Leitura: 2 Reis 2
Texto: 2 Reis 2.15-25
Irmãos e irmãs em nosso Senhor Jesus Cristo,
Com a sucessão de Eliseu, o que vemos aqui neste capítulo é o início de um novo capítulo no Reino de Deus. O maior profeta que já viveu – até este momento – foi levado da terra para o céu em um redemoinho, e vemos agora Eliseu assumindo seu chamado, com toda a mesma autoridade e o poder de Deus que Elias teve. E através de Eliseu, vemos Deus começando um novo capítulo na construção do seu Reino.
Agora, antes de entrarmos nos detalhes deste texto, queremos entender corretamente por que isso é importante para nós. Deixe-me destacar pelo menos duas razões por que este capítulo é importante para nós.
(1) A primeira razão é que ele nos ensina algo sobre o caráter do Reino de Deus. Podemos aprender algo com as ações de Eliseu sobre a natureza do Reino de Deus e a maneira pela qual Deus avança o seu reino. E então, desse ponto de vista, também podemos reconhecer o que deve ser o nosso papel neste Reino hoje em dia. Como falamos muitas vezes em nossa série em Kings, nós vivemos em um capítulo diferente desta história, mas ainda é a mesma história.
(2) Uma segunda razão pela qual este capítulo é importante para nós é porque ele aponta de uma forma bem clara para a pessoa e a obra de Cristo. Muitas vezes na Bíblia, Deus repete certões padrões para chamar nossa atenção que algo importante está acontecendo. Em certas gerações, e em grandes momentos decisivos da história Bíblica, podemos notar certões padrões sendo repetidos para mostrar a mão de Deus operando na história. E o livro de Reis deliberadamente destaca essas coisas para nós. E veremos
Então, vamos considerar o texto diante de nós.
Na primeira parte do capítulo, vimos que Elias e Eliseu saíram da terra prometida, refazendo os passos de Josué e do povo quando entraram na terra há muito tempo. Parecia que Deus estava abandonando a terra de Canaã. Mas então, quando Elias foi levado, Eliseu cruzou o Jordão novamente, significando uma nova conquista da terra de Canaã. Mas desta vez, a terra de Canaã não será conquistada pelo poder militar, mas pelas palavras do profeta. Será uma conquista espiritual.
Assim, a jornada sinaliza o início de uma nova conquista. Quando Deus expulsou os cananeus e trouxe os israelitas para a terra de Canaã, ele os trouxe com um propósito: ser Seu povo, uma nação santa, um ponto de partida para o Reino de Deus. Mas como eles desobedeceram e caíram na idolatria, agora Deus está começando agora uma nova conquista. Mas observem bem, Ele ainda tem o mesmo objetivo. Embora não seja uma conquista militar, o objetivo é o mesmo: expulsar o mal da terra de Canaã e construir uma nação santa e obediente a Deus.
Agora, eu mencionei que Elias e Eliseu são reflexos e sombras, de antigos profetas e de profetas por vir. E isso é muito importante para este capítulo.
Se este é o início de uma nova campanha de Deus para conquistar a terra para si mesmo, então Eliseu é para seu mestre Elias o que Josué foi para Moisés. As semelhanças são destacadas de propósito aqui para nós.
Já não é a primeira vez que vemos Elias comparado com Moisés. Se os irmãos lembram de capítulo 19 do primeiro Reis, Elias viajou para o monte sinai—o mesmo lugar onde Moisés teve comunhão com Deus e recebeu a lei—e ali Ele viu fogo e tempestade e terremoto, uma cena que lembra o momento em que Moises estava lá com Deus. E agora, como Moisés, Elias termina sua vida terrena fora da terra prometida, e assim como Deuteronômio nos diz que ninguém sabia o local do sepultamento de Moisés, os cinquenta homens em nosso texto não conseguiram encontrar Elias. O próprio Deus o levou, assim como o próprio Deus sepultou Moisés. Então agora, como Josué, Eliseu recebe o Espírito de Deus que esteve com seu mestre. E assim como Josué, a prova da presença de Deus vem no momento em que ele abre as águas do Jordão. Quando isso aconteceu, em Josué 3, o Senhor disse a Josué: “Hoje começarei a exaltar-te diante de todo o Israel, para que saibam que, como fui com Moisés, serei contigo”. E logo em seguida, pela palavra de Josué, o Senhor separou as águas do rio Jordão para que o povo pudesse passar. Agora vemos isso acontecendo com Eliseu, e os filhos dos profetas em Jericó viram e reconheceram que significava que o Espírito de Deus, que estava com Elias, agora repousava sobre Eliseu.
(Este é um paralelo importante, e é algo que o Novo Testamento repete novamente – João Batista vem como o segundo Elias, também ministrando fora da terra prometida do outro lado do Jordão; e então Jesus é batizado no Jordão, e entra na terra prometida, proclamando que o Reino de Deus chegou, e com a intenção de conquistar a terra para Deus.)
Então, este é um paralelo importante para se prestar atenção. Isso mostra que o mesmo Deus que estava trabalhando há muito tempo por meio de Moisés e Josué, está agora trabalhando por meio de Elias e Eliseu, e está fazendo algo semelhante fez por meio de Josué – conquistando a terra de Canaã e estabelecendo Seu Reino. As circunstâncias são diferentes, e a forma de conquista será diferente, mas é uma conquista, no entanto, e a mão do Deus de Moisés está por trás dela.
Eliseu vem com cura e julgamento
Precisamos olhar, então, para as duas primeiras coisas que nosso texto nos diz que Eliseu fez como profeta de Deus – os dois primeiros eventos de seu ministério – porque esses dois eventos nos mostram que tipo de ministério será e que tipo de conquista será essa.
A primeira coisa que Eliseu faz é trazer cura para a cidade de Jericó. Isso não é interessante? Comparem isso com Josué. A primeira coisa que Josué fez quando cruzou o Jordão foi destruir a cidade de Jericó e colocá-la sob maldição. Se os irmãos lembram, a maldição era que quem reconstruir a cidade de Jericó o fará à custa dos seus filhos, o primogênito e a caçula. E esta maldição foi cumprida nos dias do rei Acabe. Mas agora Eliseu atravessa o Jordão, e a primeira coisa que ele faz é trazer cura para a cidade de Jericó.
Agora não sabemos se os homens desta cidade eram todos fiéis adoradores de Deus, mas vale a pena notar a diferença entre a recepção e o respeito que Eliseu obteve aqui e aquele que ele recebe nos próximos versos, em Betel. Eles o recebem, eles o chamam de “meu Senhor”, e o honram como profeta, indo pra ele com este pedido. E assim vemos uma cidade que, mesmo estando sob julgamento, recebendo o profeta do Senhor e sendo abençoado.
Isso é exatamente o que Jesus nos ensinou sobre o Reino de Deus. “O primeiro será o último e o último será o primeiro.” Mesmo aqueles que estão longe e sob o julgamento de Deus, se se arrependerem, serão salvos; enquanto muitos que são filhos da aliança, por causa de sua incredulidade e rebelião, serão exterminados.
Os homens da cidade foram ter com Eliseu e lhe disseram que a água estava ruim, fazendo com que a terra ficasse estéril. Alguns estudiosos dizem que a água pode ter sido exposta a algum tipo de radioatividade porque havia terremotos frequentes na área, o que pode ter exposto a água a estratos radioativos abaixo da superfície. É possível, mas em qualquer caso, podemos entender isso como um sinal da maldição contínua de Deus sobre a cidade de Jericó.
Eliseu atende ao pedido deles. Ele pegou uma prato novo (a palavra hebraico se refere a um tipo de tigela), colocou sal nele e jogou-o na fonte. Agora, antes que pensássemos que isso é algum tipo de magia ou macumba, reconhecem que o próprio Eliseu diz que isso é obra do SENHOR. Então foi algo que Deus fez. Mas ainda devemos perguntar, o que significa a nova tigela e o sal? Há muito debate sobre isso nos comentários.
O que podemos dizer é que geralmente o sal está associado à aliança. Como o sal era usado para preservação, Deus costumava usar “sal” como elemento nos rituais da aliança, como forma de simbolizar a eternidade da aliança.
- Em Levítico 2:13, o Senhor ordenou por meio de Moisés: “Toda oferta dos teus manjares temperarás com sal; à tua oferta de manjares não deixarás faltar o sal da aliança do teu Deus; em todas as tuas ofertas aplicarás sal.”
- Você pode ver a mesma coisa nas palavras do Senhor a Arão em Números 18:19: “É uma aliança perpétua de sal perante o Senhor é esta, para ti e para tua descendência contigo.”
- Além disso, em 2 Crônicas 13, o rei Abias, de Judá, fala de como Deus fez uma “aliança de sal” com Davi, dando-lhe o trono. para todo sempre.
Assim, podemos tomar o sal como símbolo da permanência da aliança de Deus com seu povo. Eliseu lembra o povo da aliança de Deus.
A nova tigela é mais difícil de interpretar. Alguns o tomaram como um símbolo de pureza. Mas a imagem de uma nova vasilha também nos lembra dos novos odres que Jesus falou, que simbolizava a nova aliança. Então me parece que Eliseu está afirmando que a mesma aliança eterna de Deus, a aliança do sal, será encontrada em um novo “recipiente”, em uma nova forma. De fato, é exatamente isso é o que aconteceria no ministério de Eliseu: o mesmo Deus trabalhando para construir o mesmo Reino de antes, mas agora de uma forma diferente. Não expulsando os cananeus por meio de uma campanha militar, mas expulsando a idolatria por meio de uma campanha profética. Assim, a “tigela nova” contendo o sal da aliança é um símbolo da obra da aliança de Deus continuando sob uma nova forma.
Então Eliseu jogou esta nova tigela com o sal da aliança na fonte, e Deus curou aquela água. A velha cidade de Jericó que esteve sob a maldição de Deus, agora se torna o lugar de cura e bênção. Através de Eliseu, Deus está começando uma coisa nova em Israel.
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Por outro lado, Betel, que já foi um lugar de bênção, agora se torna um lugar de seu julgamento. E é isso que vemos na próxima coisa que Eliseu faz. Versículo 23,
2 Kings 2:23–24: “Então, subiu dali a Betel; e, indo ele pelo caminho, uns rapazinhos saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhe: Sobe, calvo! Sobe, calvo! Virando-se ele para trás, viu-os e os amaldiçoou em nome do Senhor; então, duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois deles.”
Esta é uma das passagens mais perturbadoras do Antigo Testamento, porque muitas pessoas lêem isso como um profeta malicioso enviando uma maldição sobre um bando de crianças inocentes que não sabiam nada. E pensamos, será que Deus faria isso?
Bom, o que precisamos entender é isso:
- Primeiro, a tradução “meninos pequenos” está correta. Algumas traduções tentam dizer “jovens” (e até a ARA diz “rapazinhos”) pra escapar da ideia que Deus mandou matar crianças. Mas o texto no hebraico é claro que estes são meninos pequenos – com idade suficiente para estar em um grupo sozinho, aparentemente sem qualquer supervisão de adultos (portanto, não pré-escolares), e com idade suficiente para dar esse tipo de insulto com esse tipo de ousadia, mas o texto diz “meninos pequenos”, então devemos supor que eles provavelmente tinham entre 8 e 12 anos.
- Segundo, esses meninos nos mostram o nível de degradação espiritual em Betel. Mesmo aqueles profetas de Deus foram recebidos com respeito em Jericó, evidentemente foram odiados em Betel. Esses garotos estão apenas repetindo o que ouviram em suas casas, dos seus pais. Seus pais os ensinaram a desprezar os profetas de Deus, e assim, como criancinhas, é exatamente isso que os encontramos fazendo.
- E terceiro, isso não é evidência de um profeta mal-humorado e vingativo. Não podemos culpar Eliseu por isso, que ele deveria ter sido mais misericordioso ou paciente. Se Eliseu estivesse errado em amaldiçoá-los, então Deus não teria honrado tal maldição. É a evidência de um Deus que honra sua aliança e agora está vindo em julgamento. Eliseu está apenas administrando as maldições da aliança. Assim como ele veio trazendo as bênçãos da aliança para Jericó, aqui vem ele trazendo as maldições da aliança sobre Betel.
- Deixe-me fazer algumas observações a partir disso:
- Primeiro, precisamos reconhecer que não existe uma idade de inocência. Nós nascemos pecadores com corações que se voltam contra Deus. A rebelião contra Deus está entrelaçada em nossa natureza caída, desde o início.
- É verdade que estas crianças também aprenderam este desrespeito dos seus pais. e talvez um criança melhor-educada, mesmo que seja descrente, teria mais temor de um adulto para não o desrespeitar desta maneira. Isto mostra a péssima condição espiritual em Betel.
- Mas notem, irmãos, que estas crianças não são poupadas por serem crianças. São punidas por seus pecados. As Escrituras nos ensinam que todos nós somos por natureza filhos da ira e sujeitos à condenação. Se não fosse assim, Deus estaria errado em tirar a vida dessas criancinhas. Mas seja Deus justo, e todo homem mentiroso.
- Em segundo lugar, este texto nos mostra a realidade de que os filhos compartilham as consequências dos pecados de seus pais. Isso é verdade, é claro, em todos os lugares da vida. Quando os pais tomam decisões tolas, os filhos sofrem as consequências.
- Os pais que abandonam o Senhor e se afastam da igreja, levam seus filhos com eles.
- Os pais que tolerem certas idolatrias e atitudes mundanas, vão ensinar o mesmo para seus filhos.
- Os pais que negligenciam os cultos de adoração não devem se surpreender quando seus filhos também o fazem.
- Pais que, em vez de servir a igreja e edificá-la, criticam e atacam, estão discipulando seus filhos para serem críticos ao invés de membros vivos e humildes da igreja. Já vi isso tantas vezes que os pais sempre criticaram a igreja, reclamando dos oficiais, reclamando da falta de comunhão, reclamando da falta de cuidado pastoral – e isso, na frente de seus filhos, e então – grande surpresa – seus filhos crescem e deixam a igreja. Vai saber. O que você esperava?
- Então vemos aqui, também, em Betel – uma cidade que odiava os profetas de Deus—porque os profetas muitas vezes falaram contra o pecado deles – tanto que as crianças cresceram aprendendo a desprezar e desrespeitar os profetas de Deus. E agora, são elas que sofrem as consequências da instrução de seus pais.
- Primeiro, precisamos reconhecer que não existe uma idade de inocência. Nós nascemos pecadores com corações que se voltam contra Deus. A rebelião contra Deus está entrelaçada em nossa natureza caída, desde o início.
- Deixe-me fazer algumas observações a partir disso:
- Devemos também notar o fato de que o que aconteceu aqui foi o cumprimento de uma das maldições da aliança proclamada sob Moisés em Levítico 26. Uma das maldições da aliança por desobediência seriam feras que seriam soltas e matariam seus filhos. Deus disse ao povo por meio de Moisés: “Enviarei para o meio de vós as feras do campo, as quais vos desfilharão, e acabarão com o vosso gado, e vos reduzirão a poucos; e os vossos caminhos se tornarão desertos.” Então, tem um aviso sóbrio aqui: sob Elias, não há apenas cura para aquelas cidades que se arrependem; mas haverá maldições da aliança lançadas sobre as cidades que persistirem em seus pecados.
E é exatamente por isso que Eliseu foi um profeta odiado dentro de Israel. Esses dois sinais são representativos de todo o seu ministério profético. Ele veio trazendo cura para aqueles que se arrependessem e julgamento severo para aqueles que não se arrependessem – através de Jeú, através dos sírios e, finalmente, através dos assírios que levaram todo o Reino do Norte para o exílio.
E é por isso que o ministério de Eliseu ainda fala para nós hoje, embora tenha acontecido há quase três mil anos. Nosso Deus não mudou. E o ministério de Elias nos prepara bem para o ministério de Jesus, o segundo Elias, e um outro profeta no modelo de Josué.
Como vimos, o João Batista e o Senhor Jesus repetem mais uma vez este padrão tipológico de Moisés e Josué. O João Batista é chamado o Elias, e Jesus—entrando na terra prometida depois do seu batismo—é um novo Eliseu. E como Eliseu, Jesus veio proclamando o Reino de Deus, que significava cura e salvação para os arrependidos; mas também julgamento severo para aqueles que o rejeitaram. Como o próprio João Batista advertiu ao povo: “Aquele que vem depois de mim é maior do que eu. Eu batizo com água, mas ele batizará com o Espírito Santo e com fogo. Eis que o machado já está posto à raiz das árvores”.
Eliseu e seu ministério são um prenúncio de Jesus Cristo e seu ministério.
Por um lado, Eliseu veio trazendo cura: curando as águas de Jericó, provendo sustento para a viúva de um dos profetas crentes, ressuscitando o filho de uma mulher sunamita, multiplicando pães, purificando um guisado venenoso que os filhos do profetas haviam comido, curando um leproso sírio, protegendo Israel da invasão e resgatando Israel de exércitos sitiantes, e assim por diante. A primeira metade de seu ministério é caracterizada por bênçãos, e particularmente bênçãos para (a) crentes – os filhos dos profetas – e (b) para estrangeiros, sunamitas, etc.
Mas, por outro lado, o ministério de Eliseu foi de terrível julgamento, especialmente na parte final de Seu ministério: Ele unge Hazael rei da Síria para devastar a terra de Israel, ele ungiu Jeú para derrubar o trono de Israel e matar os descendentes de Acabe e matar os profetas de Baal, e estes acabariam por levar Israel a ser arrastado para o exílio. Um julgamento final para o povo de Deus.
Não perca o quanto o próprio ministério do Senhor Jesus segue o padrão de Eliseu. Cristo também começou uma nova campanha pelo Reino de Deus — a maior campanha de todos os tempos, que continua até hoje.
Em seu ministério terreno, Ele veio curando, provendo alimento—particularmente para os crentes que o seguiam—ele veio ressuscitando os mortos, cuidando de viúvas, expulsando demônios, curando cegos e coxos. E seu ministério também provocou ciúmes em Israel por seu contato frequente com gentios – uma mulher siro-fenícia, um centurião romano e outros. Podemos destacar muitas semelhanças com o ministério de Eliseu.
Mas seu ministério, como o de Eliseu, termina com palavras de julgamento severo. Ele veio para cumprir bênçãos para aqueles que se arrependessem e cressem, e veio para trazer as maldições da aliança ao seu mais horrível cumprimento na destruição de Jerusalém.
Assim, aprendemos uma lição sóbria do ministério de Eliseu, como um prenúncio do de Cristo.
- Cristo inicia uma nova conquista, não só da terra de Israel, mas de toda a terra, para o Reino de Deus.
- O Reino de Deus sob Jesus Cristo vem com imensuráveis bênçãos e curas para aqueles que se arrependem e crêem. Há tanta cura. Cura para pecadores. Cura para os perdidos. Cura para os quebrados. Cura para aqueles que estavam longe de Deus, e pela graça de Deus foram trazidos para perto.
- Paulo diz em Efésios 2:13
- “Lembrai-vos de que outrora vós, gentios na carne… . Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo”.
- Em Jesus Cristo, nós que estávamos longe fomos trazidos para perto de Deus, curados e restaurados. Nós que estávamos sob o julgamento de Deus fomos reconciliados e perdoados pelo sangue de Cristo. Podemos viver o resto de nossas vidas perto de Deus, sob Seu amor e favor, por causa da misericórdia de Cristo.
- Cristo veio para pregar o evangelho do reino de Deus aos mais indignos— cobradores de impostos, prostitutas, pecadores, párias e gentios (provavelmente a coisa mais escandalosa de todas), incluindo nós.
- Com o mesmo amor que Eliseu tinha pelos filhos dos profetas, Cristo ama sua igreja—por mais imperfeita e fraca que ela seja. O trabalho para o Reino feito por Cristo, como o de Eliseu, é aquele que se centraliza na igreja, e suas maiores bênçãos são encontradas na igreja. É a comunidade de crentes pela qual Cristo mostra o amor mais profundo. É isso que chama a atenção dele. É aí que você O encontra trabalhando, abençoando, curando, confortando, ensinando, orientando, ministrando.
- Paulo diz em Efésios 2:13
- Ao mesmo tempo, o Reino de Deus que Cristo está construindo, como também foi com Eliseu, é aquele que vem com um julgamento terrível para aqueles que o rejeitam, se opõem a ele e o desprezam – particularmente aqueles dentro da aliança. Este é o lado do ministério de Jesus que muitas vezes é ignorado. Mas se você ler os Evangelhos, você verá que tem muitas de palavras de julgamento – e não contra o mundo e aqueles que estão longe, mas contra o povo da aliança de Deus.
- As advertências do Senhor a Jerusalém foram sóbrias e severas: “Ai das mulheres grávidas e das que amamentam naqueles dias!” Como Eliseu, o Senhor Jesus convocaria terríveis exércitos estrangeiros para destruir a cidade e julgar o povo infiel da aliança que O havia rejeitado: e assim o fez 40 anos após sua ascensão, no ano 70 d.C., quando os exércitos romanos, segundo a palavra de Cristo em Mateus 24, incendiaram a cidade e mataram todos os que resistiram a eles.
- Esta é a obra de construção do reino de Cristo: doces bênçãos para a comunidade de crentes, terrível julgamento para seus inimigos, incluindo e especialmente aqueles dentro da aliança. O livro do Apocalipse descreve-O voltando com uma espada de dois gumes na boca, pronto para julgar as nações.
- Irmãos, não há resposta neutra para tal ministério.
- Nós, que hoje ouvimos o Evangelho, somos chamados a fazer parte da conquista de Cristo. Cristo está conquistando o mundo, e não vai parar até que todos os Seus inimigos sejam colocados sob Seus pés. O Evangelho continuará a ir adiante.
- Alguns, pela graça de Deus, serão conquistados pela Palavra e pelo Espírito de Deus, e se tornarão parte do reino de Cristo. Que todos nós estejamos entre eles.
- Outros resistirão a Ele e permanecerão contra Ele. E, infelizmente, alguns que resistem a ele e se opõem a ele serão de seu próprio povo da aliança, a igreja. Tenha cuidado para não imitar o exemplo de Betel, uma cidade que despreza e desrespeita os profetas e a palavra de Deus, e ensina seus filhos a fazer o mesmo.
- Não há resposta neutra ao ministério de Cristo. Então, irmãos, não resistam ao Seu Espírito, mas entreguem-se a Ele, recebam a Palavra com alegria e sejam cheios do Seu Espírito. É nosso grande privilégio fazer parte de Seu reino. É nosso privilégio estar entre as pessoas que Ele governa. Seu governo é bom, e traz vida e cura. Amem a Ele. Dêem graças a Ele. Sirvam-o com alegria. Sirvam também a sua igreja— sim, esta igreja, com todas as suas falhas, porque é a igreja de Cristo. E ensinem seus filhos a fazerem o mesmo – a amá-Lo e segui-Lo com alegria.
Jonathan Chase
O pastor John Chase é Missionário de Aldergrove Canadian Reformed Church nas Igrejas Reformadas do Brasil. B.A., Western Washington University, 2012; M.Div., Canadian Reformed Theological Seminary, 2016. Serviu anteriormente como pastor da Igreja Reformada de Elora em Ontario, Canadá nos anos 2016-2020.
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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.