Leitura: Salmo 127
Texto: Salmo 127
Tema: Viva na dependência de Deus, pois tudo vem das mãos dEle
Amados irmãos no Senhor Jesus Cristo,
O Salmo 127 que temos diante de nós hoje é identificado como sendo um Salmo“de Salomão”. Salomão é o conhecido sábio, filho do rei da Davi (que o substituiu no trono de Israel); ele é o escritor de alguns livros que compõe a Escritura no AT, dentre os quais se destacam o livro de Provérbios e Eclesiastes (ele ainda escreveu o livro de Cantares e outros salmos). Mas, especialmente destaco esses dois, pois, ambos, são escritos de sabedoria. E este Salmo 127, de sua autoria, traz em si um “tom sapiencial” e é considerado um Salmo de sabedoria – um salmo que quer ensinar sabedoria.
E a sabedoria que Salomão nos transmite nesse Salmo não é uma sabedoria sobremodo elevada, para grandes teólogos e filósofos e/ou estudiosos de destaque, mas uma sabedoria prática, que trata de coisas comuns; todavia, uma sabedoria que é indispensável à vida.
E que sabedoria é essa? É uma sabedoria tão básica e necessária que não pode ser negligenciada. Tão indispensável hoje como foi nos dias de Salomão… Tão necessária que quando o saltério foi organizado, e os cânticos de romagem estabelecidos, ele foi incluído ali, como que para lembrar sempre o povo dela. E sua inclusão tem uma razão… Vocês lembram que os cânticos de romagem eram utilizados pelos judeus durante suas peregrinações quando subiam para as três grandes festas em Jerusalém (Páscoa, Pentecostes, Tabernáculo)? Certo?! Vocês devem estar lembrados também (já aprendemos) que estes salmos são uma expressão dos anseios e necessidades do povo de Deus que perpassa a época de sua composição, do povo judeu, e descreve o anseio e necessidade dos fiéis em todas as gerações (aprouve a Deus os usar assim). São cantados por todos os fiéis em sua jornada em direção à casa do Pai – eles descrevem as alegrias e desafios que os acompanham na sua peregrinação. Então, este salmo foi arrolado nessa lista por trazer essa “sabedoria” que não pode faltar aos fiéis nessa jornada.
Então, que sabedoria é essa que foi ensinada por Salomão, que foi vivida pelos judeus em suas jornadas, e que precisamos considerar também em nossa própria jornada hoje?! Vou resumir ela naquilo que é o tema de nosso sermão. Eu vos prego a Palavra de Deus no Salmo 127 sob o seguinte tema: “VIVA NA DEPENDÊNCIA DE DEUS, POIS TUDO VEM DAS MÃOS DELE”.
1. Amados irmãos, o primeiro aspecto muito claramente exposto neste Salmo é que não existe verdadeiro sucesso sem o auxílio/a benção de Deus. Quaisquer projetos que os homens intentarem, quaisquer empreendimentos, sem o auxílio/a bênção de Deus não terão nenhum valor; será algo vão. É a síntese do que encontramos registrados nos versículos iniciais de nosso salmo. Vamos observar isso.
O sábio Salomão começa sua instrução nesse cântico fazendo algumas afirmações que nos ensinam sobre a necessidade de dependência de Deus, e que sem Seu auxílio não lograremos êxito/sucesso. Estas afirmações estão registradas aqui nos vv.1 e 2: edificar uma casa, guardar uma cidade, trabalhar com empenho. Note que ele usou o “se” para apresenta-las – “se” é uma partícula condicional –, todavia, ele não a usou para gerar incerteza, mas, justamente, para imprimir mais firmemente a verdade por ele afirmada. Seu sentido básico é: “A menos que” Deus faça isso ou aquilo…, o esforço humano será vão.
Outra coisa que devemos observar para entender o ensino aqui é, exatamente, a ênfase dada à palavra “vão”. Ela aparece três vezes durante as afirmações iniciais deste salmo (vv.1-2), note, inclusive, a palavra “inútil” no início do v.2, no original, é a mesma que é usada para traduzir o “em vão” no v.1. Então, essas atividades comuns: edificar uma casa, guardar uma cidade, trabalhar com empenho – e o ensino geral que isso traz: que tudo depende do Senhor – são todas qualificadas como “vãs” sem o auxilio d’Ele. Daí, podemos ver que essa palavra é muito significativa aqui. Ela lança luz sobre como essas coisas devem ser consideradas, se feitas sem a bênção de Deus. É como “mentira, falsidade, engano, algo vão, vaidade, vacuidade, inutilidade, fraude, dolo, algo sem resultado”. Nossas traduções optaram por traduzi-lo como “em vão”, mas podemos entender mais claramente à luz desses significados o que isso quer dizer.
Então vamos lá! Vamos ver as afirmações que o Salomão fez para firmar esse ensino!
A primeira afirmação foi que “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (v.1a). Veja que edificar casa é um empreendimento básico na vida. Casa fornece abrigo e proteção, e tem sido, desde sempre, sinônimo disso. Então, o salmista está afirmando que até para os empreendimentos mais básicos, sem o auxílio do Senhor, sem Sua bênção, é algo sem resultado satisfatório, mal sucedido, vão. Isso mostra, então, que a benção do Senhor é essencial até mesmo para os projetos mais básicos, e se essas tarefas básicas não podem ser concluídas com sucesso sem Ele, então nada mais pode.
A segunda afirmação é sobre segurança: “se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (v.1b). A segurança de uma cidade nos tempos do salmista tinha uma ligação direta com o serviço prestado pelas sentinelas. Eram as sentinelas as responsáveis pela proteção e por fornecerem, por assim dizer, o ambiente para que existisse paz na cidade. E o ensino aqui é de que, à parte do auxílio e/ou benção do Senhor, seu serviço será inútil, vão. Isso é outra forma de dizer que a segurança dá cidade está em Deus, a proteção vem d’Ele. E, se a proteção depende do Senhor, a menos que se dependa d’Ele, toda preocupação, cuidado e/ou medidas de segurança não poderão trazer verdadeira proteção/segurança… será ineficaz, será investimento vão!
A terceira afirmação se encontra no v.2, na parte inicial: “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes” (v.2ab). Aqui o salmista se volta para as atividades diárias… é inútil trabalhar horas a fio e receber um salário resultante de labuta ansiosa. Mesmo quando as pessoas prolongam a jornada de trabalho e aumentam sua intensidade, seus melhores esforços para garantir a vida, longe do Senhor, é vão, inútil, puro engano… O trabalho só compensará se estiver sob a bênção de Deus, sob seu auxílio, na dependência d’Ele!… Não me entendam mal – não estamos nos opondo ao trabalho com empenho e dedicação, não estamos nos opondo a todo esforço necessário para prover o que seja indispensável para nossa subsistência –. A Bíblia nos ensina a trabalhar com diligência para prover às nossas necessidades, bem como às de nossa família e outras pessoas. Esse salmo não incentiva a cruzarmos os braços e viver à custa de outros. Mas, ele deixa claro, porém, que, se não trabalharmos na dependência de Deus, não chegaremos a lugar nenhum, será tudo vão, como correr atrás do vento!
Então vejam, irmãos! O ensino do Senhor por meio do sábio Salomão é que qualquer projeto, empreendimento e/ou atividade humana não dará em nada sem a bênção e/ou auxílio d’Ele! E isso nos conduz ao nosso tema: precisamos viver nossas vidas e desenvolver nossos projetos, correr atrás de nossos sonhos, sob a dependência de Deus, pois todo nosso esforço, empenho, dedicação, conhecimento, cuidado, etc., não nos garantirão sucesso… só o Senhor garante. Vem da mão d’Ele!
E isso não significa, como já falamos, que não devemos buscar essas coisas na vida. Claro, casas podem e devem ser construídas; temos que nos preocupar com a segurança (contribuindo para que vivamos em paz); pode ser que seja necessário ter que acordar cedo e ir dormir tarde. Sim, mas nunca devemos fazer essas coisas sem as submetermos ao Senhor. Não podemos excluir o Senhor e/ou coloca-Lo de lado, seguindo nossos “planos/sonhos” como se tudo dependesse de nós. Precisamos lembrar que o “sucesso” não depende de nós, de nossas capacidades/esforços. Depende de Deus! É como dizer: “não confie em si mesmo, dependa de Deus! Tudo vem da mão d’Ele”.
Mas também é verdade que o homem pode fazer todas essas coisas: construir casas, ter a cidade bem segura, acordar cedo e dormir tarde, e conseguir, em sua “obsessão”, trazer o pão pra casa, ter “sucesso”, “prosperidade”, “estabilidade” (estou colocando essas coisas entre aspas – e por quê?)… tudo isso pode acontecer (e tem acontecido aos milhares à nossa volta), mas a grande lição que aprendemos é que, no final, não vai valer a pena, vão dar em nada, será tudo em vão. Essa é a ênfase do Salmo: Sem o SENHOR, tudo que você faz, todo seu esforço, seu trabalho, é tudo em vão.
Perceba como esse salmo nos joga dentro da realidade… Ele descreve como muita clareza a frenética vida da sociedade contemporânea. Mas do que nunca, as pessoas, em sua vã busca pelo sucesso, estabilidade e segurança quanto ao futuro, têm assumido trabalhos e mais trabalhos, aproveitado oportunidades adicionais, investido força e energia em busca de “conquistar a vida”, que, sem se darem conta, têm se tornado escravos delas. Oportunidades são abraçadas sem ao menos consultar o Senhor. Decisões são tomadas que quase exclui Deus da vida, por assim dizer, e tudo em busca “sucesso”! Até mesmo as refeições, que devem ser momentos de comunhão revigorante, são transformadas em paradas apressadas “para correr atrás de ter mais”, fazendo com que seja um verdadeiro “pão de dores” (que também por ser traduzido por “pão de aflições, fadigas, dificuldades”). Não é atoa que ouvimos tanto sobre “ansiedade” hoje. O resultado de vidas frustradas, de corações que correm atrás de “tudo” e, quando conquistam, percebem que não valeu nada, foi tudo em vão (Eclesiastes 2.4-11). E essa frustação aponta para a verdade que permeia esse Salmo: à parte da benção de Deus tudo é vão, como uma fumaça, uma nulidade, vaidade!
E nós precisamos considerar esse ensino em nossa jornada. Devemos pensar sobre nossos projetos e empreendimentos, sobre nossa vida, e sobre o lugar que o Senhor está tendo nela. Estamos edificando sobre a dependência de Deus?! Estamos trabalhando como servos que colocam Deus no centro de suas decisões e planos/projetos, ou estamos O colocando de lado/excluindo-O, vivendo como se fôssemos autossuficientes, responsáveis por nosso próprio sucesso, e “destino”?! Que Deus nos ajude a vivermos na dependência do Senhor e a “esperar todo bem” de Sua mão, como convém a filhos, pois sem a bênção d’Ele, “nem o nosso cuidado, nem o nosso labor, nem mesmo os Seus dons, podem nos fazer bem algum” (CaH, DS 50).
2. Até agora, temos visto que não existe verdadeiro sucesso sem o auxílio/a benção de Deus. Então, vamos olhar o restante deste ensino de sabedoria e observar como o Senhor revela o verdadeiro significado do sucesso na vida.
Diante do que temos dito, a inferência lógica é que o verdadeiro significado do sucesso na vida está ligado à bênção de Deus… Aqui a ênfase está no “dar” (v.2c). O Senhor dá!… Ele dá a benção sobre o trabalho daqueles que Ele ama, e dá a bênção de filhos/família (fonte de provisão, proteção, segurança). Vamos olhar essas afirmações.
O final do v.2 temos registrado que, em contraste com a vida obcecada dos que procuram sucesso por seus esforços, sem a bênção de Deus, “aos seus amados ele dá enquanto dormem” (v.2c). No original temos uma partícula que não aparece em nossa tradução em português (ARA). Essa partícula significa “assim, ao passo que”, e destaca que, enquanto o homem que confia em si mesmo se esgota em suas tentativas inúteis para alcançar o “sucesso”, agonizando e trabalhando cheio de medo e ansiedade, o Senhor abençoa aqueles que Ele ama, de modo que podem dormir em paz.
Isso não quer dizer que aqueles a quem o Senhor ama ficam ociosos (“de perna pro ar”) esperando as coisas caírem do céu. Não. Eles também trabalham e trabalham duro, mas eles descansam na certeza que Deus abençoa seu trabalho. Eles sabem que sob a benção de Deus serão supridos. Eles confiam que o Senhor cuida/cobre de bens aqueles que Ele ama, que Ele supre suas necessidades e as proverá. Eles confiam no cuidado paternal de Deus e vivem na dependência d’Ele. E o salmista está afirmando que Deus “assim” faz a seus amados. Ele cuida verdadeiramente deles. Ele abençoa seu trabalho!
E quem são estes a quem o Senhor ama? Seus fiéis, aqueles que temem a Ele. Vejam à luz do temos em Cristo como isso é claro: Jesus disse certa vez (João 14.21): “aquele que tem meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele”. Então é claro que os amados de Deus são seus fiéis, aqueles que vivem num relacionamento vívido com Ele, que guardam seus mandamentos. Noutras palavras, Seu povo pactual, a igreja!
Mas, a esses “seus amados”, Deus faz mais que abençoar o trabalho, eles recebem a benção de filhos/família (vv.3-5)… E aqui novamente temos uma partícula que não aparece em nossa tradução em português (ARA), o “eis que”. Essa partícula é como um pequeno indicador de algo que se quer chamar atenção, como se o salmista dissesse: “veja!” “sim!”… e isso é importante. E, por quê? Porque por meio do que será dito ele mostrará o verdadeiro significado do sucesso sob a benção de Deus.
O salmista começa com a afirmação que o Senhor Deus dá filhos aos seus amados. Ele diz que “Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre seu galardão” (v.3). “Herança” e “galardão” são afirmações paralelas que enfatizam a ação do Senhor em dá filhos – filho é propriedade inalienável d’Ele. Ele quer dizer que filhos são bênçãos de Sua mão. Não são meros frutos da atividade humana, mas verdadeiras dádivas d’Ele!… é Ele que edifica família.
Perceba o chamado para depender do Senhor aqui também! Veja como é da mão d’Ele que tudo vem!… Esse é o ensino geral desse Salmo… tudo depende do Senhor! Assim como na edificação da casa no v.1 o homem precisa reconhecer que depende de Deus, também na edificação da família, tudo vem d’Ele… só que, aqui, o Salmista acrescenta com clareza isso, ao dizer: “veja!” o Senhor dá essa benção a seus amados.
Agora quero chamar sua atenção ao algo muito IMPORTANTE na maneira como este salmo está construído. Vocês estão lembrados que na introdução eu mencionei que este era um salmo de sabedoria, certo? E isso está evidenciado aqui… as palavras “filhos” e “fruto do ventre” são usados de forma paralela também (à semelhança de herança e galardão). Só que indicando por seu arranjo a criação de uma posteridade (destacado especialmente no termo fruto do ventre). E, essa posteridade, nas Escrituras, são costumeiramente chamadas de “casa”. A miúdos o que isso significa é o seguinte: O salmista apresentou “a construção de casas” como algo que o homem não pode fazer sem a bênção de Deus, mas agora é afirmado que Ele a dá aos seus amados, edificando lhe família – (o problema apresentado na edificação da casa sem a benção de Deus recebe sua solução na edificação de casa /família sob a benção do Senhor).
E isso fica ainda mais claro quando olhamos os versículos seguintes (vv.4-5). Eles, à semelhança da relação do v.1a com v.3, também estão ligados à parte ‘b’ desse v.1. Veja! Assim como falamos sobre a impotência dos homens para guardar a cidade sem a bênção de Deus, aqui, o salmista mostra a benção de proteção do Senhor por meio do filho… veja a imagem de proteção nos vv.4-5: “como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade. Feliz o homem que enche deles a sua aljava; não será envergonhado quando pleitear com os inimigos à porta”. A benção da edificação da família/casa se estende sobre os amados de Deus, pois filhos são fonte de proteção e segurança.
Agora veja como isso está ilustrado. Perceba que filhos são comparados com “flechas na mão do guerreiro”, isso quer dizer que são flechas prontas para serem usadas. E serem usadas como? Na defesa do pai que pode ser levado ao tribunal para se defender de alguma acusação ou algo semelhante que possa lhe chegar. Isso está claro no v.5b “não será envergonhado quando pleitear com os inimigos à porta”. – “porta” aqui corresponde aos portões de entrada das cidades antigas, onde ações judiciais e disputas aconteciam (é o correspondente as “ágoras” gregas ou fóruns romanos que conhecemos melhor).
Então, o salmista está dizendo que Deus abençoa seus amados provendo-lhe segurança e proteção por meio dos filhos, da casa que Ele lhes edifica. Aquilo que os homens buscam inutilmente focando nas coisas físicas, por sua força e braço (suas capacidades), Deus dá a seus amados por meio dos filhos (da família), mostrando o que realmente tem valor e onde deve residir nosso maior esforço e labuta. Veja onde reside o significado do verdadeiro sucesso debaixo da benção de Deus!
E por isso que no v.5a uma benção é pronunciada sob aqueles que têm muitos filhos. Se eles são como flechas na mão do guerreiro, prontas para uso, “Feliz o home que enche deles a sua aljava”, ou seja, que tem muitos filhos, e especialmente, se os tiver jovens, como diz o salmo, “os filhos da juventude”, do vigor, apontando para o fato de que eles serão homens feitos quando o pai for velho e não mais puder prover com segurança e proteção seu lar e precisar ser defendido.
Assim, Deus abençoa Seus amados!
E aqui está a sabedoria que Deus, por meio de Salomão, quer nos ensinar, a sabedoria que não pode nos faltar em nossa jornada neste mundo… E esse é um ensino altamente “contracultural”. Ele reflete uma visão de mundo estranha a grande parte do pensamento contemporâneo. Ele caminha na contramão da nossa sociedade obcecada pelo sucesso, onde tudo é medido em termos de “ter” – riqueza, poder, segurança, estabilidade, status, e até fama – e onde a autossuficiência do homem é exaltada (tudo depende dele, de sua habilidade, capacidade, proatividade, etc.). Só que esse tipo de “suposto” sucesso, que deixa o Senhor fora é vazio/vão, não dará em nada, não levará a lugar algum! O desafio exposto diante de nós hoje, então, não é se contentar com o mero sucesso como nossa cultura o mede, mas lutar por uma vida de significado genuíno como o Senhor o vê. E a verdade proclamada hoje colocou as coisas no lugar certo, condenando a mentalidade humana, e dando a ênfase correta àquilo que Deus chama de bênção: a família! Deus nos dá família! E como isso nos revela que para obtermos sucesso nessa jornada dependemos d’Ele, de Sua bênção!
Irmãos, o Salmo 127 indica claramente que a dependência do Senhor é essencial para que os homens encontrem significado na vida… tudo vem da mão d’Ele! Sob a Sua benção tudo tem/recebe o verdadeiro significado, tem seu verdadeiro lugar. Então, como igreja de Cristo, a quem essa sabedoria é especialmente dirigida – nós que somos os Seus amados –, devemos receber sua instrução. Devemos considerar como estamos edificando nossa vida (família, projetos e empreendimentos, como estamos travando as labutas da vida). Hoje temos aprendido que sem a bênção de nosso Pai Celestial tudo é vão, nulidade! Não podem proporcionar nada duradouro ou verdadeiramente seguro… só sob a benção de Deus, reconhecendo que dependemos d’Ele para tudo, que tudo vem d’Ele, é que obteremos o verdadeiro sucesso.
O Senhor tem nos edificado casas! Ele tem nos dado família! Ele tem nos dado filhos! Devemos cuidar e instruir esses filhos para que eles aprendam a amar e temer o Senhor; para que aprendam a nos amar e honrar como seus pais, e assim ensinarem a seus filhos… Que esses filhos sejam bênçãos do Senhor para os pais: que amem, protejam, auxilie em suas necessidades, pois são dados para isso! Lembremos-lhes sempre que Eles são herança e galardão do Senhor!
Que aquele que nos amou e se entregou por nós, Cristo, nos fazendo ser herdeiros dessas bênçãos, nos ajude a vivermos na dependência d’Ele, sabendo que tudo vem de Sua mão paternal – todas essas bênçãos só são nossas por Ele. Que Ele nos abençoe, abençoe nossas famílias, abençoe nossos projetos e empreendimentos, abençoe nossa vida!
Amém!
Elton Silva
Bacharel em Divindade (B. Div.) pelo Instituto João Calvino – IJC. Atualmente serve como Ministro da Palavra e dos Sacramentos na Igreja Reformada em Esperança-PB.
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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.