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Juízes 01.01 – 02.05

Leitura: Juízes 01.01 – 02.05
Texto: Juízes 01.01 – 02.05

Amada Congregação do Nosso Senhor Jesus Cristo:

Quando abrimos o livros de Juízes, chegamos a um dos livros mais controversos, incompreendidos e mal interpretados de toda a Bíblia. Para muitos leitores da Bíblia hoje, parece haver pouco mais neste livro do que uma coleção de histórias que podemos usar como exemplos, heróis que podemos imitar, malvados que não podemos…

Na verdade, muitos cristãos estão realmente constrangidos pela presença deste livro no cânon das Escrituras. Aqui lemos que Deus ordenou ao Seu povo destruir nações e culturas inteiras. Encontramos a “guerra santa” em ação – cidades inteiras sendo queimadas, todos os seus habitantes mortos, guerras e destruição que a Bíblia diz foram sancionadas por Deus.

O que podemos dizer sobre esse livro? “Bem, foi o Antigo Testamento, agora as coisas são diferentes”?

Há histórias neste livro que são essenciais para livros de histórias Bíblicas e lições da escola dominical para crianças. Ainda me lembro de algumas delas da minhas aulas de primeiro grau – a história de Eúde matando Eglom, o gordo rei, um excelente exemplo de humor negro na Bíblia; a história de Gideão e seus trezentos soldados, derrotando os midianitas – uma história de incrível bravura e heroísmo, o rapaz que venceu por causa de sua fé.

Então, claro, há as histórias de Sansão – provavelmente o mais conhecido dos juizes – a história de Sansão arrancando os portões das muralhas de uma cidade, levando-os até uma colina e deixando-os lá, que parece a brincadeira mais difícil na história. A história de Sansão matando o leão, inventando um enigma sobre ele. O relacionamento trágico entre Sansão e Dalila. Sansão matando mais de seus inimigos em sua morte do que durante sua vida. Para um menino, o livro de Juízes é como os livros de aventuras mais incríveis, e violentos – pessoas sendo mortas por terem pregos de tenda marteladas em suas cabeças, e muito mais.

Algumas das histórias são horríveis. Os últimos capítulos de Juízes descrevem algumas das histórias mais horríveis imagináveis. Algumas das histórias parecem impossíveis de entender – como a história de Jefté oferecendo sua filha como sacrifício. Alguns dos personagens são misteriosos – como a única frase escrita sobre o juiz Sangar, que matou 600 filisteus com uma aguilhada de bois.

Por isso, pode ser difícil saber o que fazer com juízes. Certamente não é um livro politicamente correto. Há muitas coisas neste livro, mas não parece haver muita tolerância, multiculturalismo ou respeito pelos direitos e liberdades individuais, ou qualquer outro dos valores que nossa sociedade valoriza. Então, o que fazemos com o livro de Juízes?

Primeiro de tudo, precisamos nos lembrar de que esta é a história de Deus. Em cada livro da Bíblia, em todos os versículos, em todas as histórias, a primeira pergunta que precisamos fazer é: O que Deus está dizendo sobre Si mesmo aqui? É a história da obra de Deus na história, que é a história da salvação, a história da redenção. E assim também é a história do povo de Deus, especialmente como Deus se relaciona com o Seu povo e como o povo de Deus serve ou deixa de servi-lo. E, finalmente, o próprio Jesus Cristo nos deu a chave para interpretar o livro de Juízes, e todos os outros livros do Antigo Testamento, quando ele apareceu aos discípulos no caminho para Emaús, depois da sua ressurreição – “E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.”

Porque o livro de Juízes aponta para ele. Este livro mostra o quanto o povo de Deus precisa de um Salvador. Aponta para Ele em tipos e sombras – em figuras que nos mostram como Cristo é, ou em figuras que nos mostram exatamente o oposto. Os próprios júizes são tipos de Cristo, imagens do Salvador que viria; em sua vida e obras, sendo ungidos pelo Espírito Santo para libertar o povo de Deus, derrotando os inimigos de Dues e, em alguns casos, morrendo por causa de seu povo, todos apontam para Cristo.

Mas eles também apontam para a natureza provisória da Antiga Aliança, o fato de que a Antiga Aliança sempre foi destinada a abrir o caminho para a Nova – esses salvadores da Antiga Aliança nunca poderiam oferecer uma libertação completa do povo de Deus, porque eles eram meramente humanos. Eles nunca poderiam resolver o problema mais sério da humanidade, porque eles eram pecadores – e no caso de alguns dos juízes esse fato se torna especialmente óbvio. Mas ainda assim, ao longo do livro de Juízes, vemos Cristo.

Assim, o livro de Juízes não é um livro que seria melhor ignorar, ou usar apenas como uma fonte de histórias que podemos contar aos nossos filhos. Em Juízes, temos uma das imagens mais claras de nossa necessidade de um perfeito Salvador, da pecaminosidade humana e do julgamento e misericórdia de Deus. Quando estudamos Juízes, quando consideramos a história de Israel, desde o momento em que eles entraram na terra de Canaã até a chegada do primeiro rei, estamos lendo nossa história, a história da Igreja, a história do povo de Deus. É uma história triste. Muitas vezes é uma história difícil, e com certeza contém alguns elementos muito estranhos que podem ser difíceis de entender. Mas é uma história verdadeira, real, que é tão significativa para o povo de Deus no século 21 quanto era três mil anos atrás.

A história de Juízes começa bem. O povo de Israel entrou na terra de Canaã, a terra que o SENHOR havia prometida a seu pai Abraão, e eles concluíram a conquista inicial da terra. A cidade de Jericó caiu de forma milagrosa. As primeiras vitórias haviam sido ganhadas, e o que restava para Israel foi, na verdade, uma operação prolongada de concluir esse trabalho inicial. O Senhor lhes deu uma ordem muito clara, em Deuteronômio 7.1-6:

“Quando o SENHOR, teu Deus, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lançado muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o SENHOR, teu Deus, as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós outros e depressa vos destruiria. Porém assim lhes fareis: derribareis os seus altares, quebrareis as suas colunas, cortareis os seus postes-ídolos e queimareis as suas imagens de escultura. Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra.”

Não deveria haver compromisso. A terra de Canaã era a terra da promessa, a terra que o SENHOR reservou para seu povo especial. E esse povo da aliança foi chamado para ser o instrumento escolhido por Deus para purificar a terra de Canaã, porque, como Deus disse, a iniquidade dos amorreus, o povo de Canaã, estava completa; a paciência do Senhor chegou ao fim. Através do Seu povo, Ele derramaria Sua justa ira sobre essas pessoas que O haviam rejeitado.

Muitas vezes nos livros de Moisés, o Senhor deu ordens ao Seu povo, começando com esta frase: Quando vocês entrarem na terra de Canaã, a qual eu vos dou por possessão…”, detalhando como Israel tinha que ficar diferente, distinto, santo ao Senhor, separado do mundo. Uma e outra vez o Senhor os advertira contra o compromisso. Eles deveriam ficar firmes:

“Porei os teus limites desde o mar Vermelho até ao mar dos filisteus e desde o deserto até ao Eufrates; porque darei nas tuas mãos os moradores da terra, para que os lances de diante de ti. Não farás aliança nenhuma com eles, nem com os seus deuses. Eles não habitarão na tua terra, para que te não façam pecar contra mim; se servires aos seus deuses, isso te será cilada” (Êxodo 23.31-33).

Não haveria acomodação. Nem misericórdia. Porque o Senhor sabia o que aconteceria se Seu povo não obedecesse completamente – eles seriam arrastados para baixo, afastados dele. Porque o pecado era atraente; os deuses e deusas da fertilidade de Canaã, a adoração que era tão sensual e atraente para a carne, o culto e a cerimônia da religião cananéia seriam tão atraentes para a natureza pecaminosa que cada Israelita tinha que lutar. Por isso, teve que ser removido completamente, de modo que nenhum impedimento, nenhum obstáculo atrapalharia o relacionamento pactual entre Israel e o único e verdadeiro Deus.

E como mencionei anteriormente, tudo parecia começar bem. O povo busca a vontade do Senhor para aprender quem subirá primeiro para lutar contra os cananeus, e Judá e Simeão se unem para batalhar contra os cananeus e os perizeus. Eles os derrotam profundamente, capturam Jerusalém e a queimam, derrotam os gigantes em Hebrom. E então eles capturam um lugar chamado Debir, que antes era conhecida como Kiriate-Sefer. E os nomes deste lugar têm alguma importância – porque “Debir” significa “palavra,” e Kiriate-Sefer significa “Cidade dos Documentos.” Este era um lugar que tinha uma biblioteca ou arquivo oficial – então os israelitas estavam sendo fiéis, removendo todos os remanescentes da cultura cananéia da terra.

Mas então há um ponto de viragem. Eles capturam três das cidades dos filisteus – a Gaza, a Asquelom e a Ecrom. Não é mencionado no texto, mas existem cinco cidades dos filisteus – as duas outras cidades não são mencionadas, porque parece que elas não foram capturadas. E então, em versículo 19, a situação piora. Embora Judá fosse capaz de tomar posse da região montanhosa, eles não podiam expulsar os habitantes dos vales do rio, porque essas pessoas tinham tecnologia militar superior – carros de ferro.

E o autor deixa claro que não foi a superioridade tecnológica dos cananeus que foi a causa central do fracasso de Judá – há um claro contraste entre a primeira parte do versículo 19 e a segunda parte – Esteve o Senhor com Judá, ele escreve, e este despovoou as montanhas. Foi a vitória do Senhor, e a queda de Jericó, por milagrosa que foi, forneceu evidências claras de que nenhuma tecnologia superior poderia permanecer no caminho de Israel se ela permanecesse fiel. O problema era a fé, ou a falta de fé. Essa seria a única razão pela qual o povo de Israel poderia falhar. Josué havia deixado isso muito claro para o povo quando tiveram suas dúvidas, quando entraram pela primeira vez na terra:

“Então, disseram os filhos de José: A região montanhosa não nos basta; e todos os cananeus que habitam na terra do vale têm carros de ferro, tanto os que estão em Bete-Seã e suas vilas como os que estão no vale de Jezreel. Falou Josué à casa de José, a Efraim e a Manassés, dizendo: Tu és povo numeroso e forte; não terás uma sorte apenas; porém a região montanhosa será tua. Ainda que é bosque, cortá-lo-ás, e até às suas extremidades será todo teu; porque expulsarás os cananeus, ainda que possuem carros de ferro e são fortes” (Josué 17.16-18).

A razão para o fracasso de Judá fica ainda mais clara no último discurso de Josué ao povo, em Josué 23:

“O SENHOR, vosso Deus, as afastará de vós e as expulsará de vossa presença; e vós possuireis a sua terra, como o SENHOR, vosso Deus, vos prometeu… o SENHOR expulsou de diante de vós grandes e fortes nações; e, quanto a vós outros, ninguém vos resistiu até ao dia de hoje. Um só homem dentre vós perseguirá mil, pois o SENHOR, vosso Deus, é quem peleja por vós, como já vos prometeu. Portanto, empenhai-vos em guardar a vossa alma, para amardes o SENHOR, vosso Deus. Porque, se dele vos desviardes e vos apegardes ao restante destas nações ainda em vosso meio, e com elas vos aparentardes, e com elas vos misturardes, e elas convosco, sabei, certamente, que o SENHOR, vosso Deus, não expulsará mais estas nações de vossa presença, mas vos serão por laço e rede, e açoite às vossas ilhargas, e espinhos aos vossos olhos, até que pereçais nesta boa terra que vos deu o SENHOR, vosso Deus.”

O SENHOR fez milagres incríveis, e continuaria se o seu povo continuasse a confiar nele. Mas mesmo Judá, a tribo real, a tribo que havia começado tão bem, não pôde permanecer nesse caminho de obediência fiel e confiante.

E quanto as outras tribos – a situação ficou até pior. Benjamim não pode expulsar os jebuseus de Jerusalém, então eles acabam morando entre os benjamitas, até o tempo em que o livro de Juízes foi escrito, provavelmente por Samuel. A casa de José vai contra Betel, um lugar tão importante na vida de seu pai Jacó – e suas táticas deixam claro que eles não estão sendo fiéis também. É como uma reversão da história de Raabe em Jericó. O traidor de Betel, diferente de Raabe, nunca professa fé, mas os filhos de José fazem uma aliança com ele de qualquer maneira. Eles capturam a cidade, mas esse traidor passa a montar o mesmo tipo de cidade num lugar diferente. Em vez de destruir os iníquos, os filhos de José simplesmente os levam para outro lugar. A perversa e ímpia cultura cananéia é autorizada a continuar, quando a cidade de Luz pode retornar em outra forma.

Então Manassés e Efraim não expulsam os habitantes das aldeias que deveriam conquistar. Mesmo quando ficaram fortes, não seguiram as ordens do Senhor – em vez disso, usaram os cananeus como trabalhadores forçados, o que envolvia fazer um pacto com eles, que o Senhor proibira expressamente. Zebulon faz o mesmo. Aser faz o mesmo, mas aqui as coisas ficam ainda piores. Para Manassés, Efraim e Zebulão, vemos que os cananeus habitavam entre eles. Mas quando chegamos a Aser, vemos que foram eles que habitaram no meio dos cananeus!

Em vez de conquistar, era como se eles se tornassem hóspedes na terra, enquanto os cananeus mantinham o controle. Naftali contentou-se em viver entre os cananeus também – eles não expulsaram os habitantes de Bete-Semes ou Bete-Anate, e novamente, os nomes desses lugares mostra sua importância simbólica – Casa do Sol, e Casa da Deusa da Fertilidade. Se qualquer cidade cananciea fosse destruída, deveria ter sido esses dois centros de idolatria, centros da religião falsa Mas em vez de destruir totalmente esses lugares iníquos, Israel se contentou em deixar seu povo continuar em seu pecado.

Então aprendemos o que aconteceu com a tribo de Dã – eles nem conseguem sair da região das montanhas – os amorreus os mantêm longe do vale, e eles continuaram a viver nas montanhas de Heres. Essas montanhas tem um lugar importante na história de Israel – porque foi onde Josué derrotou os amorreus no dia em que Deus parou o movimento do sol. É irônico – o lugar onde o Senhor tinha feito uma das suas maravilhas mais impressionantes para derrotar os inimigos do seu povo tornou-se um lugar que seu povo não poderia nem mesmo recuperar de seus inimigos. Dã era tão fraco diante dos amorreus que os amorreus tinham até seu próprio território dentro do território deles – com suas próprias fronteiras claramente definidas.

Então o povo passou de um grau de compromisso para outro – de não cumprir completamente os mandamentos de Deus, permitir que os cananeus habitassem entre eles, ser forçado a habitar entre os cananeus, fazer alianças e acordos com essas pessoas, contra o mandamento expresso de Deus, e finalmente, ter os cananeus morando em seu meio em seu próprio território pessoal. O primeiro capítulo de Juízes relata uma queda trágica – esse novo começo, cheio de promessas, cheio de esperança, cheio de bênçãos incontáveis – tudo no alcance do povo de Deus. Mas um novo começo, um novo Gênesis, seguido por uma nova queda,ecoando a queda de nossos primeiros pais no jardim.

E nos primeiros versículos de Juízes 2, o novo começo e a queda no pecado e na desobedienca é seguido pelo pronunciamento do julgamento de Deus. O anjo do Senhor, o mensageiro do Senhor, aparece ao povo a anunica as consequências de sua infidelidade. Ele lembra ao povo o que o Senhor fez, da fidelidade do Senhor, das promessas seguras do Senhor. Ele lembra-lhes do mandamento do Senhor – não faças nenhuma aliança com os habitantes da terra, e purifiquem a terra de sua idolatria e blasfêmia. E então a palavra de julgamento: o Senhor não expulsaria os cananeus da terra. Eles se tornariam espinhos em seus lados; seus ídolos se tornariam uma armadilha para eles.

E o povo chorou. Parece que seu arrependimento foi sincero. Eles perceberam seu pecado, fizeram sacrifícios ao Senhor, e comemoraram esse event chamado o lugar de Boquim, que significa “choro.”

No final, o que vemos é um povo que não pode permanecer fiel. Vemos um povo que não pode ganhar nenhum favor do Senhor. Vemos um povo que se recusou a confiar no Deus Todo-Poderoso, apesar de muitas demonstrações impressionantes que Ele fez do seu poder e da sua disposição e prontidão para lutar em nome do seu povo. E vemos o julgamento de Deus. Vemos Deus lembrando suas promessas, e suas ameaças. Em última análise, o que aprendemos aqui é que se algo de bom acontecer a esse povo no futuro, será somente por causa da graça de Deus.

Eles não mereciam nada. Eles falharam em sua missão, apesar da presença de Deus com eles. Se eles tivessem confiado. Se eles tivessem acreditado. Se ao menos eles tivessem vivido à luz da graça de Deus e o tivessem amado o suficiente para não comprometer-se com os cananeus. Mas sua falta de fé, sua falta de amor pelo Senhor, sua recusa em permanecer santo, separado do mundo ímpio, levaria à sua queda.

Irmãos, há uma mensagem importante para nós aqui neste primeiro capítulo de Juízes. Não é que somos chamados a entrar numa guerra santa física com nossos vizinhos incrédulos – nossa batalha não é contra carne e sangue, não é uma guerra de conquista de uma pequena nação no Oriente Médio. Nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes (Efésios 6.12).

O povo de Israel recebeu sua herança. Em princípio, era deles. Mas eles teriam que lutar para recebê-la plenamente. O trabalho deles era concluir o trabalho que já havia sido feito. A terra era deles, a vitória era deles, se eles confiassem no Senhor. Para nós, vivendo como vivemos depois da vitória de Jesus Cristo, nossa tarefa é a mesma – não lutar por uma terra física como Canaã, mas lutar contra o pecado, e Satanás, e todo o seu domínio, sabendo que a vitória final já foi ganha.

Não existe espaço para soluções conciliatórias nessa batalha contra o maligno. A batalha pertence ao Senhor, e não se enganem, estamos envolvidos numa batalha, cada um de nós pessoalmente, e todos juntos como a igreja de Deus. O fracasso de Israel em tomar a terra que lhes fora dada, em fé, permanece uma advertência para nós – como o autor de Hebreus diz em Hebreus 10.38-39:

“O meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma.”

Finalmente, mesmo neste período mais sombrio da história do povo de Deus, vemos Deus, poderoso, forte e disposto a salvar e incrivelmente gracioso. Não somos diferentes, inerentemente, daquelas pessoas que se afastaram de seus inimigos cananeus; seja o que for que recebemos de Deus, nós a recebemos apesar do fato de que merecemos exatamente o oposto, não porque merecemos alguma coisa dele. Mas Deus enviaria salvadores a essas pessoas. E Deus enviou O Salvador, o perfeito Salvador, Seu Filho, que poderia fazer o que nenhum desses juízes poderia fazer. E nele, e somente nele, vamos ganhar a vitória, pela fé, pela graça de Deus.

Amém.

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Jim Witteveen

Pr. Jim Witteveen é ministro da Palavra servindo como missionário da Igreja Reformada em Aldergrove (Canadá) em cooperação com as Igrejas Reformadas do Brasil. Atualmente é diretor e professor no Instituto João Calvino.

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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.