Mateus 05:08

Leitura: Salmo 24:01-06
Texto: Mateus 05:08

“Bem aventurados os puros de coração porque eles verão a Deus” (Mt 5.8)

Amados irmãos no Senhor Jesus Cristo,

“Felizes os puros de coração, porque eles verão a Deus” (Mt 5.8). Esta bem aventurança é considerada uma das declarações mais surpreendentes do Senhor Jesus em todo o seu ensino. São de fato palavras maravilhosas e de grande importância para os filhos de Deus. Sabemos pelo contexto de Mateus 5 que esta sexta bem-aventurança bem como todas as outras foram exclusivamente dirigidas por Jesus aos seus discípulos. Elas se referem a todos os crentes que fazem parte do reino de Deus. Todas elas expressam duas coisas: 1 – os diferentes, mas ligados aspectos do caráter dos súditos do reino de Deus; 2- ligado ao caráter está a verdadeira e eterna felicidade destes súditos. Com relação à sexta bem-aventurança, os crentes são aqueles que têm o caráter espiritual da pureza de coração e são verdadeiramente felizes porque somente eles verão a Deus.

Certamente ao ter se deparado com esta bem-aventurança, deve ter surgido algumas perguntas na sua mente: “Do que realmente Jesus está falando aqui? O que significa para mim ,como crente, ser puro de coração? Será que eu posso ver a Deus? Jesus afirma que sim. Então, em que sentido verei a Deus?” Em primeiro lugar, vamos atentar para o caráter da pureza de coração que o Senhor Jesus requer dos seus discípulos. Depois trataremos da felicidade dos puros de coração, que é ver a Deus.

  1. O caráter dos puros de coração

Para entender o que significa ser puro de coração precisamos atentar para o significado das duas palavras que Jesus usou na sexta bem-aventurança: o adjetivo “puros” e o substantivo “coração”. Comecemos com o termo coração. O que a Bíblia ensina sobre a palavra “coração”? O que a palavra coração significa no contexto da sexta bem-aventurança? Fisiologicamente, sabemos que o coração é um órgão físico de vital importância no nosso organismo, pois ele tem a função de bombear o sangue do nosso corpo a fim de nos manter vivos. Se ele parar, todo nosso organismo para e nós morremos. Para a Bíblia, o significado do termo coração é ainda mais amplo. A Bíblia emprega o termo coração em dois sentidos: 1- sentido literal: órgão físico e natural do corpo humano (Sl 38.10 ); 2- sentido figurado ou espiritual: neste sentido, o coração representa o centro da personalidade humana, ou seja, representa a pessoa interior apontando para a sede dos pensamentos, sentimentos, motivos, propósitos e atitudes do próprio homem. Em Provérbios 4.23 lemos o seguinte: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida”. Os versículos seguintes falam de palavras (v. 24), pensamentos (v. 25) e atos (v. 26,27). O coração, portanto, é a fonte interior do homem de onde fluem sentimentos, pensamentos, desejos, motivos e ações. É nesse sentido espiritual que Jesus usa o termo coração na sexta bem-aventurança. Quando fala dos puros de coração, ele está se referindo àqueles que têm um interior puro, isto é, àqueles que têm pensamentos, sentimentos, desejos, motivos e atitudes puros.

Agora observe o adjetivo “puros”. Tal termo é utilizado na Bíblia em três sentidos: 1- físico ou higiênico: no sentido de limpar com água alguém ou alguma coisa de sua sujeira (ex.: lavar os pés); 2- cerimonial: caracterizado por rituais de purificação externa. Deus exigiu esse tipo de purificação do seu povo no AT, especialmente dos sacerdotes; esse tipo de pureza foi muito enfatizado pelos fariseus da época de Jesus; 3- espiritual ou moral: pureza ética caracterizada por um comportamento puro que é manifesto por meio de pensamentos, motivos e atitudes puras e sinceras no relacionamento com Deus e com o próximo. Jesus enfatiza esse tipo de pureza na sexta bem-aventurança.

A pureza de coração não é uma qualidade natural do homem, mas é resultado da obra graciosa de Deus na vida do crente. A verdade é que todos nós nascemos com um problema sério de coração. Não estou me referindo a nenhum tipo de doença cardíaca, mas ao sério problema do pecado que herdamos de nossos primeiros pais Adão e Eva. Nascemos com um coração corrompido; nossos pensamentos, sentimentos, desejos e motivos são inclinados para o mal. Vejam o que afirmou o profeta Jeremias (Ler Jr.17.9). E o Nosso Senhor foi mais específico ainda em Marcos (Ler Mc 7.21-23). Todos somos impuros por natureza. De nós mesmos não podemos nos tornar puros. Somente Deus pode nos purificar de nossa imundícia espiritual. Davi reconheceu isso quando fez a seguinte oração a Deus: “Cria em mim, ó Deus um coração puro…” (Sl. 51.10). E Deus purifica o nosso coração por sua graça mediante a obra de Cristo e do Espírito Santo. O sangue de Jesus derramado na cruz nos purifica de todo pecado (1Jo 1.7). O Espírito de Deus nos dá um coração novo e puro a fim de vivermos não mais mergulhados na impureza em que nascemos, mas, sim, em pureza e novidade de vida diante de Deus e do próximo. Não quer dizer que já somos totalmente puros e perfeitos e que não podemos mais pecar nesta vida; por outro lado, o Espírito que em nós habita nos dá o sincero desejo e alegria de viver já, agora, em santificação e pureza para a glória de Deus. O Espírito nos capacita a sermos puros e, ao mesmo tempo, a Bíblia ensina acerca da nossa responsabilidade de purificar o nosso coração de todo pecado (Tg 4.8; 2Co 7.1). O Senhor Jesus nos dá condições de sermos puros de coração e, por isso, requer de nós que sejamos puros de coração.

A pureza de coração exigida por Jesus para seus discípulos é incompatível com a pureza meramente externa. Em todo o seu ensino, Jesus se opôs diretamente ao ensino e estilo de vida de um grupo judaico religioso de sua época: os fariseus. Os fariseus procuravam ter um grande zelo pela lei de Deus. O problema é que eles entendiam e aplicavam esta lei de forma errada em suas vidas e na vida do povo. Com relação à pureza, eles supervalorizavam o aspecto externo atentando para os ritos e cerimônias de purificação. Pureza para eles era algo meramente externo. O que importava para era a aparência de santidade e não a santidade íntima que flui de um coração puro. Ao valorizar a pureza exterior, os fariseus afirmavam que aquilo que vinha de fora era o que contaminava o homem (Mt 15.11,16,17). Por isso eles lavavam copos e pratos para fazerem suas refeições, não se juntavam com publicanos e gentios para não se contaminarem com eles e chegaram até a criticar Jesus e seus discípulos por comerem sem lavar as mãos. Jesus foi de encontro a este falso ensino dos fariseus ao afirmar que aquilo que sai de dentro do homem, do seu coração impuro é o que o contamina (Mt 15.18). Também Jesus os repreendeu duramente por causa de sua hipocrisia em Mateus (ler Mt 23.25-28). Eles se mostravam puros por fora, mas o problema é que dentro do coração deles havia maldade e hipocrisia. Ao repreender os fariseus, Jesus chama nossa atenção para não enveredarmos no caminho errado deles.

Jesus não quer que seus discípulos demonstrem uma pureza meramente externa; ele requer pureza de coração, um interior puro; ele requer que sejamos destituídos de toda hipocrisia e aparência de santidade exterior e que vivamos em sinceridade e integridade de vida em nosso relacionamento com Deus e com o próximo. Ele quer que tenhamos pensamentos, desejos e motivos puros e que isso se evidencie com coerência em palavras e atos puros na nossa vida com Deus e com o próximo.

A pureza de coração que Jesus requer de nós se evidencia no nosso relacionamento de amor com Deus. Expressar o nosso amor por Deus através da pureza de coração significa manter um relacionamento sincero e íntegro para com ele. Podemos manifestar a pureza de coração para com Deus em nossa vida de adoração e obediência a ele. Com que atitude devemos nos aproximar de Deus a fim de adorá-lo no culto? Com um coração puro e sincero, destituído de hipocrisia e falsidade. Tiago nos exorta a aproximar-nos de Deus com mãos limpas e corações puros (Tg 4.8). Esta mesma verdade é expressa pelo salmista no Salmo 24: “Quem poderá subir ao monte do SENHOR”? Quem poderá entrar no seu Santo Lugar? Aquele que tem mãos limpas e coração puro, que não se entrega a falsidade e jura dolosamente. (Sl 24.3-4). O nosso Deus, que é Santo, requer adoração sincera da parte do seu povo. Por outro lado, ele abomina toda manifestação de culto hipócrita para com ele. Ele condenou seu próprio povo no AT bem como os judeus da época de Jesus por sua hipocrisia na adoração: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Is 29.13; Mt 15.8).

Onde está o seu coração na sua adoração a Deus? O que leva você a adorar a Deus junto com seu povo? Qual é a motivação e o desejo do seu coração na sua adoração a Deus? Você vem aos cultos porque ama a Deus ou para marcar presença e não ter problemas com os presbíteros? Você dá as suas ofertas a Deus com gratidão e alegria ou com tristeza ou por obrigação? O Senhor conhece muito bem as intenções do nosso coração. Podemos enganar as pessoas e a nós mesmos quando somos hipócritas, mas não a Deus. Ele aborrece os hipócritas. Por outro lado, ele se agrada dos seus filhos que são puros de coração para com ele, que o amam com sinceridade. Que nós invoquemos o nome do nosso Deus com corações puros motivados por um amor sincero para com ele e não por motivos errados.

Além da adoração sincera, nossa intenção em obedecer a Deus também deve ser sincera. Aqueles que são puros de coração guardam os mandamentos de Deus, não com a intenção de receber algum benefício da parte de Deus nem com a intenção de mostrar que é mais santo do que os outros, como faziam os fariseus. Pelo contrário, eles obedecem a Deus simplesmente porque o amam e querem expressar sua gratidão.

Nosso relacionamento de amor com Deus, além de sincero, deve ser íntegro. Os puros de coração são aqueles que têm um coração íntegro. Ter um coração íntegro é ter um coração inteiramente voltado para Deus. Significa que Deus deve estar no centro não só da nossa adoração, mas da nossa vida toda. Não existe pureza num coração que ainda está dividido entre as coisas de Deus e as coisas do mundo. Jesus nos ensinou que é impossível servir a dois senhores (Mt 6.24) e também que devemos amar o nosso Deus de todo o nosso coração (Mt 22.37). Você ama a Deus de todo o coração? Ocupa ele o primeiro lugar na sua vida? Examine seu próprio coração. Se existe algo que está te impedindo de amar a Deus com coração íntegro, você deve, com a graça de Deus, deixar esta coisa e se dedicar totalmente a Deus com amor. Purifique seu coração e sirva com amor o seu Deus.

A pureza de coração se evidencia no nosso relacionamento de amor com o nosso próximo. Nosso relacionamento com o próximo deve ser marcado pela sinceridade e honestidade. Nossos pensamentos, motivos, palavras e atos com relação ao nosso próximo devem ser puros, sem hipocrisia ou falsidade. Aquele que ama seu irmão terá pensamentos puros com relação a ele. Ele não possuirá pensamentos cobiçosos, invejosos ou odiosos para com seu próximo. Aquele que ama seu irmão proferirá palavras puras em relação a ele, palavras úteis para a sua edificação espiritual (Ef 4.25,29). Também nossos motivos e atos serão puros se de fato amamos o nosso próximo.

A pureza de coração deve se fazer presente em todas as esferas do nosso relacionamento social (igreja, família, sociedade). Na igreja temos de nos relacionar com nossos irmãos com toda pureza. Os irmãos que são puros de coração viverão em união e amor uns com os outros. Nosso relacionamento familiar também deve ser marcado pela pureza de coração. Os filhos que são puros de coração demonstram amor por seus pais obedecendo-lhes no Senhor. Os pais que são puros de coração educarão seus filhos nos caminhos do Senhor. O marido que é puro de coração viverá em fidelidade e amará sua esposa assim como Cristo amou a igreja e se entregou por ela. A esposa que é pura de coração será fiel ao seu marido e se submeterá a ele como seu cabeça. Os empregados são puros de coração quando fazem seu trabalho com honestidade e sinceridade de coração. Os senhores são puros de coração quando tratam bem e com amor seus empregados.

Para viver a vida cristã da maneira que Deus quer, em toda pureza e santidade, é necessário que olhemos para Cristo. Ele é o grande exemplo de pureza de coração. Jesus foi puro e sincero em todos os seus atos, palavras e pensamentos. Todo seu procedimento foi motivado por um amor verdadeiro e sincero por Seu Pai e por nós pecadores. Ele não se mostrava puro na aparência externa como os fariseus. Ao contrário dos fariseus, ele manteve contato direto com publicanos e pecadores, leprosos e gentios. Ele não se contaminou com estas pessoas, mas esteve no meio delas a fim de purificá-las de seus pecados e torná-las pessoas puras. A pureza de Cristo não era baseada em rituais externos de purificação, mas era pureza de caráter que fluía de um coração puro. Ele é totalmente puro e destituído de toda malícia e hipocrisia, sem pecado algum. É verdade que não podemos ser perfeitos assim como ele foi aqui nesta terra; no entanto, pela graça do Espírito Santo, esforcemo-nos para andar assim como Cristo andou, com um coração puro e cheio de amor por Deus e pelo próximo.

  1. A felicidade dos puros de coração

Aqueles que são puros de coração e que almejam a pureza de vida aqui nesta terra em seu relacionamento com Deus e com os homens são verdadeiramente felizes. Sua felicidade consiste na maravilhosa promessa de Cristo de que somente eles verão a Deus. Somente os puros de coração verão a Deus. Essa mesma verdade é ensinada em outros textos da Bíblia (Sl 15; Sl 24 e Hb 12.14). Esse último texto diz que sem santificação (pureza) ninguém verá o Senhor; por outro lado, Sl. 15 e 24 afirmam que aquele que vive em integridade e que tem mãos limpas e coração puro viverá na presença de Deus.

Deus é bom para os puros de coração e os abençoa com a graça de vê-lo. Mas será que nós podemos ver a Deus? Ele não é Santíssimo e nós pecadores? Deus não é espírito e não habita em luz inacessível? Então, como podemos ver a Deus?

A verdade é que Jesus nos prometeu que veremos a Deus. O que isso significa? Ver a Deus é uma realidade tanto presente quanto futura na vida do crente. Vemos a Deus agora, não literalmente, mas com os olhos da fé. Não significa que vemos a sua Pessoa, mas vemos e provamos do seu cuidado e da sua graça para conosco todos os dias. Vemos também a beleza da sua glória e majestade em toda a criação e providência. O mundo não percebe estas coisas, mas nós sim, pois recebemos esta visão da bondade e da glória de Deus dele próprio. Vemos uma ilustração desta verdade na vida de Jó. Ele, em meio à sua angústia, teve confiança (ler Jó 19.26-27). E quando Deus manifestou o seu favor para com Jó, ele disse: “… Agora meus olhos te veem” (Jó 42.5). Ele viu o cuidado e a bondade de Deus para com ele. Além disso, o povo de Israel no AT não viu a face de Deus, mas foi testemunha de sua presença gloriosa no meio deles em seus atos de juízo e redenção. É neste sentido que vemos a Deus já agora nesta vida.

Vemos a Deus também na Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Ele mesmo disse: “Quem vê a mim, vê o Pai” (Jo 14.9). É verdade que não tivemos o privilégio dos primeiros discípulos de Jesus que andaram com ele, ouviram suas palavras e o viram com seus próprios olhos. No entanto, podemos contemplar a Pessoa e a obra redentora do Nosso Senhor nas Escrituras que temos em nossas mãos. Ele se revelou a nós, por isso, podemos vê-lo, conhecê-lo e amá-lo.

Além disso, veremos o Senhor na glória por vir. O cumprimento pleno da promessa de ver a Deus se dará no futuro glorioso. O próprio Jesus pediu ao Pai por sua igreja o seguinte: “Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejam a minha glória, a glória que me deste porque me amaste antes da fundação do mundo” (Jo 17.24). Isso certamente acontecerá; haveremos de ver o Senhor como ele é em sua glória. No último dia o nosso glorioso Salvador virá nas nuvens com poder e majestade, conforme nos prometeu, e todo olho o verá. Veremos o nosso Salvador e nos alegraremos com sua presença. Estamos certos de que vamos viver na sua presença gloriosa em comunhão íntima com ele e também com nosso Pai por toda a eternidade.

Você já parou pra pensar nesta maravilhosa promessa de Cristo? Não alegra o seu coração esta promessa de ver a Deus na glória? De viver perto do seu Deus e Salvador? Você deseja viver com Deus por toda a eternidade? Evidentemente que sim. Mas você sabe quem habitará com o Senhor em sua eterna presença? Quem há de morar no seu Santo Monte? Somente aqueles que foram purificados no sangue de Cristo e renovados pelo Espírito Santo. Aqueles que têm um coração puro e vivem com sinceridade e integridade em seu relacionamento de amor com Deus e com o próximo. Se você realmente deseja ver a Deus e viver com ele por toda a eternidade, então, purifique o seu coração, faça morrer sua velha natureza terrena e santifique- se, pois sem santificação ninguém verá o Senhor; mas os puros de coração verão a Deus.

O apóstolo João repete o ensino de Jesus contido na sexta bem-aventurança exortando-nos e consolando-nos com as seguintes palavras: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é. Todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro” (1Jo 3.2,3).

Amém.

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Elissandro Rabêlo

Bacharel em Teologia pelo CETIRB – Centro de Estudos de Teologia das Igrejas Reformadas do Brasil (Atual Instituto João Calvino) (1999-2004). Fez Convalidação de Teologia na Universidade Mackenzie em São Paulo (2017). Ministro da Palavra e dos Sacramentos da Igreja Reformada do Grande Recife (PE), servindo como Missionário da Igreja Reformada em Fortaleza (CE).

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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.