Mateus 06.25-34

Leitura: Mateus 06.19-24
Texto: Mateus 06.25-34

Amados irmãos no Senhor Jesus Cristo e prezados ouvintes

Todos nós fazemos planos e projetos para o futuro em diversas áreas da vida (igreja, família, trabalho, estudos, lazer). Pode ser que agora para 2016 você planejou certas coisas pra você e sua família! Isso é bom e podemos fazer. Mas existe uma coisa que é ruim e nunca devemos fazer em momento algum: É ficar ansioso quanto ao nosso futuro. Jesus nos proíbe essa atitude. Ele nos diz: Não vos inquieteis quanto ao dia de amanhã” (34). Observe que Ele repete essa proibição por três vezes no nosso texto Jesus faz isso porque conhece muito bem a nossa fraqueza humana que facilmente nos leva a ficar ansiosos. Mas Jesus não admite esse tipo de atitude na vida dos seus discípulos. Ele proíbe a ansiedade na vida daqueles que pertencem ao seu reino, seja por qualquer coisa ou em qualquer situação em que se encontrarem nesta vida terrena.

Ouçam, portanto, o evangelho Cristo na ordem que ele dá à sua igreja no nosso texto:

NÃO ANDEIS ANSIOSOS PELA VOSSA VIDA

Vejamos três coisas com relação à esta ordem de Jesus:

  1. A Natureza da Ansiedade Proibida por Jesus.
  2. As Razões Apresentadas por Jesus Para Não Andarmos Ansiosos.
  3. A Atitude Positiva que Jesus Requer de Nós Como Filhos de Deus.
  4. A Natureza da Ansiedade Proibida por Jesus.

O nosso texto está inserido em Mateus seis e é parte do sermão do monte. Aqui em Mateus seis, a ênfase de Jesus é no relacionamento do crente com Deus como Seu Pai.

No início do capítulo, Ele nos ensina como devemos praticar a vida cristã em relação a Deus, especialmente em nossa vida de oração. Tratando do nosso relacionamento com o Pai, Jesus também nos alerta contra o perigo do apego às coisas do mundo. Ele nos proíbe de acumularmos para nós outros tesouros sobre a terra (19) e de servirmos a dois senhores, a Deus e às riquezas, o que é uma coisa impossível (24). Jesus nos alerta contra isso porque o apego às coisas materiais abala o nosso relacionamento com Deus, pois, além da avareza ser idolatria, nós ficamos tão preocupados conosco mesmos que deixamos de confiar em Deus e dedicar-se integralmente a Ele.

Nesse contexto de relacionamento do crente com o Pai Celeste, Jesus aborda o tema da ansiedade afirmando o seguinte: “Por isso, vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida…(25). O termo “por isso” que introduz o nosso texto indica que aquilo que Jesus está começando a dizer é uma conclusão do que Ele já disse antes. Existe uma relação entre se preocupar em acumular tesouros na terra ou servir a dois senhores com o andar ansioso. Quando o crente se distrai do principal objetivo de sua vida que é glorificar Deus mediante uma vida de confiança e consagração total a Ele, consequentemente, ele passa a preocupar-se demais com as coisas terrenas, inclusive como as coisas básicas para sua existência como o alimento, a bebida e as vestes. E é isso que Jesus não quer dos seus discípulos, por isso Ele diz: “Não andeis ansiosos”.

Quando Jesus diz não andeis ansiosos, ele não está proibindo que façamos planos quanto ao nosso futuro. Não é errado planejar. Você pode fazer planos quanto aos seus estudos ou trabalho, quanto à construção de uma família, uma viagem e outras coisas mais, desde que você coloque sua vida debaixo da vontade de Deus. O Senhor deve está no centro de nossos planos, pois Ele conhece a soma dos nossos dias, o futuro pertence a Ele e apenas se Ele quiser, faremos isto ou aquilo amanhã ou neste O que Jesus está proibindo quando diz “não andeis ansiosos” é a preocupação exagerada que nos deixa angustiados quanto ao futuro e elimina a nossa confiança em Deus no presente. A ansiedade que Jesus proíbe não é um tipo de doença como pensam alguns psicólogos, mas é o pecado de não confiar na providência de Deus.

Aquele que anda ansioso simplesmente está dizendo para Deus: “Deus, eu sei que Tu és aquele que criou e sustenta todas as coisas, mas não acredito que podes cuidar de mim”. Aquele que anda ansioso, preocupando-se demais com seu bem estar físico, perde a sua confiança em Deus. Ele se preocupa tanto em cuidar de si mesmo que se esquece dos cuidados divinos sobre ele. Irmãos, garantir o próprio sustento e segurança, planejar para o futuro sem levar Deus em consideração, sem depositar nossa confiança Nele é andar ansioso e isso é um grande pecado.

Andar ansioso é negar que Deus é Poderoso e Bondoso para cuidar de nós. Na verdade, este é um pecado peculiar do homem natural. O homem caído é caracterizado por sua auto dependência. Ele acha que não precisa de Deus para nada e, por isso, anda tão ansioso para cuidar de si mesmo. Ele faz o seu trabalho, os seus planos sem confiar em Deus e depender Dele. Tal atitude pecaminosa é até natural na vida dos ímpios, mas não é aceitável na vida dos filhos de Deus. Jesus nos adverte a não cairmos nesse pecado de desprezarmos a nossa confiança nos cuidados de Deus para cuidarmos de nós mesmos. Ele nos ordena dizendo: “Não andeis ansiosos…”!

Quais são as coisas pelas quais Jesus diz que não devemos andar ansiosos? São as coisas básicas para nossa existência tais como o alimento, a bebida e as vestes (25,31). Comida, bebida e roupas são coisas que realmente precisamos. Sem estas coisas não dá para sobreviver. Sendo assim, não deveríamos nós estar bem preocupados com estas coisas básicas? Não deveríamos cuidar de nossa sobrevivência e de nossos filhos aqui na terra? Sim e não! Sim no sentido de realizarmos o nosso trabalho com responsabilidade e sob a dependência de Deus a fim de adquirirmos o nosso sustento. E não no sentido de ficarmos tão desesperados por estas coisas que nos esquecemos de confiar em Deus. É esse tipo de ansiedade que Jesus proíbe. Até mesmo pelas coisas básicas, Ele diz que não devemos andar ansiosos, mas confiar nos cuidados de Deus. Jesus apresenta fortes razões para não andarmos ansiosos, mas confiarmos na providência divina.

  1. As Razões Apresentadas por Jesus Para Não Andarmos Ansiosos.

No nosso texto Jesus apresenta fortes argumentos que constituem as razões pelas quais não devemos andar ansiosos. Ele usa dois tipos de argumentos para mostrar que a ansiedade não condiz com a vida cristã. Primeiro, ele usa o argumento do maior para o menor (25). Depois ele usa o argumento partindo do menor para o maior (26,28-30). Vejamos estes dois argumentos em seus detalhes.

O argumento do maior para o menor encontramos no verso 25. Nesse texto Jesus faz uma pergunta que exige uma resposta afirmativa. Nesta pergunta Ele faz uma comparação. Ele compara a vida (nossa existência) com o comer e o beber que é útil para nossa vida; também Ele compara o corpo com as roupas que cobrem o corpo. O que vale mais: a vida ou o alimento e a bebida? O corpo ou a veste que cobre o corpo?

É evidente que é a vida e o corpo. Sendo assim podemos nos perguntar: Temos a vida e também um corpo. Mas o que fizemos para adquiri-los? Nada. Existimos e temos corpos por causa de Deus. Ele nos deu a vida e o corpo. Somente por seu poder, existimos, respiramos e podemos nos mover com nossos corpos. Então, irmãos, Aquele que nos deu a vida, não nos dará também o necessário para a manutenção da mesma? Ele não providenciará água e comida para nós? Aquele que nos deu o corpo, não providenciará as vestes para cobri-lo? Com certeza Ele vai nos dá o que precisamos. Por que, então, andar ansioso? Por que não confiar no cuidado de Deus?

Infelizmente existem muitos cristãos que não atentam para isso. Eles até crêem que Jesus morreu por eles e que Deus os salvou, mas ao mesmo tempo, acham difícil Deus cuidar deles durante sua existência aqui na terra. Isso é uma incoerência na vida do crente. É até um absurdo. Lembremo-nos do que Paulo escreveu em Romanos 8.32.

Ele também usou um argumento do maior para o menor quando disse: “Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?”. A resposta é sim, com certeza! Aquele que nos salvou em Cristo, certamente suprirá nossas necessidades materiais, o que é uma coisa muito menor do que tudo que Ele já fez em Cristo para nossa

Em seguida Jesus continua argumentando contra a ansiedade. Desta vez ele usa o argumento do menor para o maior (vs.26, 28-30). Jesus nos chama a observar a criação e aprender com o cuidado de Deus sobre ela. Especialmente, Ele apresenta os exemplos das aves e das flores que desfrutam do cuidado de Deus. No exemplo das aves, Jesus nos ensina o cuidado de Deus em nos alimentar; enquanto que no exemplo das flores, Ele chama a nossa atenção para o cuidado de Deus em nos vestir.

Vejamos primeiramente o exemplo das aves (26). O argumento de Jesus agora parte do menor (as aves) para o maior (os filhos de Deus). É importante atentarmos para a maneira como Deus sustenta as aves. Realmente, as aves não semeiam, não colhem nem ajuntam em celeiros para receberem de Deus o seu sustento; mas isso não quer dizer que elas não fazem nada. Deus deu às aves um instinto e as alimenta conforme a natureza delas. Não é assim que as aves ficam paradas à beira do ninho com o bico aberto para cima esperando o alimento cair do céu para elas e seus filhotes. Não. Elas fazem o que devem fazer. Elas saem em busca de alimento. Por exemplo, as minhocas não caem dos céus para as aves, mas estas precisam correr atrás daquelas para adquirirem seu sustento. À medida que elas vão atrás do sustento, fazendo o que deve ser feito, O Criador providencia este sustento para elas e seus filhotes. Jesus nos chama a aprender com as aves: “Observai as aves do céu…”. Duas lições o Senhor nos ensina com o exemplo das aves: 1- O Deus que sustenta as aves do céu, que são apenas simples criaturas dele, é o Nosso Pai Celeste. Qual é a tarefa de um pai? Provê segurança e sustento para seus filhos. Cada pai humano, que é pecador, cuida de suas crianças e estas confiam nele. E quanto ao nosso Pai Celeste que é um Pai Perfeito? Não haveria de cuidar de nós? Aquele que sustenta suas simples criaturas, como as aves, não haveria de sustentar seus filhos, criados à sua imagem, e que, portanto, valem muito mais do que as aves? Com toda certeza! Então, por que andar ansioso? Não temos um Pai Bondoso e Poderoso que pode cuidar de nós? Olhemos para as aves do céu e descansemos em Nosso Pai Celeste, confiando na sua providência. Ele cuida até mesmo dos mínimos detalhes da nossa vida (Mt. 10.29-31).

2- A segunda lição que Jesus nos ensina com as aves dos céus é que não devemos nos acomodar na preguiça para esperar nosso sustento de Deus. Quando Jesus diz que as aves não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros, Ele não está nos incentivando à preguiça. Ele não está dizendo: “Deixem de se preocupar com o trabalho, cruzem os braços e o Pai vai lhes dá o que precisam”. Não! Jesus não incentiva a preguiça, mas valoriza o trabalho. Assim como Deus sustenta as aves conforme a natureza delas, Ele também quer nos sustentar por meio de um trabalho responsável. Façamos o que deve ser feito, sem ansiedade, e Deus cuidará de nós.

Aprendamos agora com os lírios do campo (flores) (28-30). Jesus concentra-se agora na maneira como Deus cuida das flores. Com este exemplo Ele quer nos mostrar que Deus também cuida em providenciar roupas para nós. Se olharmos com atenção para as flores, vamos ficar maravilhados. Elas não fazem nenhum tipo de esforço para se vestirem, não costuram nenhuma roupa para elas mesmas; no entanto, são revestidas com uma beleza tão inigualável que nem mesmo Salomão, o riquíssimo rei de Israel que possuiu as roupas mais caras e belíssimas, se vestiu como qualquer uma delas.

A beleza das flores é uma obra maravilhosa de Deus. Ele as reveste com as mais belas cores. Precisamos saber que na região da Galiléia, onde Jesus viveu, existiam vários campos cheios de flores. Seus primeiros ouvintes sabiam do que Ele estava falando.

Também era algo comum naqueles dias de Jesus, que as flores do campo, que tinham pouca duração, ao caírem no chão e tornarem-se secas, serviam como combustível para os fornos das casas. As belas flores, bem revestidas por Deus, eram lançadas ao forno. Então, irmãos, se Deus cuida tão bem das flores, que tem pouca duração e são lançadas ao fogo, Ele não cuidará muito mais de nós, seus filhos, providenciando-nos as roupas necessárias para o nosso corpo? Irmãos, nós devemos, não apenas saber que Deus cuida de nós, muito mais do que das aves e das flores, mas nos colocarmos sob a dependência Dele. Temos feito isso? Confiamos na providência divina? Ou temos sido homens e mulheres de pequena fé, andando ansiosos demais por comida, bebida e vestes?

Observe que Jesus conclui estes dois argumentos dizendo: “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai Celeste sabe que necessitais de todas elas” (vss. 31,32)! Como filhos de Deus não devemos de forma alguma andar ansiosos, pois os gentios é que procuram estas coisas. Os gentios são aqueles que não conhecem a Deus como Pai e, portanto, andam ansiosos por comida e roupas. Especialmente quando chega o final de ano, muitos saem às compras para adquirir muita comida e roupas novas para utilizarem nas festas da chegada do ano novo. Uns ficam desesperados por não terem muita comida e roupas novas, outros fazem muitas dívidas sem terem condições de pagar, só para terem comida e roupa no final do ano. Não é que seja errado procurar comida e roupas; o problema é procurar estas coisas com a atitude ansiosa dos gentios. Isso não condiz com a vida dos filhos de Deus, pois eles têm um Pai Celeste que não só conhece as necessidades deles, mas também é Poderoso e Bondoso para supri-las (Mt.7.11)!

Talvez você não tenha uma roupa nova para usar no final de ano; nem uma mesa tão farta para cear com sua família; quem sabe até você está doente, desejando saúde; ou desempregado, esperando um emprego; você pode também está solteiro desejando encontrar uma pessoa fiel para namorar e futuramente casar e construir uma família.

Pode ser que Deus te deu um filho e agora vai aumentar as despesas em sua casa e você começa a se preocupar com o futuro de sua criança. Todas essas situações podem nos levar a ficar ansiosos. Mas o mandamento de Jesus para os filhos de Deus em qualquer situação é: “Não andeis ansiosos pela vossa vida…”! Ele nos dá fortes razões para cumprir este mandamento e todas elas apontam para o cuidado do Nosso Pai Celeste sobre cada um de seus filhos (Sl.55.22; I Pe.5.7). Observe ainda outra razão que Jesus nos mostra para não andarmos ansiosos: “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua vida”? (v.27). Será que a ansiedade pode ajudar a acrescentar mais alguns dias ou anos no decorrer de nossa vida? Ela pode mudar alguma coisa quanto ao nosso futuro? Claro que não!

Nada podemos fazer quanto ao nosso futuro. Nossos dias já estão contados por Deus. Jesus, portanto, está dizendo que a ansiedade é uma atitude inútil e tola, além de pecaminosa. Ela não traz nenhum proveito para nós, pelo contrário, piora ainda mais a nossa situação; pois, além de não provocar nenhuma mudança quanto ao nosso futuro, ela nos deixa abatidos e aflitos no tempo presente. Por que então andar ansioso? As razões apresentadas por Jesus são mais do que suficientes para nos mostrar que a ansiedade é um pecado e, por isso, não deve ser uma atitude presente na vida daqueles que tem Deus como Seu Pai. Que atitude, então, o Senhor espera de nós?

  1. A Atitude Positiva que Jesus Requer de Nós Como Filhos de Deus.

Além de nos proibir a ansiedade e de nos mostrar porque a proíbe, o Senhor também exige de nós, como filhos de Deus, uma atitude positiva: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça,…”! Cada mandamento negativo tem o seu aspecto positivo. Por exemplo, quando Deus nos diz em sua lei: “Não furtarás”, Ele não apenas proíbe toda prática de roubo, mas também nos ordena a fazer o bem ao próximo, trabalhando fielmente para ajudar o necessitado. O mesmo princípio vemos na proibição de Jesus. Quando Ele nos proíbe de andar ansiosos, positivamente Ele está nos ordenando a confiar em Deus e a buscar primeiro o seu reino e a sua justiça.

Com este mandamento, Jesus está nos ensinando qual deve ser a nossa prioridade na vida. Buscar o reino de Deus e sua justiça indica um esforço e desejo constantes do crente de colocar toda a sua vida em submissão à vontade e ao governo de Deus.

Significa que devemos viver a vida cristã não só confiando no Nosso Pai, mas também obedecendo aos seus mandamentos. Deus já nos fez herdeiros de seu reino e seus filhos amados em Cristo; agora Ele exige que vivamos como tais e não mais como os gentios. Ele quer que o amemos de todo o nosso coração, confiando Nele e lhe obedecendo e não mais apegados às coisas materiais e ansiosos por elas.

A ansiedade sufoca a nossa prioridade de colocar Deus em primeiro lugar. Por exemplo, pode ser que estejamos tão preocupados com nosso bem estar físico, que deixamos de guardar o dia do Senhor para fazer algum trabalho desnecessário. Pode ser também que estejamos tão ansiosos com o nosso trabalho, que não temos tempo para estar a sós com nosso Pai em oração e na leitura da Sua Palavra. Os cuidados do mundo sufocam nossa busca pelo reino e a justiça de Deus. Que isso não aconteça conosco. Mas que em nossa caminhada cristã, coloquemos as coisas no seu devido lugar: Deus e a sua Palavra no centro de toda a nossa vida! Quando assim vivemos, não ficamos ansiosos, mas felizes e seguros em Nosso Pai Celeste.

Esse mandamento do Senhor é acompanhado de uma promessa maravilhosa: “Todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Todas estas coisas apontam para comida, bebida, roupas e tudo mais que precisamos. Jesus não está dizendo: “Dê prioridade an Deus e talvez Ele vai cuidar de você”. Nada disso! Mas Ele, que é a própria verdade e não pode mentir, está nos dando uma promessa fiel e segura: “Todas estas coisas, com certeza, serão acrescentadas”. Dar prioridade a Deus e descansar nessa promessa destroem toda e qualquer a ansiedade. Quem confia no Senhor e vive inteiramente para sua glória, pode contar seguramente com o cuidado e a generosidade de seu Pai Celeste! “Porque o SENHOR Deus é sol e escudo; o SENHOR dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente” (Sl. 84.11)! Feliz, portanto, é o homem que confia no SENHOR (Sl. 84.12) e espera toda a sua provisão somente Dele! Ele pode confessar junto com o apóstolo Paulo: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp. 4.13; ver também Fp. 4.19)!

Meus irmãos! Na conclusão do seu ensino contra a ansiedade, Jesus ainda afirmou: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados, basta ao dia o seu próprio mal” (34). A preocupação pelo amanhã é desnecessária, pois o amanhã com seus problemas, ainda nem chegou. Pode ser até que as coisas do amanhã que nos deixam preocupados hoje, nem venham a acontecer. Por que então, se preocupar com o amanhã? Basta ao dia o seu próprio mal. E mais. A preocupação pelo amanhã nos impede de viver o hoje com fidelidade e confiança em Deus.

Meus irmãos! O amanhã, este novo ano de 2016, não pertence a nós, mas a Deus. Não sabemos o que o Senhor nos reserva pela frente. Certamente, o amanhã, este novo ano trará suas dificuldades; mas também trará a provisão divina para nossa vida. Olhe para trás e veja como Deus sempre cuidou de você em todas as suas dificuldades. Ele, que é um Pai Fiel e Bondoso vai continuar cuidando de você em 2016 e até o final de sua vida. Portanto, irmãos, não andem ansiosos; isso é pecado e não há razão para isso.

Saibam que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm.8.28)! Portanto, vivam cada dia e ano de suas vidas em fidelidade e obediência a Deus, buscando o seu reino e a sua justiça em primeiro lugar e confiando o seu futuro e dos seus filhos nas mãos do Senhor, Aquele que conhece as tuas necessidades e tem cuidado de cada um de vocês.

Amém.

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Elissandro Rabêlo

Bacharel em Teologia pelo CETIRB – Centro de Estudos de Teologia das Igrejas Reformadas do Brasil (Atual Instituto João Calvino) (1999-2004). Fez Convalidação de Teologia na Universidade Mackenzie em São Paulo (2017). Ministro da Palavra e dos Sacramentos da Igreja Reformada do Grande Recife (PE), servindo como Missionário da Igreja Reformada em Fortaleza (CE).

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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.