Marcos 05.21-43

Leitura: Marcos 05.21-43
Texto: Marcos 05.21-43

Amada Congregação do Nosso Senhor Jesus Cristo:

Na última sermão dessa série, ouvimos sobre dois casos de pessoas que vieram a Jesus – a primeira era um homem endemoninhado, que veio a Jesus para confrontá-lo, desafiá-lo, implorá-lo para não ter nada a ver com ele. O segundo exemplo foi de um grupo de pessoas que vieram a Jesus com medo, implorando a Ele para deixá-las em paz. Elas tinham visto o poder de Jesus, tinham visto como Ele tinha autoridade para virar a sociedade de cabeça para baixo, e não queriam ter nada a ver com Ele.

Hoje vemos Jesus voltando a Israel, cruzando o mar para voltar à sua terra natal, à Palestina. E Marcos nos conta sobre mais duas pessoas vindo a Jesus – primeiro é Jairo, um dos líderes da sinagoga, que veio a Jesus, buscando cura para sua filha, que ficou desesperadamente doente. Então a história de Jairo é sua filha é interrompida pela história de uma mulher que sofria de um constante fluxo de sangue, uma mulher que também veio a Jesus em busca de cura. Então voltamos à história de Jairo e sua filha, e a história está completa.

A história da mulher com o fluxo de sangue sendo curado e a história da ressuscitação da filha morta de Jairo têm muito a nos dizer sobre o que significa vir a Jesus. Mais uma vez, somos confrontados com um desafio. A primeira coisa que vemos nesta passagem, como em toda a Escritura, é a mensagem de quem Deus é. Ele está no centro da sua Palavra, e como sempre a primeira pergunta que precisamos fazer ao ler esta passagem é esta: “O que esta passagem nos diz sobre o nosso Deus?” Mas a segunda coisa que somos chamados a fazer é pensar nas ações das pessoas na história. O que elas revelam sobre nós? O que elas revelam sobre o que devemos fazer, como devemos agir, quais devem ser nossas atitudes?

Um dos problemas da Igreja hoje é que os cristãos, incluindo aqueles que proclamam a mensagem do evangelho, não são claros quando comunicam essa mensagem. Muitas pessoas ouviram algo sobre o evangelho. Elas ouviram que precisam “vir a Jesus.” Por quê? Por que eu deveria ir a Jesus? O que o torna tão especial que preciso ir até Ele? E o que isso significa, afinal, “Venha a Jesus”? Venha a Ele como? Para quê? Quando? Onde?

Se não formos claros sobre o que significa “vir a Jesus,” se não entendemos por que é importante vir a Ele, o que significa e como podemos fazer isso, então nossa mensagem não é um claro anúncio do evangelho, e infelizmente isso aconteça com demasiada frequência. As pessoas pensam que entendem o evangelho; elas pensam que sabem o que significa ter fé. Mas quando isso acontece, muitas pessoas têm apenas uma vaga noção do que significa vir a Jesus com fé, quão importante é chegar a Ele, e como e por que devemos ir a Ele. Então, há muitas pessoas que têm uma noção muito errada do que significa ser cristão. E isso é perigoso, porque faz toda a diferença – a diferença entre a vida e a morte, entre a salvação e a danação.

Estamos voltando ao básico, porque nós, que estamos tão familiarizados com a mensagem do Evangelho, precisamos de lembretes constantes, e porque aqueles que podem ter alguma compreensão do Evangelho precisam crescer nesse entendimento. A primeira pergunta básica é esta: quem é Deus?

Nesta passagem, essa pergunta é respondida olhando para a pessoa de Jesus. A Bíblia nos diz que “nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Colossenses 2.9). Também sabemos que “este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Colossenses 1.15). E “ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou” (João 1.18).

Assim, podemos responder a essa pergunta: “Quem é Deus?” olhando para Jesus, Deus em carne humana, enviado pelo Pai para revelar de uma maneira que possamos entender, quem é Deus – como Ele é.

A primeira coisa que vemos é que Ele tem poder e autoridade. A mulher com o fluxo de sangue só tem que tocar sua vestimenta, a bainha de seu manto, a fim de ser curada de uma doença com a qual uma multidão de médicos não pôde fazer nada. Seu poder emanava dele; sua autoridade sobre a criação se mostrou de uma maneira incrível. Ele poderia curar uma doença terrível, mesmo sem considerar isso, apenas em virtude de quem Ele era.

E vemos essa autoridade de uma maneira até maior quando Jesus lida com a filha de Jairo. Ele não apenas tem autoridade sobre as doenças, mesmo sobre as piores e mais crônicas doenças. Ele até mesmo tem autoridade sobre a própria morte! A morte da jovem não era barreira para Ele; Ele até diz que a menina está apenas “dormindo” – e como um pai amoroso tentando acordar uma criança adormecida, “Tomando-a pela mão, disse: Talitá cumi! que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te!” (v.41). Não há demora. Não há ritual ou fórmula. Imediatamente ela fica de pé. Sua vida foi devolvida a ela. A morte foi vencida. Esse é o poder do nosso Deus em ação, da melhor maneira imaginável.

Assim, vemos que o nosso Deus tem poder e autoridade – Ele é o Criador, e Ele pode fazer o que Ele quer com os seres que Ele criou. Mas também vemos que Ele usa esse poder e autoridade de maneira amorosa e compassiva. A mulher com o fluxo de sangue era imunda, e ela ficou impura por muitos anos. Como muitas das pessoas que já encontramos no evangelho de Marcos, ela teria sido uma pária, alguém forçada a viver à margem de sua comunidade. Seu caso se encaixou na lei registrada para nós em Levítico 15:

“Também a mulher, quando manar fluxo do seu sangue, por muitos dias fora do tempo da sua menstruação ou quando tiver fluxo do sangue por mais tempo do que o costumado, todos os dias do fluxo será imunda, como nos dias da sua menstruação. Toda cama sobre que se deitar durante os dias do seu fluxo ser-lhe-á como a cama da sua menstruação; e toda coisa sobre que se assentar será imunda, conforme a impureza da sua menstruação. Quem tocar estas será imundo; portanto, lavará as suas vestes, banhar-se-á em água e será imundo até à tarde” (Levítico 15.25-27).

Ela era outra das pessoas excluídas da sociedade judaica – uma mulher marginalizada que não tinha permissão para fazer tantas coisas que eram tão importantes – ela não podia ir ao templo para adorar a Deus e encontrar-se com seu povo. Ela não poderia ter uma família. Parecia que ela nunca saberia o que seria ser mãe, algo tão importante para as mulheres judias no tempo de Jesus, algo que deveria ser tão importante para as mulheres hoje. Ela não deveria estar lá naquela multidão de pessoas que estavam pressionando a Jesus, porque cada pessoa que ela tocava ficava impura simplesmente por causa daquele toque. Se as pessoas na multidão soubessem de sua doença, a multidão teria partido como o Mar Vermelho para deixá-la passar, porque ninguém queria ser impuro!

Mas Jesus tem compaixão desta mulher. Quando ela cai diante dele, temendo tanto, tremendo, e diz a Ele quem ela é, qual é sua doença e o que ela fez, Ele se dirige a ela da maneira mais compassiva, chamando-a de sua filha. Ele diz a ela que sua fé a fez bem, para ir em paz, e Ele lhe deu a maior garantia de que sua doença havia sido curada de uma vez por todas.

Este é o amor de Deus. Esta é a obra restauradora do nosso Deus; Ele tem o poder de restaurar a plenitude da vida e tem a disposição de fazer isso também.

E essa disposição, esse amor e compaixão, brilham ainda mais claramente na história da filha de Jairo. No momento da interrupção, quando a mulher com o fluxo de sangue e a multidão interromperam o progresso de Jesus, a menina sucumbiu à sua doença e sua vida lhe foi tirada. Mas este obstáculo, ou pelo menos para os olhos humanos parecia um obstáculo, e um obstáculo que seria impossível superar – este obstáculo foi uma oportunidade para Deus: não apenas para mostrar seu poder, mas para mostrar seu amor e misericórdia também.

Mais uma vez, o conceito de impureza entra em jogo. O contato com um cadáver tornou a pessoa impura. Mas Jesus entra no quarto onde a moça estava, morta. Ele se inclina, estende a mão, pega a menina pela mão e fala com ternura e compaixão. Ele havia se dirigido à mulher como sua filha, conhecendo sua fé. Agora Ele dirige-se à filha de Jairo também com terms carinhosos: “Menina, eu teu mando, levanta-te!”

E ela se levanta, “então, ficaram todos sobremaneira admirados.” Mas a preocupação de Jesus por ela não termina aí. As pessoas ficam admiradas, mas Jesus foca em coisas práticas. Ele se lembra das necessidades físicas da menina. Ele lembra que ela precisa comer. Então, em seu amor por essa menina, Ele lhes diz para dar algo para ela comer.

Assim, em Jesus, vemos o poder de Deus e vemos o amor de Deus – sua compaixão pelos necessitados. Se precisarmos de motivação para conhecer melhor a Deus, conhecer a Jesus, essa história deve fornecê-la. Jesus nos mostra que Ele tem o poder de salvar, e nos mostra que Ele tem a disposição de salvar.

Mas o que podemos aprender do lado humano da história? O que podemos aprender da mulher com o fluxo de sangue, ou de Jairo?

Primeiro vamos pensar em Jairo. Ele era governante da sinagoga de Cafarnaum, onde Jesus morava. Ele era um homem de influência na comunidade e tinha uma posição de proeminência na sociedade. Mas ele vem a Jesus, confiando que Jesus pode ajudá-lo, e ele vem humildemente, se ajoelhando diante de Jesus, implorando e Ele que faça sua filha bem.

Se alguém em Cafarnaum tivesse permanecido distante, separado de Jesus, teria sido Jairo. Como um dos líderes da sinagoga, Jairo provavelmente achava que deveria permanecer neutro quando se tratava da questão de Jesus – deixe os outros se envolverem e ver o que acontece, é provavelmente o que Jairo havia pensado até agora. Mas agora ele tem uma necessidade – e é uma necessidade imensa. Sua filha está quase morta, e ele sabe que Jesus pode ajudar. Ele confia em Jesus. E em sua confiança, em seu desespero, ele se humilha diante da multidão. Ele não se importa com o que os outros pensam. Ele não se importa com sua posição, sua reputação, sua posição na comunidade. Tudo o que Jairo se preocupa é conseguir a ajuda que ele precisa desesperadamente. E então ele faz o que for preciso para obtê-lo.

Mas agora vem o atraso. E Jairo deve ter ficado muito impaciente. Mas ele fica com Jesus. E então vem a notícia horrível – sua filha morreu. Eles estão muito atrasados. De uma perspectiva terrena, não há nada a ser feito. Mas Jesus diz a ele para não temer. “Crê somente,” diz Ele. E é claro que Jairo crê. Ele leva Jesus e seus seguidores mais próximos à sua casa, e conhecemos o que aconteceu.

Isso é Jairo. Agora a mulher. O que podemos aprender dela? Bem, assim como Jairo, ela está desesperada. Ela sabe sua necessidade. Ela sabe que nenhum ser humano pode ajudá-la – ela tentou de tudo e nada funcionou. O esforço humano só piorou as coisas em vez de melhorar. Mas ela sabe que Jesus pode ajudar, e como Jairo, ela está disposta a fazer o que for preciso para conseguir a ajuda que precisa. Ela quebra todos os tabus, todas as restrições, atravessa a multidão, esperando que ninguém a reconheça e a denuncie, apenas para que ela possa tocar a roupa do Mestre.

Ela acredita. Ela confia. Ela sabe exatamente do que precisa e vem a Jesus porque sabe que Ele pode providenciá-lo. Ela está com vergonha. Ela está com medo. Quando ela é descoberta, assim como Jairo, ela cai em humilhação no chão diante de Jesus. E ela faz uma confissão completa de quem ela é e do que ela fez. Então ela ouve as palavras de consolo de Jesus, e ela procede – restaurada, recebendo a nova vida de uma forma tão impressionante quanto a maneira pela qual a filha de Jairo recebera a restauração literal de sua vida.

Então, vemos o que significa vir a Jesus quando olhamos para Jairo e a mulher. Isso significa perceber nossa necessidade. A mulher conhecia a sua impureza. Ela sabia que estava separada do povo de Deus, do próprio Deus, de uma maneira tão importante. Ela sabia por experiência que nada mais e ninguém mais poderia fornecer o que ela precisava. E ela vai para Jesus.

Jairo sabia de sua necessidade. Ele precisava que Jesus desse a cura no princípio mas no fim a vida em si. Ele sabia que Jesus poderia curar, e descobriu que Jesus poderia fornecer a cura definitiva – Ele poderia dar a vida. Ele poderia fazer algo que nenhum ser humano poderia fazer; Ele poderia vencer a morte. Ele poderia derrubar os resultados da maldição, os resultados da queda da humanidade no pecado.

A mulher e Jairo também vieram em desespero. Eles sabiam de sua necessidade e estavam desesperados para ter essa necessidade resolvida. Eles sabiam que não havia outro lugar para ir. Eles sabiam que tinham apenas um caminho de resgate, de libertação. E eles sabiam que a resposta para a situação desesperada só pode ser encontrada em Jesus.

E eles vieram em humildade. Eles perceberam que não tinham nada a oferecer. Eles perceberam que precisavam se humilhar diante de Jesus, mesmo que não percebessem completamente quem Ele era. Ambos caíram diante dele, mostrando a postura mais humilde imaginável. Eles podem não ter sabido que Jesus era o Filho de Deus, Deus em carne humana, o Todo-Poderoso, mas eles sabiam que eles estavam na presença da grandeza, a que em comparação com aquela grandeza, eles só eram dignos de rastejar na poeira aos seus pés.

Então, como devemos ir a Jesus? Devemos ir a Ele conhecendo nossa necessidade. Devemos ir a Ele em desespero, conhecendo a profundidade de nossa necessidade e sabendo que não há outra resposta para nossos problemas. E devemos chegar a Ele humildemente, sabendo que estamos na presença da grandeza, sabendo que não somos nada em comparação a Ele. Devemos chegar a Ele, não estando em julgamento sobre Ele, não avaliando-o como se fôssemos de algum modo superiores a Ele, mas sabendo e crendo que Ele é grande e digno de adoração.

E devemos ir em fé. Fé significa confiança. E devemos nunca esquecer que a fé real inclui ação. A mulher cronicamente doente teve que se esforçar seriamente para chegar a Jesus. Ela teve que assumir riscos. No final, ela teve que fazer uma confissão pública que poderia ter sido muito humilhante para ela. Jairo teve que arriscar sua reputação e se humilhar. Ele teve que se aproximar de Jesus e segui-lo. A fé dessas duas pessoas não era apenas elas dizendo, “Eu creio em Jesus,” ou ainda mais vagamente, “Eu creio em Deus,” o que quer que essas declarações possam significar, se alguma coisa. Sua fé era ativa e obediente, e especialmente no caso da mulher, essa fé ficou clara pela maneira como elas falavam.

Mas a última pergunta que precisamos responder é: “Por quê?” Por que vir a Jesus em primeiro lugar? Infelizmente, o que acontece é que muitas pessoas usam mal essas histórias nos evangelhos e, ao fazer isso, confundem totalmente as pessoas sobre qual é a verdadeira mensagem do evangelho. A mulher foi curada de uma doença crônica, dolorosa, cara e duradoura que causou grande transtorno e constrangimento a ela. Jairo teve sua filha restaurada para ele. Isso é verdade. Mas a mensagem para nós hoje não é: “Venha a Jesus e Ele satisfará suas necessidades. Venha a Jesus e Ele levará sua doença. Venha a Jesus, e Ele vai restaurar sua família para você. Venha a Jesus, e Ele fará você se sentir bem consigo mesmo, Ele lhe dará o que você quer.” Isso é um mal-entendido da mensagem do evangelho, e é muito comum.

O que precisamos é de salvação, e é para isso que esse milagres apontam. O que Jairo realmente disse a Jesus no versículo 23 foi este: “Vem e impõe suas mãos sobre ela, para que ela seja salva e viva.” E o que a mulher diz para si mesma em versículo 28 é, na verdade, “Se eu tocar as suas vestes, serei salvo.” E Jesus diz isso à mulher, em versículo 35: “Filha, a tudo fé te salvou,” ou “A tua fé te libertou.”

Havia muitas pessoas em Israel durante o ministério de Jesus que nunca foram curadas de suas doenças físicas. Havia muitas pessoas que morreram em Israel durante a vida terrena de Jesus. Aos olhos de muitos que pregam alguma visão distorcida do evangelho hoje, podemos apenas supor que essas pessoas estavam perdendo o que Jesus realmente tinha para dar. Mas isso está perdendo completamente o ponto! Jesus não veio a Israel para trabalhar como médico de tempo integral, salvando as vidas físicas de todo mundo. Esse não era o objetivo do seu ministério. A cura da mulher e a ressuscitação da filha de Jairo apontavam para algo muito maior, algo muito mais importante e muito mais radical do que uma missão de cura física.

Ele veio para trazer o Reino de Deus. Ele veio para salvar pessoas – não de doenças, nem da morte física, mas do pecado e seus efeitos. As curas e ressurreições não eram fins em si mesmas; eram sinalizadores para algo muito maior – a nova criação, a invasão do Reino de Deus no mundo. E à luz disso, dizer às pessoas que você deveria vir a Jesus porque Ele te fará feliz é uma distorção triste e realmente horrível das boas novas. Limitar o trabalho de Jesus à cura de doenças físicas é perder o sentido do ministério de Jesus – a vida, a morte, e a ressurreição do Salvador.

Então, por que somos chamados a vir a Jesus? Simplesmente, devemos ir a Ele para receber a vida! A vida da mulher é um exemplo gráfico dos efeitos do pecado que afetam muito nossas vidas. Ela foi separada do povo de Deus. Além de Cristo, estamos separados da bela comunhão que o povo de Deus desfruta nele. Ela estava impura. Além da obra purificadora de Cristo, ao levar nossos pecados sobre si, somos impuros. Em nós mesmos, sem estarmos unidos a Cristo pela fé, não temos lugar entre o povo de Deus, e não temos o direito de entrar na presença de Deus. Além da nossa união com Cristo, não podemos ir ao Deus todo-poderoso e todo-misericordioso do universo e chamá-lo de nosso Pai. Além de Cristo, não temos nenhum relacionamento com Ele.

E a morte da filha de Jairo, com apenas 12 anos de idade, poderia ter terminada como mais um lembrete trágico do efeito do pecado. A Bíblia nos diz que o pecado entrou no mundo por um homem, Adão, e a morte pelo pecado, e assim a morte chegou a todos os homens, porque todos pecaram (Romanos 5.12). Nós chegamos a Ele para que Ele vença a morte em nós. Ele derruba a maldição. Ele tira o medo que a morte traz para as pessoas que não vieram a Ele. Ele tira o ferrão da morte. Ele a derrota.

Ele muda nosso relacionamento com a morte. A filha de Jairo, e Lázaro, e o filho da viúva de Naim, todos receberam uma segunda oportunidade na vida por causa da obra salvadora de Jesus. Mas todos teriam que enfrentar a morte novamente. Todos nós vamos morrer também, mais cedo ou mais tarde. Mas, tendo chegado a Jesus, tendo confiado nele, tendo enfrentado nossa própria impotência e tendo percebido nossa própria necessidade e abandonado qualquer outra suposta solução para nosso maior problema, nossa morte é uma passagem de uma vida breve, dolorosa e danificada pelo pecado para uma vida infinita e eterna na presença de Deus.

Irmãos, podemos ter ouvido essa mensagem milhares de vezes, ou esta pode ser a primeira vez que está ouvindo. Mas se esta notícia não é realmente nova para você, ou se é algo que nunca ouve antes, precisa responder a ela. Não podemos deixar essa mensagem nos deixar inalterados. Esta não é uma mensagem que podemos ouvir sem dar a nossa resposta. Se não dissermos “sim” a esta mensagem, estaremos rejeitando-a. Se não permitirmos que essa mensagem nos transforme, nos leve à fé, estamos rejeitando a vida, o único caminho para a vida, a única vida real.

Esta não é uma mensagem que podemos ignorar. É um chamado que exige uma resposta – uma resposta de fé, de confiança. E isso significa que também exige uma resposta de obediência. Significa que temos que rejeitar qualquer coisa que possa atrapalhar um relacionamento vivo com Jesus. Significa amar a Jesus, não apenas em palavras, mas também em ações. Significa procurar viver uma vida santa, fortalecida pelo Espírito Santo, que está presente com o povo de Deus de uma maneira real, como Jesus esteve presente durante o seu ministério terreno.

Jesus disse essas palavras para Jairo: “Não temas, crê somente.” Hoje, através da sua Palavra, Ele nos chama para fazer o mesmo. Não temas. Não deixe dúvidas atrapalharem. Não deixe sua velha vida e as más escolhas que você fez e o comportamento pecaminoso que é tão enganador atrapalhe. Não deixe as preocupações do mundo, ou sua reputação, ou o que outras pessoas possam pensar de você atrapalhe. Não temas. Crê somente.

Amém.

Voltar ao topo

Jim Witteveen

Pr. Jim Witteveen é ministro da Palavra servindo como missionário da Igreja Reformada em Aldergrove (Canadá) em cooperação com as Igrejas Reformadas do Brasil. Atualmente é diretor e professor no Instituto João Calvino.

© Toda a Escritura. Website: todaescritura.org.Todos os direitos reservados.

Este curso é gratuito. Por isso, apreciamos saber quantas pessoas estão acessando cada conteúdo e se o conteúdo serviu para sua edificação. Por favor, vá até o final dessa página e deixe o seu comentário.

* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.