Leitura: 2 Reis 25.22-30
Texto: 2 Reis 25.22-30
Irmãos e irmãs em nosso Senhor Jesus Cristo,
Chegamos ao nosso último sermão nos livros dos Reis de Israel e Judá, e acho que não preciso dizer que é um final muito triste. Como já vimos na semana passada, o Reino de Deus chegou ao fim. O trono de David desapareceu para sempre. Todas as promessas de Deus e as esperanças e sonhos do povo de Deus para tudo o que Israel deveria ser como uma nação do povo de Deus – todas elas se foram. Eles se foram e a culpa é deles mesmo. A idolatria e a infidelidade que eles toleraram durante tantas gerações tiveram finalmente o seu preço devastador. E a aliança, e tudo mais, acabou.
Quero que percebamos como este é um momento devastador. Poderíamos pensar que é apenas o fim da nação – e afinal, não será que todas as nações têm o seu fim? Mas é muito mais do que isso. É o fim – até onde se sabe – das promessas de Deus feitas a Abraão. É o fim da história da salvação do mundo por Deus, porque era através de Israel que Deus iria abençoar todas as nações. E porque Israel falhou em ser o povo que precisava ser, eles foram totalmente destruídos e levados para o exílio e, da sua perspectiva, não havia razão para acreditar que Deus teria mais planos para a salvação da humanidade. Tudo se acabou. Se a nação escolhida não conseguiu cumprir a sua vocação e falhou tão terrivelmente assim, que esperança existe para o mundo ímpio?
Então este foi, de uma forma muito real, o pior momento na história humana. Onde todos os planos redentores de Deus foram aparentemente interrompidos. E irmãos, a história da redenção poderia ter terminado aqui mesmo. Deus não tinha mais nenhuma obrigação. Ele foi fiel em todos os sentidos, e Israel e Judá quebraram sua aliança de todas as maneiras possíveis.
A história oficial dos Reis terminou nos versículos que vimos na semana passada, no versículo 21. Zedequias, o último rei no trono de Davi, viu seus filhos executados diante de seus olhos, e então seus olhos foram arrancados, e ele foi arrastado para a Babilônia, onde, até onde sabemos, ele morreu na obscuridade. O templo foi totalmente queimado e a cidade totalmente saqueada. Os últimos nobres que restaram na terra foram reunidos e massacrados. E assim o versículo 21 diz: Judá foi levado para o exílio. É aí que termina a história oficial.
O livro dos Reis termina então com uma espécie de epílogo, composto de duas partes. O primeiro evento ocorre alguns meses após o exílio, e o outro quase 30 anos depois.
Primeiro, há um breve relato do que aconteceu na terra de Judá logo após o exílio. A história completa é contada em Jeremias 39-45, mas aqui nos é dada apenas a versão resumida. E o que vemos nestes versículos é uma tentativa de reiniciar o reino de Judá na terra, e é um fracasso total. E isso mostra que as pessoas que restaram na terra ainda foram rebeldes contra Deus.
O que aconteceu foi que Nabucodonosor designou um certo homem, Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, um homem piedoso, temente a Deus — Nabucodonosor o nomeou governador. E convocou uma reunião com o povo da terra e exortou-os a servir o rei da Babilônia e a habitar na terra em paz. Mas algum membro obscuro da família real, bem fora da linha para o trono – Ismael, filho de Netanias, filho de Elisama – decidiu assumir o trono, uma tentativa de reiniciar o reino de Judá com ele mesmo no trono. Nós já deveríamos saber que isso não vai dar certo. Sabemos por Jeremias que ele foi instigado em parte com o apoio do rei dos amonitas, porque eles também estavam se preparando para se rebelar contra a Babilónia. Então ele veio e assassinou Gedalias. Mas logo depois, ele perdeu a coragem e fugiu para o Egito.
Este evento nos mostra duas coisas:
- Primeiro, como já falei, as pessoas que restaram na terra continuavam rebeldes como antes—até matando o homem piedoso que, pela graça de Deus, o rei Nabucodonosor havia colocado como governador. Então mesmo a destruição de Judá não mudou o coração rebelde do povo.
- Segundo, fica claro que o reino de Judá realmente acabou de vez e não vai se restaurar. Qualquer tentativa de reiniciá-lo é uma vã esperança. Deus não estava com eles.
Assim, mais um prego é cravado no caixão de Judá. Deus se posicionou contra a tentativa de restaurar o trono de Davi.
Esse é o nosso primeiro epílogo.
Então, 26 anos se passam e temos mais uma vinheta, desta vez da Babilônia:
Versículo 27: “No trigésimo sétimo ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no dia vinte e sete do duodécimo mês, Evil-Merodaque, rei da Babilônia, no ano em que começou a reinar, libertou do cárcere a Joaquim, rei de Judá. Falou com ele benignamente e lhe deu lugar de mais honra do que a dos reis que estavam com ele na Babilônia. Mudou-lhe as vestes do cárcere, e Joaquim passou a comer pão na sua presença todos os dias da sua vida. E da parte do rei lhe foi dada subsistência vitalícia, uma pensão diária, durante os dias da sua vida.”
Lembra de Joaquim? Não o último rei de Judá, mas o penúltimo, o neto de Josias, que reinou apenas três meses – tempo suficiente para a Bíblia dizer que ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, como seus pais. Naquela época, Nabucodonosor subiu contra Jerusalém e a sitiou, e Joaquim (sabiamente) rendeu-se à Babilônia. Ele fez o que Zedequias, o rei depois dele, recusou de fazer, rendendo-se para que a cidade fosse poupada. E ele foi levado cativo e jogado numa prisão babilônica para passar o resto de sua vida ali.
Trinta e sete anos depois, Nabucodonosor morreu e Evil-Merodaque tornou-se rei na Babilônia. Trinta e sete anos em que Joaquim ficou lá na cárcere. Então, de repente, ele foi restaurado – literalmente, diz o texto hebraico, ele Evil-Merodaque levantou a cabeça dele da prisão, e ele lhe deu um assento de mais honra dos outros reis que estavam com ele na Babilônia. Mudou-lhe as vestes do cárcere, e Joaquim passou a comer pão na sua presença todos os dias da sua vida. “Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários.”
Irmãos, debaixo de todo o julgamento, lá na escuridão do exílio, você consegue ver o amor de Deus, lembrando de Seu povo abandonado?
Não é uma proclamação grande de restauração do trono. Nada assim. Não é uma declaração explícita de um futuro retorno. Mas é uma nota deesperança. É uma pequena lembrança de que mesmo nas trevas do exílio, o amor de Deus encontra um caminho de continuar, e Deus não se esquece do Seu povo.
A linguagem destes versículos nos lembra a história de José. Como José foi escravo e prisioneiro no Egito por muitos anos. E durante seu tempo na prisão, ele conheceu um padeiro e um copeiro do Faraó, que haviam sido presos, e ambos tiveram sonhos. E José interpretou esses sonhos, afirmando a ambos que Faraó “levantaria a cabeça” de cada um deles. É uma expressão hebraica que significa exaltar ou restaurar alguém. Davi usa esta expressão em Salmo. 3:3: “Tu, Senhor, és aquele que levanta a minha cabeça”, e ele profetiza mais tarde no Salmo 110 a respeito do Messias que Deus “levantará a sua cabeça”. Mas é uma expressão hebraica estranha, e a história de José faz uma ironia com esta expressão: porque Faraó “levantou a cabeça” do copeiro e o restaurou à sua posição anterior; mas ele também “levantou a cabeça” do padeiro, decapitando-o. E então, eventualmente, Faraó levantou a cabeça de José, colocando-o na segunda posição mais alta da terra.
Então aqui, numa segunda rodada de escravidão sob um segundo Egito, Joaquim foi exaltado e colocado, como José, acima de todos os seus pares à mesa do rei; como José, ele tirou as roupas da prisão e vestiu roupas novas. Interessante que os anais da babilónia também confirmam estes acontecimentos.
E assim temos um lembrete silencioso de que, assim como Deus não se esqueceu do seu povo, quando eles eram escravos no Egito, também Ele não se esqueceu deles agora.
Não sabemos se Joaquim alguma se arrependeu dos seus pecados, ou se ele chegou a amar o Senhor. A bíblia não diz. E isso realmente não é relevante, porque este livro não é sobre Joaquim. É sobre Deus, cujo amor nunca acaba, mesmo na escuridão, no silêncio e na desesperança do exílio. O amor de Deus, que não se esquece do seu povo, mesmo depois da morte, por assim dizer. O amor de Deus que lembra de sua aliança.
Irmãos e irmãs, não é esta a história da Bíblia? O Deus que se lembra da sua misericórdia, mesmo depois do julgamento, e mesmo depois da morte. Assim como Adão e Eva foram expulsos do jardim para o exílio; mas Deus interveio com a promessa de um Salvador. O Deus que declarou que o pecado do homem atingiu a sua plenitude e destruiu o mundo inteiro com um dilúvio, mas mostrou misericórdia para com Noé. O Deus que tomou a iniciativa de chamar o incrédulo e idólatra Abraão para fora de Ur, para fazer uma aliança com ele. A Bíblia é a história do amor constante, infalível e inabalável de Deus, mesmo após o julgamento, repetidas vezes. Este livro existe para destacar nossas histórias de sucesso; para mostrar tudo que o homem consegue fazer. Está aqui para nos mostrar a misericórdia e a fidelidade de Deus. O Deus que faz promessas que não foi obrigado a fazer, e se jura por causa do Seu próprio Nome, e então as guarda, mesmo quando seu povo falha repetidas vezes.
Fomos lembrados repetidamente em Reis sobre a promessa que Deus fez a Davi. Quando Deus faz promessas, Ele não se esquece de suas promessas, e ele guarda suas promessas. Ele as guarda por causa do seu próprio Nome, de tal modo que Ele é constrangido para cumpri-las por causa de Seu próprio Nome.
Assim, o livro dos Reis termina com uma pequena nota de esperança. Ainda vai passar mais 33 anos depois disso antes que algo mais acontecesse. Nos bastidores, Jeremias profetizava que o exílio duraria 70 anos e exortava o povo a viver em paz na Babilônia e a orar pelo bem do império. Ezequiel estava ministrando aos exilados. Daniel também era um dos cativos e servia no palácio de Nabucodonosor. E em 538 aC, o rei persa Ciro emitiu o primeiro decreto determinando que os exilados deveriam retornar para suas terras.
E entre esses exilados estava Zorobabel, filho de Sealtiel, filho de Joaquim, que se tornou governador de Judá. Não o rei—apenas o governador. O antigo reino não voltaria mais. Mas Deus estava operando algo maior.
E quando chegamos, 400 anos depois, ao Evangelho de Mateus, ali lemos a linhagem de José, remontando a Abiud, filho de Zorobabel, filho de Sealtiel, filho de Joaquim. Quando chegamos a José, a linhagem de Davi havia caído em obscuridade. Não era mais relevante. Judá estava governado por Herodes, um edomita. E ainda assim Deus não se esqueceu de Sua promessa a Davi.
Assim, ao terminarmos nossa jornada pelo livro dos Reis – que tem sido uma jornada desanimadora se estávamos colocando nossa esperança em reis e príncipes, porque todos eles nos decepcionaram – agora encerramos este livro refletindo sobre o amor incondicional de Deus que se lembra de Seu povo mesmo quando eles O esquecem, e que avança o seu reino nos bastidores dos grandes impérios do mundo.
Concluindo o livro, devemos reconhecer que tudo isso espera por Cristo. Cada rei fracassado desperta o nosso anseio por Cristo e a nossa gratidão agora que Cristo veio. Cada rei fracassado lembra-nos da nossa necessidade de Cristo vir e estabelecer o Reino de Deus. A retidão, a justiça e a paz que desejamos só vêm por meio do grande Filho de Davi, Jesus Cristo. Somente Ele, através da propagação do Evangelho e da transformação de nossos corações através de Sua Palavra e Seu Espírito, e através da reunião e edificação de Sua igreja – somente Ele pode estabelecer verdadeira retidão e justiça neste mundo, e nos dar o shalom, a paz, que este mundo tanto precisa.
Ao olharmos para trás, então, para os reinados dos diversos Reis, minha oração é que isso nos dê uma apreciação mais profunda pelo Rei Jesus; uma visão mais clara da insuficiência dos reinos humanos, e da necessidade que este mundo tem do reino de Cristo. A pecaminosidade destes Reis mostra-nos o quanto necessitamos da cobertura do sangue de Cristo. E o fracasso destes Reis em estabelecer o Reino de Deus mostra-nos o quanto necessitamos do Espírito de Cristo.
Ao examinarmos estes 500 anos da história de Israel, vimos repetidamente o nosso fracasso humano; mas também vimos a fidelidade de Deus, e o amor o compromisso de Deus com Suas promessas. Vimos Deus reunindo uma comunidade de crentes sob Elias e Eliseu, inculcando fé e devoção em homens como Ezequias e Josias, bem como a obra de Deus nos corações de pessoas comuns como a viúva sunamita ou o sumo sacerdote Josafá e sua esposa Jeoseba, que resgatou o bebê rei Joás das mãos de Atalia. Vimos reis fazerem o que era reto aos olhos do Senhor; e vimos reis fazerem o mal aos olhos do Senhor; e vimos reis que estavam em algum lugar no meio, fazendo o que era certo, mas cheios de concessões. Mas por baixo e por trás de tudo isso, uma coisa permaneceu constante: vimos Deus permanecendo fiel às Suas promessas, mantendo o trono de Davi e preparando o caminho para Cristo.
E finalmente, ao examinarmos estes 500 anos de história de Israel, de Davi até Joaquim, também fomos lembrados de que esta é a nossa história. Vivemos em um capítulo muito diferente, mas na mesma história da redenção de Deus. Agora Cristo veio, está reinando, e está construindo Seu Reino nesta terra, do qual nós temos o privilégio de ser cidadãos.
Mas este livro nos coloca a questão: que tipos de reis ou rainhas nós seremos nesta história? No final das contas, existem apenas dois tipos. A distinção não é entre os reis pecadores e os reis justos…porque todos eram pecadores. A distinção fica entre os reis que confiaram em Deus e is reis que não confiaram nEle. E a questão que nos é colocada é: que tipo de reis ou rainhas somos nós?
Especialmente para vocês, jovens, o livro dos Reis apresenta o desafio: já que você tem o privilégio de pertencer ao Reino de Cristo, que tipo de rei ou rainha você será? Qual é o legado que você deixará? Um legado de confiar Nele, segui-Lo e viver cheio do Seu Espírito? Ou um legado de buscar o seu próprio reino e trair o reino dEle? Vimos os dois tipos aqui em Kings. Vimos legados de fé e confiança em Deus que resultam em vidas usadas para a glória de Deus e a serviço do Seu reino. E vimos legados de egoísmo, miopia, mundanismo e, por vezes, destruição e desastre.
Uma vez que você está unido a Cristo, você já recebeu graça sobre graça. A sua vida dará testemunho dessa graça? Que tipo de legado você deixará?
Você pode ser como Manassés, que viveu uma vida totalmente ímpia, mas que, pela graça de Deus, ainda se arrependeu no final da vida e, segundo todos os relatos, parece ter sido salvo – embora certamente não haja garantia de que alguém que busque essa vida encontrará o arrependimento e perdão no final. Mas eu sei que esse não é o legado que você deseja deixa.
Então já que você recebeu um novo nome em Cristo; que seja um legado de fé e amor. Um legado de honra e retidão.
Para nós que estamos na meia-idade: não se esqueça da importância da segunda metade da sua vida. Pode vir nos dois sentidos. Tem Salomão, que criou um legado maravilhoso na primeira parte de sua vida, mas depois estragou o seu legado na segunda parte. Aquele que pensa que está de pé tenha cuidado, para que não caia.
E tem Josias, cujo início foi marcado por idolatria e ignorância de Deus – mas cujo legado é de fé, confiança e compromisso com o Reino de Deus, porque de repente encontrou a Palavra de Deus e, quando a ouviu, tremeu diante dela, e arrependeu-se e mudou de rumo de forma radical.
E vamos ser sinceros, também existem os que são como Acabe nos dias de hoje. Que vivem para seus próprios reinos e se opõem ao Reino de Deus. Que se casam com a ímpia Jezabel e permitem que ela faz o que quiser, e se recusa a intervir. Que ficam até tristes quando são repreendidos pela palavra de Deus, mas cuja dor acaba sendo apenas uma dor mundana, porque nunca se arrependem. Estes também existem.
Tem também outros como Jeorão – o filho de Acabe e Jezabel – que são aliados exteriormente aos profetas de Deus e à Palavra de Deus – mas interiormente são mais comprometidos com seus próprios reinos… e finalmente desistam de sua fé mais tarde na vida, quando não recebem as bençãos terrenas que imaginam que iriam receber, e finalmente perguntam: “Por que devo esperar mais no Senhor?” (2kg 6).
Existem os que são como Josafá – reis justos que tomam decisões tolas e fazem alianças tolas com ímpios que lhes custam o seu legado.
Existem os que são como Joás, que obedecem ao senhor enquanto seu pai vive, mas nunca fazem da fé do seu pai a sua própria fé – um lembrete de que nascer e ser criado na igreja não é garantia de uma vida e legado de fé.
Há os que são como Menaem—o último rei de Israel do norte – homens perversos que simplesmente aproveitam ao máximo sua maldade e crueldade, caminhando para o inferno sem esperança no mundo e causando o máximo de destruição e violando a vida dos outros quanto podem ao longo do caminho.
Existem os que são como Acaz, os intelectuais que anseiam por importância no cenário mundial, que comprometem a fé e imitam o mundo.
E existem os que como Zedequias — homens covardes que falham em seu dever mais básico de proteger e prover aqueles que estão sob seus cuidados, homens egoístas que sacrificam aqueles que devem proteger e cuidar, para salvar a sua própria pele — cujas histórias sempre terminam do mesmo jeito: envergonhados e condenados.
Cada vez que ouvimos a avaliação de um rei – que fez o certo, que fez o mal, que fez o certo “mas não de todo o coração”, somos confrontados com a questão: Qual é a avaliação que Deus dará de nossas vidas?
É claro que sabemos que, no que diz respeito a nosso salvação, que seremos avaliados pela obra de Cristo em nosso lugar, e somente em base desta obra de Cristo. Deus nos vê como santificados em Cristo. Graças a Deus por isso. Mas sendo assim, Deus também nos chama a andar de uma maneira digna da vocação com a qual fomos chamados, e assim, como aqueles que receberam o nome de Cristo, e cada um de nós vai deixar um legado para trás. Somos Reis em Cristo, ungido com o Espírito. Em Cristo você recebeu um nome maior que o nome de Davi, e você recebeu o Espírito de Cristo para que você possa fazer o que é reto aos olhos do Senhor. Você não é destinado ao fracasso. Portanto, somos chamados a considerar nossas próprias vidas e nosso próprio lugar nesta história, e a ouvir o chamado de Deus para nós para deixar um legado de fé e amor em resposta à graça e misericórdia de Deus ao nos adotar em Cristo.
E em Cristo há perdão e novos começos para aqueles que bagunçaram suas vidas e seu legado. Há misericórdia de Deus, cuja ira já foi satisfeita em Cristo; e há a renovação do Espírito Santo para trazer vida a ossos mortos.
——
Então, irmãos e irmãs, ao encerrarmos o livro dos Reis, vamos agora considerar nosso lugar nesta mesma história – embora estejamos vivendo em um capítulo muito diferente. O Reino de Deus já chegou emCristo. O Filho de Davi, Jesus Cristo, está reinando hoje. Ele está construindo a Sua igreja, através do Seu Espírito e da Sua Palavra, que está sendo pregada em todo o mundo. Os corações estão se voltando para Ele e as vidas de muitas pessoas estão sendo transformadas. A justiça está sendo estabelecida.
Mas a guerra pelo reino de Cristo ainda continua. O diabo e todas as forças malignas deste mundo se enfurecem contra a igreja e perseguem a igreja. E dentro de cada um de nós, essa batalha também acontece, à medida que lutamos contra a nossa própria natureza pecaminosa. O inimigo do reino de Cristo não está somente lá fora, mas está aqui dentro de nós. Certamente este também é uma lição que aprendemos no livro de reis. Sabemos que nessa guerra haverá traidores, haverá covardes e haverá aqueles que apostatarão.
Portanto, irmãos e irmãs, considere o seu chamado, considere o que você herdou em Cristo e considere o legado que você deixará para trás. Que cada um de nós aqui nesta congregação possa deixar um legado de esperança em Cristo, fidelidade na nossa confissão e obediência, e amor por nosso bondoso Deus.
Jonathan Chase
O pastor John Chase é Missionário de Aldergrove Canadian Reformed Church nas Igrejas Reformadas do Brasil. B.A., Western Washington University, 2012; M.Div., Canadian Reformed Theological Seminary, 2016. Serviu anteriormente como pastor da Igreja Reformada de Elora em Ontario, Canadá nos anos 2016-2020.
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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.