evitam tal escravidão e desfrutam da sua vida; ficam contentes, estão cheios de alegria, esperança e criatividade, e ganham boas notas por causa do seu trabalho fiel. Vendo esse comportamento, os outros jovens – sofrendo por causa dum relacionamento quebrado, oprimido pelos vícios, e sendo perseguido pelos professores – percebem que há mais nesta vida do que o seu próprio prazer. Eles vão perguntar: “Por que aquele cristão é tão diferente, tão alegre, e desfruta de tanta paz, até no meio das tribulações?” E o mesmo se aplica aos adultos – somos diferentes das pessoas do mundo – guardamos os nossos casamentos, evitamos as novelas e as tentações de adultério, criamos os nossos filhos no temor do SENHOR, trabalhamos fielmente e com alegria na nossa tarefa, encorajamos uns aos outros nas nossas casas, e sempre mostramos compaixão. E os vizinhos perguntam: “De onde veio esse comportamento honesto, esse juízo sábio, essa pureza da vida, esse casamento feliz, essa família obediente?” E assim, pelos frutos bons que Deus nos concedeu em Cristo Jesus, ganhamos os nossos próximos para Cristo!

Pense sobre as passagens das Escrituras que falam assim. Em Mateus 5.14-16 Jesus diz ao povo de Deus: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se ascenda uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. Veja também 1 Pedro 2.11-12: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma, mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação”. Isto é a regra geral. Brilhe a vossa luz! Vivam como cristãos, vivam no modo que foram criados, e vocês vão praticar boas obras. Essas obras vão incitar outros a glorificarem a vosso Pai. Esta exortação também se aplica aos nossos lares, e Pedro escreve às mulheres: “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor” (1 Pedro 3.1-2). Se tivermos frutos bons, vamos ser diferentes do resto da sociedade.

Frutos bons é uma parte necessária da vida Cristã – se alguém não pratica boas obras, podemos dizer que esse não tem Cristo – porque frutos são provas da presença de Cristo e eles servem para a glória de Deus, consolam o crente, e nos ajudam a ganhar o nosso próximo para Cristo.

Amém.

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Julius VanSpronsen

Julius VanSpronsen

O pastor Julius VanSpronsen é Bacharel em Artes (B.A.), Trinity Western University, Langley, B.C., Canadá, 1998; Mestre em Divindade (M.Div.), Theological College of the Canadian Reformed Churches, Hamilton, ON, Canadá, 2002. Foi missionário pelas Igrejas Reformadas do Canadá no Brasil de 2007 a 2016. É ministro da Palavra das Igrejas Reformadas Canadenses. Professor no Instituto João Calvino e na FitRef.

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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.