Leitura: Neemias 04
Texto: Neemias 04
INTRODUÇÃO:
Amada congregação de nosso Senhor Jesus Cristo,
Semana passada nós vimos o povo de Jerusalém e de Judá, o remanescente que veio do exílio, começou a reedificar o muro de Jerusalém. Nós vimos como isto foi um esforço congregacional, como quase todos participaram desta obra e vimos como ela progrediu.
No capítulo 4, entretanto, nós lemos o começo da oposição à obra de reedificação. Também lemos como Neemias lidou com esta situação. De novo, olhando por todo o capítulo, nós podemos levantar alguns pontos importantes. Eu proclamo o evangelho do Senhor a vocês sob o seguinte tema:
Tema: O Senhor continua a reedificação do muro de Jerusalém, mesmo com o perigo do ataque inimigo
- A linha decisiva de defesa
- As medidas subseqüentes de defesa
- A linha decisiva de defesa
O que lemos nesta manhã, é claro, está relacionado a uma situação histórica especifica. Hoje vivemos em uma sociedade e em um contexto diferentes. Porém, uma questão que nunca mudou mas que tem se intensificado é o ódio de satanás e seu esforço impiedoso por tentar parar a construção da igreja e da reunião do povo do Senhor. E temos que tratar com isto ainda hoje com bases atuais.
Quando o povo começou a reedificar o muro de Jerusalém e já havia feito algum progresso, as coisas pareciam bem. O povo envolvido estava sem dúvida bastante encorajado, pois o Senhor os estava abençoando ricamente. O entusiasmo inicial os guiava ao trabalho, e a estrutura do muro começou a ganhar forma. Pense você, eles tinham um grande caminho a percorrer, pois começaram quase que da base do muro, mas os resultados já podiam ser vistos. Isto era encorajador.
Mas então houve uma mudança. Lemos novamente a respeito de Sambalate, o governador de Samaria, e Tobias o amonita. Eles estão realmente pálidos pela tentativa dos judeus de construir os muros de Jerusalém. Agora podemos falar de um ângulo humano e dizer: de um ponto de visto político, este tipo de reação era esperada. Uma poderosa batalha era inevitável. Talvez. Mas devemos ir mais fundo, pois aqui é muito mais que um ângulo político: isto é a base para uma batalha espiritual. Se Deus quer a cidade reedificada, Satanás quer impedir isto a todo custo. A reunião da igreja, em todos os lugares e através dos tempos, sempre encontrou uma resistência satânica. O que podemos aprender aqui é como o povo de Deus trata com esta resistência. Os eventos narrados aqui não são meramente descritivos, mas também normativos. Deus nos mostra o caminho para tratar com situações críticas de determinada resistência inimiga.
Há um numero de conselhos ou métodos que o diabo usa para tentar impedir a edificação da igreja de Cristo. Talvez o primeiro método seja o que é primeiro mencionado em nosso texto (versos 1-3), o escarnecimento. Aqui está você, fazendo alguma coisa que não é fácil, e outra vem e começar a sorrir do que você faz, e escarnece e faz parecer bobagem o que você está fazendo.
É difícil tratar com o escarnecimento. Ele faz você parecer tolo, e nós somos sensíveis a estes sentimentos tristes. Quando outras pessoas fazem graça de você, você pode ficar profundamente ferido e ofendido. Isto é real especialmente quando há uma certa verdade no que está sendo dito. Como é o caso neste capítulo.
Sambalate está zombando dos judeus por sua tentativa de reedificar os muros de Jerusalém. Eu acho que ele convocou uma reunião em Samaria, pois lemos no verso 2 que ele faz seus escarnecimentos na presença dos seus irmãos e do exercito de Samaria! Talvez houvesse uma parada militar, com um grupo de oficiais onde Sambalate fez o escárnio. Uma amostra de força combinada com desdém.
O que disse Sambalate? Ele fala sobre “fracos judeus”, uma afirmação muito humilhante. Quem pensam ser estes judeus? Eles são realmente hábeis para reedificarem os muros? Sambalate percebeu que os judeus começaram a reedificação repentinamente e que estão correndo para terminá-la, e ele então escarnece: “acaba-lo-ão em um só dia?” Isto parece querer dizer: eles não durarão nem mesmo um dia de trabalho, por quê? Porque as pedras estão queimadas e destruídas e é impossível restaurá-las. Pobres judeus sonhadores.
E seu companheiro, Tobias, adiciona um toque de humor. Ele diz: ler o verso 3. Uma raposa é um animal muito fraco e franzino. Mas Tobias sorri: até mesmo uma raposa poderia derrubar este muro. E eu imagino que cada um começou a sorrir junto com o que foi dito.
E há certa verdade no que estes dois estão dizendo. Esta é uma tarefa realmente muito difícil. O material está destruído, e esta obra levaria muito tempo para terminar. De uma perspectiva humana isto não pode ser feito e é tolice tentar fazê-lo. Os judeus podem começar entusiasticamente mas eles perceberão bem cedo quão difícil e impossível é realizar esta obra. Deste jeito o escárnio de Sambalate e Tobias está certo.
Uma passagem como esta nos deixa meio temerosos sobre como o mundo vê o povo de Deus e seus esforços; eles passam o tempo considerando o esforço e a energia que colocamos a serviço do reino de Deus e da igreja. Eles pensam que isto é uma perda de tempo, pois não traz nenhum lucro.
Qual a reação de Neemias a estes insultos? Ele tem a cavalaria real em seu comando, lembrem-se, e ele poderia usar esta cavalaria para mostrar sua própria força. Neemias poderia ter preparado sua própria parada militar e ter feito uma poderosa palestra. Na mesma moeda, eles por eles. Jogar o jogo deles.
Mas o que lemos é alguma coisa completamente diferente: sua reação foi simplesmente uma oração. Isto aparentemente parece a primeira linha de defesa da igreja. Antes que qualquer coisa seja feita, uma oração é feita e oferecida ao Senhor, Deus de Israel. E mais uma vez, pelo ministério de Neemias vemos que um homem de ação deve ser um homem de oração. Você não pode edificar uma igreja se a linha de comunicação com o cabeça a igreja não está constantemente aberta.
Podemos perceber algo de interessante nesta oração: ela é congregacional; notem o que é dito no verso 4: “ouve, ó nosso Deus que somos…” isto pode ter significado, como alguns comentaristas sugerem, que Neemias e o povo teria parado de trabalhar e oraram juntos.
O conteúdo da oração é simples. Há primeiro a descrição das atitudes dos inimigos: nós somos desprezados. Os inimigos nos olham com um olhar sem misericórdia e escarnecedor.
O que a oração realmente pede? Que Deus, ele mesmo intervenha. Que ele torne o opróbrio sobre a cabeça deles, que eles sejam dados por presa. É importante aqui que os israelitas oram para que Deus não cubra a iniqüidade deles, mas os puna severamente: não cubras as iniqüidades deles nem se risque diante de ti o seu pecado.
Agora podemos levantar algumas questões aqui. Este tipo de oração é correto? Devemos orar por vingança quando citamos nossos inimigos? Muitos comentaristas diriam que está é uma típica oração do velho testamento, como os salmos que falam da ira de Deus, quando nos mesmos salmos é pedido que Deus use de severas punições, mas que este tipo de oração não deve ser a oração da igreja do novo testamento. Agora, alguns nos ensinam, devemos pedir que Deus perdoe, e que possam ver os erros de seus caminhos e se arrependam. Como poderíamos pedir que Deus amaldiçoe nossos inimigos ainda hoje?
Não foi o Senhor quem disse: ame seus inimigos, fazei o bem a todos os que vos odeiam, abençoe os que vos amaldiçoam, orem por (e não contra) todos os que vos maltratam (Lucas 6:27)? E Paulo ensinou em sua carta aos romanos: abençoe todos os que vos perseguem. Abençoe e não amaldiçoe…(romanos 12:14). Por causa disto muitos explicam que de maneira nenhuma devemos orar desta maneira, pois isto pertence ao velho testamento.
O que podemos dizer sobre isto? Não muito, realmente. Em todos os tempos bíblicos, tanto quanto hoje também, nós facilmente nos enchemos de uma vingança pessoal. Nós com certeza facilmente devolveríamos as ofensas que recebemos dos outros. Iríamos longe com nossa ira vingativa. Isto é o que a bíblia proibe tanto no novo como no velho testamento. Porem é completamente diferente quando pessoas ímpias e descrentes se reúnem para atacar a igreja de Cristo e impedir o progresso do evangelho. Então podemos — e devemos — pedir a Deus que ele mesmo intervenha e aja justamente. No texto em que lemos não há um elemento pessoal, ao contrário, há um pedido por causa do Senhor a fim de que sua obra continue.
Cristo orou desta maneira. Ele disse a Cafarnaum, a cidade que o rejeitou: “e você, Cafarnaum, pensa que será elevada até aos céus? Não, serás abatida até o inferno. (Lucas 10:15)”. E inferno aqui será inferno mesmo, como o conhecemos. E para mim isto seria uma maldição se eu a ouvisse de alguém. No novo e no velho testamento, há a mesma verdade: onde o evangelho for resistido e rejeitado em massa, onde a oposição é organizada e companhias são encorajadas contra o evangelho, lá o julgamento, a maldição de Deus podem e devem ser invocadas.
Lembremo-nos disto, pois há muitos cristãos que são profundamente perseguidos e, quem mais os ajudaria, senão o Senhor Deus? Quem ora para que o Senhor os vingue senão a santa igreja católica? Quem ora pela queda dos inimigos de Cristo e nossos senão a igreja de Cristo ainda hoje? Você sabia que em muitos países — e especialmente em países muçulmanos — os cristãos são desprezados e não têm direitos? Não deveríamos nós orar para que Deus vingue e liberte este irmãos e irmãs? A esperança deles é nosso apoio em oração.
Mas retornemos ao nosso texto. Notamos que Neemias e seus irmãos não estão amedrontados pela amostra de força organizada por Sambalate e Tobias. Eles continuam edificando. Olhem para o verso 6: ler verso todo. Os insultos dos inimigos somente levaram os judeus a trabalharem de uma maneira mais urgente e dedicada. Nós sempre edificamos contra situações impossíveis, e fazemos isto porque nosso coração realmente está voltado para esta obra.
Isto é um critério importante para os edificadores. Seu coração deve estar envolvido. Ou seja: isto deve ser uma questão de compromisso de fé. Esta fé será freqüentemente testada, mas estes testes o levarão a continuar a trabalhar. E então o muro continuará a crescer até que a sua metade esteja terminada. O poder da oração nos dá maior força que as intimidações e insultos dos inimigos. Ore e trabalhe: esta tem sido a formula mais inabalável da igreja do Senhor.
- As medidas subseqüentes de defesa
Mas este esforço dos edificadores serviu para aumentar a ira de Sambalate e de seus aliados. O que você deveria esperar? Os versos 7 e 8 nos falam sobre uma conspiração de um ataque surpresa a Jerusalém e seus edificadores. Sambalate e o povo do norte, Tobias e o povo do oeste, Gesen e ao árabes no sul estão unidos contra Jerusalém. Quando olhamos para isto somos forçados admitir que Judá está diante de uma formidável batalha de inimigos: ela está cercada. Ela também está sem equipamento adequado para esta guerra. Se isto se tornar uma campanha militar, os judeus estão destruídos. O segundo método é pior que o primeiro, o escarnecimento: agora ele prepara uma oposição ativa, uma batalha repentina contra os edificadores.
Mas os edificadores não cessam seus trabalhos. O muro continua crescendo, as brechas estão sendo fechadas (percebam este detalhe em nosso texto), e lemos no verso 9: ler o verso todo. A primeira linha de defesa continua sendo a oração. Mas uma medida adicional é tomada. Colocam-se guardas, uma vigilância de 24 horas. Isto significa que os homens estavam ao redor da cidade dia e noite, para alertar os edificadores de alguma tropa que avançasse e para impedir algum ataque surpresa, o que resultaria em um terrível massacre.
Colocaram guardas. Isto parece sem sentido e sem nenhuma eficiência. O que estes homens de Judá e Jerusalém poderiam fazer? Eles não estavam aptos para lutar diante de um ataque, nem mesmo a cidade seria um refúgio, pois os muros não estavam seguros e os portões não estavam propriamente no lugar.
Não é uma surpresa que notamos outro desenvolvimento neste capítulo. Nos versos 10-12 nós lemos como o povo de Judá está começando a ficar desencorajado. Isto é o terceiro método do diabo: deixar o povo de Deus desencorajado, sentindo que o trabalho nunca terminará.
O primeiro desencorajamento é resultado do fato de que a força dos edificadores está se esgotando. Muitas horas de trabalho duro, sem nenhum tempo para descanso, isto é demais. E parece que não haverá um fim. Talvez partes da reedificação tenham ficado fracas, e eles tiveram de reedificar de novo. O trabalho puxa muito deles.
Além disto o inimigo está ficando mais e mais furioso. Eles espalham que haverá um ataque surpresa. Em algum momento eles atacarão os edificadores de uma forma inesperada e matarão a todos. O inimigo abertamente diz: nós organizaremos uma campanha para matar todos os edificadores deste muro.
Lemos que isto traz um desencorajamento sobre todos. No verso 12 lemos: ler o verso todo. Estes são os judeus que viviam próximo ou talvez entre os descrentes. Eles souberam de antemão as intenções dos inimigos. Eles sabem que não há escapatória se esta guerra começar. E eles são os mais vulneráveis, os primeiros que irão morrer. Em conseqüência disto, seus corações desfaleceram. Eles enviaram delegações a Jerusalém dez vezes. De uma forma constante e repetida! Todos os dias há um grupo de judeus que vem de outros lugares querendo falar com Neemias, pedindo a ele que pare a reedificação do muro. Estas pessoas estão realmente amedrontadas e desencorajadas.
Eu imagino que o clima dentro e ao redor de Jerusalém começou a ficar tenso. Os edificadores estão exaustos e talvez com pouca paciência. As pessoas ao redor estão fracas. Israel está desorganizado, perdeu sua coragem, e o coração de muitos não está mais nesta obra. Eles tem dado o seu melhor, mas o melhor ainda não é o bastante. Este é um momento clássico para o diabo trabalhar.
O diabo tem usado muitas estratégias: eles escarneceu do povo, levantou uma forte coalizão contra o povo, e agora está desencorajando o povo. E este último elemento do desencorajamento talvez seja o mais importante. Uma vez você crendo que alguma coisa não pode ser feita, você deixará as oportunidades passarem. Satanás gosta que acreditemos que existem mais obstáculos do que oportunidades. Tanto na vida da igreja como em nossas próprias vidas. Ele acentua diante de nós o negativo e bloqueia o positivo e rouba a nossa disposição e esperança. Sim, o primeiro objetivo de Satanás é nos fazer crer que tudo que fazemos é em vão.
Algumas vezes vemos isto ainda hoje, pessoas sinceras que gastaram muito tempo e energia para a edificação da igreja de Cristo, simplesmente se tornaram desencorajadas e desistiram. Há muitos obstáculos e não há quase oportunidades. Isto pode acontecer tanto com oficiais quanto com qualquer outro membro. Começamos a duvidar do poder da oração, pois temos orado e trabalhado, mas não aconteceu nada até agora. Ao invés de melhorarmos temos piorado. Então um sentimento de desespero se instala, e as pessoas se afastam.
A coisa que o diabo mais gosta de fazer é desencorajar você. É uma grande vitória para ele quando você desisti. Isto é verdade tanto em nossas batalhas pessoais como na vida da igreja. Começamos a ficar de lado das coisas. Nos tornamos espectadores, entretidos com os esforços dos outros. Estamos convencidos de que tudo isto é fútil. E começamos a agir com se estivéssemos dizendo: Senhor, deixe-me em paz. O mundo está cheio de pessoas desencorajadas. Mas isto deveria ser verdade na igreja de Cristo? Onde ele tem derramado o seu Espírito sobre o seu povo e nos dado a segurança de sua presença?
Ao mesmo tempo em que faz a oração, Neemias toma algumas medidas. Lemos sobre isto nas últimas partes do capítulo. Isto porque oração não exclui nossos esforços.
As medidas de Neemias são simples. Não há um plano genial, nenhuma estratégia de mestre. Ele coloca algumas pessoas atrás de certos locais do muro, os locais mais vulneráveis. Ele de fato faz por meio de famílias (verso 13: você notou isto?). Talvez a razão para isto é que as pessoas estariam dispostas a dar suas vidas pelas suas famílias.
No verso 14 lemos sobre Neemias fazendo uma supervisão. Ele inspeciona o novo regimento. Eu acho que o que ele fez não foi muito encorajador. Este regimento não estava muito adequado, parecia uma medida de última hora. Mas Neemias diz: ler o verso todo. Eles não podem ganhar, dá para ver isto. Toda esta defensiva é inadequada. Mas: lembre-se do Senhor. Este deve ser o rogo dos filhos de Deus em batalhas difíceis ou quase impossíveis de vencer. Pois ele é um Deus de grandes feitos. Creiam nisto. Pois para o Senhor não há situações sem esperança.
Lembre-se do Senhor! Ó! Como eu desejo que nós colocássemos estas palavras no coração todas as vezes em que nos encontrarmos diante de problemas. É tão fácil deixa-lo de fora da situação, quantas vezes não nos esquecemos dele nestes momentos? Se fizermos isto, então nossa obra na igreja não irá muito acima do nível humano, e estará fadada a cair e ser destruída. Lembrem-se do Senhor.
O inimigo aprendeu que seu plano de um ataque surpresa não acontecerá. Os judeus estão preparados e armados para lutar até o fim. Então eles cessaram seus esforços. Mas Neemias não vê isto como uma oportunidade para relaxar a vigilância. Lemos no verso 16: ler o começo do verso. Certamente que medidas foram tomadas. Seus homens foram divididos em dois grupos: um que trabalhava na obra e outro que ficava na guarda. Os oficiais estavam supervisionando para que ninguém deixasse o seu posto. Todos os que estavam carregando materiais tinham uma espada em sua mão. Os que precisavam de duas mãos para trabalhar ainda assim tinham uma espada ao seu lado. E Neemias tinha um homem com uma trombeta para que, sendo necessário, ao soar desta trombeta todos fossem proteger sua área. E de novo Neemias diz: o Senhor pelejará por vós (v. 20)
E outra medida foi tomada: ninguém poderia sair da cidade à noite. Realmente, lemos no final do capítulo como Neemias, seus irmãos e seus homens e guardas trabalharam incansavelmente. Eles não tinham tempo a perder, tudo o que faziam era com a espada na mão. Todos trabalharam igualmente.
Você conhece bem estas palavras: espada e colher de pedreiro. Uma espada para lutar e uma colher de pedreiro para edificar. Esta era a situação que Israel se encontrava. Sempre pronta para se defender, mas nunca pronta para cessar a obra de edificação, e tudo isto ela fazia com fé: olhando para o Senhor. A igreja pode algumas vezes estar com estes dois instrumentos, a espada e a colher de pedreiro. Vocês sabem um dos mais famosos pregadores da era moderna publicou uma revista com este nome: a espada e a colher de pedreiro. Com este título, Charles Spurgeon queria dizer que a fé deve ser protegida (a espada) e proclamada (a colher de pedreiro). Nós devemos sempre defender a verdade, falando para a edificação de todos.
Vivemos em uma era completamente diferente aqui no Brasil , não é verdade? Temos muitos privilégios como igreja e membros de igreja. Ninguém fisicamente nos ameaça. Mas o inimigo ainda está aqui. Mais perigoso talvez, invisível, sutil, e rondando nossa fé. Nós precisamos da defesa da oração. Devemos tomar as medidas necessárias, ser soldado contra os poderes espirituais do mal. São Paulo escreveu a Timóteo: sofre pois comigo as aflições como um bom soldado de Cristo, e ele adiciona: lembra-te de Jesus Cristo! Quase as mesmas palavras que Neemias falou para Israel, mas com a profundidade do novo testamento. Lembra-te de Jesus Cristo ressuscitado dentre os mortos. Não precisamos mais de espadas hoje, mas precisamos de toda a armadura de Deus. Lemos sobre isto em Efésios 6. para edificar a igreja precisamos estar em guarda, confiando no Senhor e usando as armas que ele tem dado.
Podemos ter muitos inimigos sobre a terra mas lembremos que temos um Senhor poderoso nos céus. Cristo tem, como disse Paulo aos Colossenses, destronado todo o poder e principado e autoridades. Ele os expôs publicamente, triunfando sobre eles na cruz. Eles o vituperaram, o maltrataram, o castigaram e o crucificaram, mas não o venceram. Lembre-se de Jesus Cristo: com um salvador como ele, como poderíamos cessar de trabalhar? Na fraqueza do povo de Deus o poder da cruz se torna evidente.
Continue trabalhando e edificando onde Deus colocou você, pois Cristo triunfou e nos assegurou que esta obra será concluída, também por meio de nossos esforços. Vamos, jovens e velhos, sejamos cheios de alegria quando Jesus nos chamar à sua batalha, uma batalha onde temos a certeza da vitória.
Amém.
Clarence Stam
O pastor Clarence Stam (1948-2016) foi um pregador renomado nas igrejas das Igrejas Reformadas do Canadá. Ele serviu como ministro em várias igrejas reformadas nos Países Baixos e no Canadá. Durante os últimos anos de sua vida, dedicou-se à escrita. Seus muitos livros tiveram um impacto significativo nas igrejas reformadas do Canadá e além.
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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.