1 Coríntios 06:12-20

Leitura: 1 Coríntios 06:12-20
Texto: 1 Coríntios 06:12-20

Amada Congregação de Nosso Senhor Jesus Cristo,

Não há nada novo debaixo do sol, e podemos ver isso claramente na ética de sexualidade. A revolução que está acontecendo há quatro décadas no mundo ocidental faz a alegação que este movimento é “progressivo.” Mas a verdade é que o movimento dos “progressistas” é nada mais que um regresso, não um passo arrojado até liberdade e uma futura gloriosa sem restrições. Na verdade, quando uma sociedade pensa que as cadeias de repressão estão sendo quebradas, o que realmente está acontecendo é nada mais que uma volta para a escravidão. E se você está com os olhos abertos, pode ver os resultados horríveis e destrutivos da revolução sexual em toda parte do mundo ao nosso redor.

Esta passagem fala sobre uma revolução sexual muito mais antiga – e até quando Paulo escreveu essa carta, os problemas que ele estava enfrentando não foram nada novo. Pecado sexual tem uma longa história – desde a queda de nossos primeiros pais. E na cidade de Corinto, pecado sexual era desenfreado, particularmente na forma de prostituição. Diferente das duas seções prévias nessa carta aos Coríntios, Paulo não menciona nenhum membro da igreja Coríntio quando ele escreve sobre o assunto de comprar os serviços das prostitutas. Tinha sido uma reportagem específica sobre o homem cometendo adultério com a esposa do seu pai, e Paulo sabia que outros membros da igreja estavam iniciando procedimentos legais contra os irmãos da igreja.

Mas o problema da compra de sexo poderia ter sido tão difundido na comunidade da igreja, pode ser que endereçando só uma instancia teria minimizado a seriedade do problema em Corinto.

Em 2 Coríntios 12:21, Paulo escreveu, “Receio que, indo outra vez, o meu Deus me humilhe no meio de vós, e eu venha a chorar por muitos que, outrora, pecaram e não se arrependeram da impureza, prostituição, e lascívia que cometeram.” O problema era “porneia,” a palavra grega que significa imoralidade sexual; e parece ter sido epidêmica.

Então, quando Paulo aborda o assunto, ele o aborda de dois lados. Ele começa com argumentos comuns, argumentos que teria sido familiares a cada Coríntio, se Cristão ou não. Eles foram semelhantes aos argumentos usados pelos filósofos daquela época. Paulo utiliza estes argumentos, mas numa maneira especificamente Cristã. Porque o fundamento do argumento de Paulo é construído não em filosofia, mas sim em teologia. O pecado sexual, e especialmente o uso dos serviços de uma prostituta, é absolutamente incompatível com a vida em Cristo.

“Todas as coisas me são lícitas,” Paulo diz. Parece que ele está citando alguém – talvez algo que os Cristãos em Corinto estavam dizendo. Os manuscritos gregos originais não incluem aspas, e por isso existe desacordo sobre onde a citação começa e onde ela concluía, ou até se é uma citação na verdade. Mas não importa, era uma crença comum na sociedade Grega. O que isso significa é, “Eu sou livre para fazer qualquer coisa.” Como um indivíduo soberano, eu faço as escolhas sobre o que eu posso fazer e o que eu não devo fazer. Como uma pessoa sábia, eu faço os meus próprios decisões, e ninguém pode me questionar.

Você reconhece este tipo de pensamento? É a minha escolha. É o meu corpo. É a minha vida, e eu posso fazer cada coisa que eu quero. Contanto que eu não esteja prejudicando ninguém…

Nada novo debaixo do sol. Isso era exactamente o pensamento de alguns filósofos gregos. O filósofo grego Plutarco dizia que uma mulher não deveria ficar zangada com o marido se ele tinha amante, porque os homens têm desejos, impulsos, e eles precisam fazer algo com esses impulsos. E, Plutarco dizia, é melhor pelo homem compartilhar essa depravação com uma outra mulher, porque isso mostraria que ele respeita sua esposa.

Platão argumentava que relações sexuais com prostitutas são permitidas, contanto que essa atividade acontece em segredo, e não ofenda ninguém. É a mesma mensagem que ouvimos na nossa época – o estado não pode dizer nada sobre atividades privadas entre adultos com consentimento. Mas é interessante que esses direitos eram limitados aos homens, e especialmente homens com poder. Um homem poderia cometer adultério com uma escrava, ele poderia frequentar um bordel, ele poderia abusar meninos. Não é surpreendente que a maioria dos convertidos na igreja antiga eram mulheres – porque elas sabiam que esse tipo de libertação sexual foi um fracasso, e nada mais. Elas sabiam, porque elas sentiam os efeitos deste tipo de comportamento nas suas próprias vidas.

Mas porque a cultura ao seu redor era tão “tolerante” de atividade sexual sem limites, não é surpreendente que pelo menos alguns dos Cristãos de Corinto continuaram a viver pelo ditado, “Todas as coisas me são lícitas.” Como já vimos, muitos dos crentes em Corinto não deixava a cultura grega para trás tão radicalmente como eles deveriam quando eles se tornaram Cristãos. Então, sua maneira de pensar antiga ainda controlou as suas vidas. Talvez eles adaptavam o pensamento grego com os ensinamentos de Paulo – sou livre da lei, sou salvo por graça, e portanto posso fazer o que eu quero. Eu posso continuar a viver na maneira em que vivia antes da minha conversão. Mas isso foi não apenas uma torção da teologia de Paulo – foi uma construção cultural familiar aos Coríntios – um aspeto de seu mundo de pensamento, pode dizer.

Mas Paulo continua em versículo 12 acrescentando mais um ponto que alguns filósofos fez também: Talvez eu sou livre para fazer o que eu quero, mas essa liberdade não significa que qualquer coisa que eu fazer é correta, porque algumas escolhas são prejudiciais. Talvez eu sou livre para fazer qualquer coisa que eu quero com o meu próprio corpo, mas isso não significa que isso seria útil, ou um benefício para mim ou para outras pessoas, pular de um viaduto porque sou livre para experimentar a alegria de vôo. Ou tirar uma soneca no meio da rodovia. Ou entrar a jaula dos tigres no jardim zoológico. É lógica bem simples, e somente tem que saber algo sobre a epidêmica de doenças sexualmente transmitidas, AIDS, e outros problemas de saúde associados com certas práticas sexuais para entender que não cada atividade é útil.

E isso é apenas o lado físico. Quando pensam no sofrimento emocional que pessoas experimentam quando seus desejos sexuais não têm limites, o ditado, “nem todas as coisas convêm,” se torna óbvio. Pessoas buscam a satisfação emocional em sexo. Elas usam outras pessoas porque estão buscando gratificação pessoal. Isso leva a culpa e vergonha, e um profundo sentido de solidão. E isso não pode ser reconhecido publicamente, porque o sexo é suposto ser nada mais do que atividade natural, como comer ou beber – uma necessidade de vida. E se os alimentos são para o estômago, e o estômago para os alimentos, nós somos seres sexuais, não é? O que pode ser errado com autoexpressão em qualquer maneira que nos dá prazer? Então, a atividade se torna ainda mais inútil.

Todas as coisas me são lícitas, mas Paulo adicionou algo mais: Mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas. De novo, este ensino era comum no mundo grego-romano. Os filósofos estóicos argumentavam que o sábio nunca vai entregar o controle a qualquer coisa ou pessoa. Para os estóicos, a autonomia pessoal era o mais importante aspeto da vida humana. Eu não me deixarei dominar por nada – se comida ou bebida, ou desejo sexual. Eu devo ser meu próprio mestre. É isso que limita as atividades em que eu posso participar. Então, eu não me tornarei escravo dos meus desejos.

Mas de novo, Paulo não está simplesmente ecoando a filosofia grega aqui. Ele está falando de um ponto de partida definitivamente Cristão. Em João 8:34, O Senhor Jesus disse que cada pessoa que pratica pecado é escravo do pecado. O que começa como atividade de uma vez é repetida, a consciência é danificada, e então cauterizada, a atividade se torna hábito, e este hábito começa a dominar a vida. As pessoas que falam sobre dependências ou vícios sexuais têm razão. Porque a imoralidade sexual pode dominar uma pessoa, até ela se torna obsessiva com ela, incapaz de escapar o poder do seu aperto.

O pecado é perigoso. O pecado escraviza. O pecado pode assumir o comando da vida, se permitido. Porque o pecado nunca realiza as promessas. O pecado nunca fornece alegria duradoura, ou prazer verdadeiro. Não importa que tipo ou forma de pecado, cada pecado promete grandes coisas – mas a realidade sempre fica aquém das expectativas. Mas quando uma pessoa é presa no ciclo do pecado, essa pessoa pode ser cega àquela realidade. Então, quando o pecado não satisfaz não mais, essa pessoa procura a satisfação com mais do mesmo. E o ciclo continua, até a pessoa está inteiramente controlada pelo pecado, um escravo sem esperança, a menos que o ciclo está quebrado.

Todos nós somos escravos de algo, ou alguém. Isso é o fato que os defensores da suposta libertação sexual recusam a entender. A liberdade de expressar a sexualidade fora das limites que Deus estabeleceu é nada mais que escravidão. Quando uma pessoa brinca com fogo, ela vai se queimar. O pecado, e particularmente o pecado sexual, não é algo com que nós podemos brincar. Se existe uma área onde os limites de Deus deveriam ser respeitados, onde os perigos são especialmente graves, é a área de sexualidade humana.

Porque, como Paulo vai dizer, “Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo.” Por isso a instrução de Paulo é tão séria: Fugi da impureza. O pecado sexual é diferente dos outros tipos de pecado. Porque é uma perversão de uma atividade que é vitalmente importante. É essencial a nossa criação na imagem de Deus, como homem e mulher. É a comunhão, física e espiritual, que espalha o relacionamento entre Cristo e a Sua Igreja.

E aqui Paulo vai além da esfera filosófica, na esfera teológica. Em primeiro lugar, ele nós lembra da importância do corpo físico. Os gregos zombavam a ideia da ressurreição física. Eles pensavam na vida após a morte como existência sem corpo. Eles acreditavam que o “espiritual” é inerentemente superior ao “físico.” Por isso, o que acontece no corpo, ou com o corpo, não é importante, porque o corpo vai desaparecer de qualquer maneira. Faça o que você quer, porque no fim não importa.

O Paulo diz não, não é assim que as coisas são. Somos salvos, corpo, carne, e alma. Somos uma unidade, física e espiritual, e antecipamos a ressurreição do corpo. Então, o que acontece com este corpo, o que nós fazemos neste corpo, é importante. Não há um ato nesta vida que é estritamente físico, não há nada que nós fazemos que não inclui todo de nosso ser. Dividir o físico do espiritual como os gregos, desvalorizar o físico e exaltar o espiritual, foi um erro sério. Como confessamos no Dia do Senhor 1 do Catecismo de Heidelberg, nosso único consolo na vida e na morte é que nós pertencemos, de corpo e de alma, a nosso fiel Salvador, Jesus Cristo.

O segundo argumento envolve a quem o nosso corpo pertence. “É meu corpo, e eu posso fazer com este corpo qualquer coisa que eu quero.” Esse é o argumento usado muitas vezes por pessoas que argumentam que mulheres deveriam receber o direito de matar seus filhos por nascer – o aborto. Mas o fato é que nosso corpo não pertence a nós mesmos. Nós, crentes, temos sido unidos com Cristo. Nós somos membros do corpo de Cristo – e isso significa que nossos corpos são unidos com Ele também. Se nós participarmos em atividades de imoralidade sexual, estamos usando algo que pertence ao Cristo, unindo ele com algo fora dEle. E isso é especialmente detestável quando pensamos no que a prostituição representa nas Escrituras.

Em Apocalipse 17, lemos sobre o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas, com quem se prostituíram os reis da terra. Em Apocalipse 19, lemos sobre os juízos de Deus, verdadeiros e justos, com quais Ele julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua prostituição. Dentro dos vínculos de casamento, o relacionamento entre homem e mulher espelha o relacionamento entre Cristo e a Sua Igreja. Por isso, a prostituição pode espelhar a quebra deste relacionamento, e a criação de um relacionamento que significa rebelião contra Deus. Por isso a imagem de prostituição é usada muitas vezes no testamento antigo. Quando Israel rebelou contra Deus, quando eles abandonavam Deus, eles estavam cometendo adultério contra Deus – comportando como prostitutas com os deuses falsos das nações. E aquela prostituição espiritual era, muitas vezes, ligada com a prostituição física – as prostitutas “sagradas” que continuavam na terra de Israel eram sempre uma tentação para os homens de Israel.

Então, quando um Cristão cai em pecado sexual, ele, ou ela, está realmente fazendo algo que destrui a união entre Deus, em Cristo, e o Seu povo. O adultério quebra as ligações criadas por Deus mesmo, através de Cristo, o vínculo íntimo de comunhão que temos com nosso Pai celestial. Isso é a seriedade desse pecado. Fomos comprados por preço, corpo e alma. Portanto, nossos seres inteiros devem ser dedicados a Deus, para glorificar Ele – corpo e alma. Por isso Paulo pode fazer este apelo: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Quando um Cristão adultera, ele está oferecendo o seu corpo como sacrifício, sim, mas não como sacrifício a Deus. Adultério físico e adultério espiritual andam de mãos dadas.

E finalmente, Paulo volta ao que ele já escreveu em 3:16,17. Aí ele lembrou os Coríntios que eles, corporativamente, eram o templo de Deus. O Espírito de Deus viveu neles como comunidade – e se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado. A igreja é o santuário, o templo, do Espírito. Qualquer pessoa cujas ações destruem a igreja está destruindo o templo de Deus.

Mas agora Paulo usa a mesma figura num nível indivíduo. Não apenas a igreja é templo do Espírito Santo. Cada um de nós, como membros da Igreja, somos templos do Espírito Santo nós mesmos. Participar em imoralidade sexual é ativamente destruir o templo do Espírito Santo no nível indivíduo – e não apenas no nível indivíduo, como se isso é somente um pecado privado, que não tem nada a ver com o templo maior, na igreja inteira. Nós não pertencemos a nós mesmos!

Isso significa não somente que pertencemos a Deus, que nos comprou ao preço do sangue de Cristo, também significa que pertencemos uns aos outros. Os nossos pecados pessoais têm impacto no corpo, no nível indivíduo e no nível corporativo. Ouvimos o argumento: o que dois adultos fazem na privacidade do seu quarto não tem impacto nas outras pessoas. Mas Paulo enfatiza que isso não é a verdade – é, de fato, completamente falso. Somos parte de algo muito maior do que nós mesmos. Não somos indivíduos isolados. Isso é especialmente verdadeiro a respeito de nós na igreja, mas é igualmente verdadeiro numa maneira diferente para todo mundo na sociedade. Nossas ações, não importa tão privadas, não importa tão escondidas, sempre têm um impacto além de nós mesmos.

Irmãos, como pessoas vivendo numa sociedade apodrecida com nível de imoralidade que ultrapassa o nível na época dos Coríntios quando esta epístola foi lida pela primeira vez, devemos prestar muita atenção aos avisos de Paulo aqui. Como eu já disse, a palavra grega que significa imoralidade sexual, que Paulo usa é a palavra “porneia.” Isso é a fonte da palavra “pornografia.” Vivemos numa cultura obcecada com sexo, uma cultura em que o uso de pornografia não é vista como algo vergonhoso, algo escondido, mas como um aspeto natural da vida humana, para homens e mulheres. O uso de pornografia, algumas pessoas dizem, é algo como comer – uma técnica de satisfazer um desejo natural, meramente um ato físico, e nada mais.

Mas, irmãos, a pornografia é prostituição. Se inclui contato pessoal ou não, o ato é mesmo. E precisamos ficar em guarda contra este tipo de tentação, e devemos fugir dela. É por todos os lados – nas revistas, na televisão, nas ruas, no Facebook, em toda parte do Internet. Não é inócua. Não é uma atividade que não prejudica ninguém. Não é apenas uma questão privada, pessoal. É uma questão de interesse de todos nós. Precisamos ficar firmes, celebrando a sexualidade como Deus a criou, enquanto fugimos a perversão de sexualidade em que o mundo ao redor de nós tem mergulhado.

Precisamos fazer isso por causa do corpo – por causa de nossos próprios corpos, unidos com Cristo, que não podem ser unidos com uma prostituta; e por causa do corpo de Cristo, o templo do Espírito Santo. Devemos fugir a imoralidade, porque enquanto temos liberdade em Cristo, abusar esta liberdade, em qualquer maneira, é simplesmente uma volta para a escravidão. Devemos fugir a imoralidade porque, como Deus disse a Caim, “eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.”

E precisamos observar algo que Paulo não diz aqui. Ele não menciona o fato que homens que adulteram estão pecando contra as suas esposas. Porque o fato central aqui é nosso relacionamento com Deus. O rei Davi entendeu isso quando ele confessou seu próprio adultério em Salmo 51 – Contra ti, e contra ti somente pequei, e fiz o que é mau diante dos teus olhos, ele confessou a Deus. Isso é o foco das admoestações de Paulo aqui – o adultério é pecado contra Deus acima de tudo.

Então, voltamos ao que Paulo escreveu anteriormente, na primeira parte de capítulo seis. Em primeiro lugar, o aviso: os injustos não vão herdar o Reino de Deus.

Nem impuros, nem idolatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Isso é a seriedade deste aviso. Devemos lutar contra o pecado que permanece dentro de nós com esforço sério e focado.

Mas precisamos nos lembrar também o que vem depois, especialmente pessoas que sofram com um sentimento de culpa por causa dos pecados passados: E tais fostes alguns de vós. Isso é o passado. Mas se nós confiarmos em Jesus Cristo para nossa salvação, se estamos unidos com ele por meio de fé, somos lavados. Somos santificados. Somos justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus. Jesus Cristo carregou a nossa culpa. Ele carregou a nossa vergonha. Não temos que carregar essa culpa e essa vergonha conosco como um cargo pesado que nos pesa para o resto de nossas vidas. Jesus Cristo é o autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus (Hebreus 12:2).

Pode lutar com o tipo de pecado que Paulo está descrevendo no nosso texto. Talvez você caiu em tentação no passado. Há pessoas que lutam e caiam, e arrependam, e caiam repetidamente, e elas começam a desesperar, porque parece que este tipo de pecado não pode ser vencido. Mas, nas palavras de Hebreus 12:3: Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma. Então, consideramos Jesus. Não temos o esforço dentro de nós para ficar firmes contra as tentações do mundo. Mas somos templos do Espírito Santo. É ele que nos fortalece. É ele que nos dá a esperança.

Com Ele, olhando para Jesus, o fundador e consumador de nossa fé, podemos deixar todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corrermos com perseverança a carreira que nos está proposta. Não vamos nos render. Não vamos nos desesperar. Não vamos imaginar que não podemos fazer nada na luta contra pecado. Ele que vive em vocês é muito maior que ele que vive no mundo. Em Cristo, nós somos mais que vencedores. Confie nEle. E busque o seu prazer, a sua alegria, o seu consolo, no único lugar onde podem ser encontrados: no relacionamento vivo com o nosso Pai Celestial. Cristo abriu o caminho para que este relacionamento poderia ser restaurado. Venha a ele. Não importa de onde você veio, e o que você fez naquele lugar. Ele nunca vai se rejeitar.

Amém.

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Jim Witteveen

Pr. Jim Witteveen é ministro da Palavra servindo como missionário da Igreja Reformada em Aldergrove (Canadá) em cooperação com as Igrejas Reformadas do Brasil. Atualmente é diretor e professor no Instituto João Calvino.

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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.