Leitura: Marcos 02.01-12; Daniel 07.13-28
Texto: Marcos 02.10-12
Amada Congregação do Nosso Senhor Jesus Cristo:
Tenho certeza que a maioria de vocês conhecem a passagem conhecida como a “Grande Comissão,” Mateus 28.18-20. É um texto fundamental para a igreja cristã; de maneira mais breve e concisa, o que temos nesses versículos é a constituição da Igreja de Jesus Cristo. Pode chamar a Grande Comissão de “ordens de marcha” que o Senhor Jesus Cristo nos deu:
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”
Assim, em Mateus 28 temos o mandamento de Deus – Ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Deus Triúno, ensinando-os a guardar o que vos tenho ordenado.
Na segunda parte de versículo 20, o Senhor Jesus nos dá segurança, motivo de confiança em nossa missão. Ele fez uma promessa solene que deveria nos dar esperança, uma razão para ação corajosa: Ele estará conosco, Seu povo, até o consumação do século. Não temos nada a temer.
Mas quando pensamos na Grande Comissão, quando pensamos em nossa tarefa e vocação como o povo de Deus, como Seu corpo, a Igreja, também precisamos nos lembrar das palavras que Jesus falou ao introduzir a Grande Comissão. Porque aquela frase que precede os versículos 19 e 20 diz por que Jesus poderia dar tal ordem aos seus discípulos, e a nós como seus seguidores:
“Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.”
Como Jesus pode dar uma ordem tão abrangente? O que lhe dá o direito de fazer tal exigência, e o que lhe dá o direito de dar uma garantia tão maravilhosa?
A resposta a essas perguntas é encontrada numa palavra, um conceito que já encontramos várias vezes no evangelho de Marco: e essa palavra é “autoridade.”
Já vimos como Jesus esclareceu sua autoridade no primeiro capítulo do evangelho de Marco.s Vimos a natureza autoritária de Seu chamado – quando Ele chamou seus discípulos, eles seguiram, sem questionar, imediatamente. Porque o chamado de Jesus era um chamado de autoridade. Quando falava na sinagoga, falava com autoridade, não como os mestres da lei, os escribas, que só falavam da autoridade dos outros. Quando Ele lidou com o mundo invisível das forças espirituais, Ele falou com autoridade para os demônios – eles não conseguiram escapar de sua autoridade. Quando Ele curou os doentes, como a sogra de Pedro, Ele mostrou sua autoridade sobre enfermidades e doenças, poder que era totalmente único. Quando Ele limpou o homem leproso, Ele mostrou a autoridade que Ele tinha para tornar os homens limpos, para remover sua impureza, para trazer a restauração de um modo que nunca havia sido feito antes.
E aqui, na história do homem que foi abatido do telhado da casa em Cafarnaum, Jesus mostra sua autoridade mais uma vez, e Ele leva essa autoridade, ou a revelação dessa autoridade, para um novo nível completamente. E ao declarar sua autoridade e ao exercer essa autoridade, Ele começa a revelar a grande divisão, a divisão entre as pessoas que estão disposta a se submeter a essa autoridade, e as que recusam. Até agora, a única oposição que Jesus havia enfrentado foi de demônios. As pessoas faziam perguntas; elas se perguntaram como este homem poderia pregar como Ele pregou, elas ficaram maravilhadas com seu poder de cura. Mas agora a oposição começa a crescer. Porque este Jesus não estava mais mostrando uma incrível autoridade humana – Ele estava reivindicando para si a autoridade divina.
A história começa com Jesus em casa em Cafarnaum, seja em sua casa ou na casa de um de seus discípulos. Alguns dias haviam se passado desde que Ele havia purificado o homem com lepra, e parece que o número de pessoas que tornou a pregação impossível para Ele começara a diminuir. Mas agora uma multidão enorme estava reunida. A casa estava cheia, e havia uma multidão lotada do lado de fora da porta, querendo ouvir o que Jesus estava dizendo lá dentro. E essa multidão não foi composta de pessoas que estavam reunidas para vê-lo fazer milagres – eles vieram ouvi-lo pregar, ouvi-lo falar sobre a Palavra de Deus.
Mas os sinais que Jesus fez, as curas que Ele operou, não haviam sido esquecidos, especialmente por quatro homens, cujo amigo estava paralítico. Pode imaginá-los, ouvindo que Jesus estava na cidade, e a emoção que devem ter sentido. Talvez o amigo deles tenha pedido para levá-lo a Jesus; ou talvez tenha sido idéia deles – aqui estava uma chance única de ter seu amigo de volta, fisicamente apto, com sua saúde restaurado, com todas as possibilidades de vida abertas para ele mais uma vez.
E assim esses quatro homens colocam seu amigo numa cama portátil. Pode imaginá-los chegando em casa, vendo a multidão que estava reunida, vendo que não havia maneira de entrar, ou mesmo perto da porta, por causa da multidão. Mas eles não vão desistir. Eles vão fazer o que for preciso para colocar seu amigo em contato com Jesus, porque eles sabem que Jesus é capaz de curar seu amigo.
As casas na antiga Israel tinham escadas no lado de fora que levavam ao telhado plano – podemos ver outros lugares nas Escrituras onde as pessoas passavam muito tempo no telhado, descansando, dormindo e até orando. Os quatro homens subiram a escada, carregando o amigo, e começaram a trabalhar – fazendo um buraco no telhado. É uma idéia engenhosa, na verdade. Não ouvimos como a decisão foi tomada, ou se um dos homens teve que convencer os outros – da maneira como a história é contada, parece que tudo aconteceu muito rapidamente. É um relato prático – Marcos simplesmente nos diz que os homens removeram o telhado acima de Jesus e baixaram o homem para dentro da casa.
Apenas pense nisso. Jesus está na casa, pregando e ensinando. O lugar está lotado. Todo mundo está quieto, exceto Jesus, e essa congregação que está reunida está no meio de ouvir um sermão perfeito – uma perfeita proclamação do evangelho, a palavra inigualável e autoritária de Deus. Jesus está falando, a multidão está ouvindo atentamente e, de repente, esse barulho vem do telhado. Martelando, cavando, cortando, o som dos passos e talvez alguma discussão entre esses quatro homens sobre a melhor maneira de levar seu amigo para dentro da casa – talvéz até mesmo pedaços de barro e pedaços do telhado de palha caindo na própria sala.
Se o sermão foi único, e certamente foi simplesmente por causa da singularidade daquele que estava pregando, esta deve ser a mais incomum interrupção de um sermão na história da pregação. Um minuto Jesus está pregando, o próximo minuto este homem paralisado está sendo abaixado do telhado diante da congregação.
E Jesus faz uma resposta incrível. Estes quatro homens parecem ainda estar no telhado. Eles haviam abaixado seu amigo, mas não lemos que eles vieram atrás dele, ou como poderiam ter feito isso. Então Jesus provavelmente está olhando para esses homens, não para o amigo paralítico que está diante dele. Mas Jesus viu a fé deles. Agora, geralmente não pensamos na fé como algo que você pode ver. A fé é esse “algo” intangível – algo que você tem, um sentimento, uma questão do coração – não é algo que você possa ver – essa é a idéia geral do que é a fé.
Mas Jesus viu a fé feles. Claro, sabemos que Ele sabia o que se passava no coração dos homens. Como João escreve no segundo capítulo de seu evangelho (João 2.25), “E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana.” Mas aqui lemos que Ele viu a fé deles. Sua fé foi evidenciada por seus atos. Sua fé era fé em ação – não um calor estranho dentro deles, ou um sentimento, ou até mesmo uma atitude; sua fé se tornou evidente quando viram a multidão – e não apenas não se desiludiram, mas fizeram tudo para levar o amigo à presença de Jesus, a ponto de quase destruir a casa de um homem.
Eles não se importavam com o que ninguém pensava. Eles não se importavam com o que poderia ser feito a um grupo de homens que havia cavado um buraco no teto de alguém. Eles sabiam o que Jesus tinha feito, e confiavam que Ele poderia fazer o mesmo por seu amigo. E esse entendimento levou a ação. A fé deles tinha pernas e braços e mãos e pés. Tiago nos diz que a fé sem obras está morta. E a fé desses homens ficou muito clara para todos verem. E surpreendentemente, a primeira coisa que Jesus vê é a fé desses homens.
Mas vendo sua fé, Ele desviou sua atenção dos quatro amigos e olhou para o paralítico. Ele se dirige ao homem como “filho,” e faz uma declaração que parece inteiramente diferente do que está acontecendo. “Filho,” diz Ele ao paralítico, “os teus pecados estão perdoados.”
Num evento que parece ter sido uma série de surpresas, essa pode ser a parte mais surpreendente dele. Esses homens estavam procurando cura para seu amigo. Eles haviam passado por uma incrível série de passos para levar seu amigo a Jesus. E agora, aqui estava Jesus, vendo sua fé, e pronunciando o perdão dos pecados deste paralítico. Ele não o cura. Ele não vê a fé do paralítico e o faz bem, como já fez, e como faria com os outros. Em vez disso, Ele faz uma declaração que é realmente uma declaração corajosa e poderosa de sua autoridade.
Só Deus poderia perdoar os pecados, como o povo judeu sabia muito bem da mensagem das Escrituras. Foi o Senhor quem teve a autoridade para declarar perdão. E se as pessoas soubessem que era a verdade, seus escribas, os mestres da Lei, sabiam disso melhor do que qualquer outra pessoa. E havia alguns escribas presentes, escutando o sermão de Jesus, talvez como parte de uma missão de averiguação, enviados pelas autoridades religiosas para verificar esse novo mestre popular.
Pode ver mais adiante neste capítulo que os escribas e fariseus estavam seguindo a Jesus e seus discípulos, mas esta é a primeira vez que ouvimos sobre sua atitude cética em relação a Jesus e, de fato, o que está rapidamente se tornando antipatia por Ele, oposição direta. Ainda não se tornou oposição aberta. Ainda não é falada em voz alta. Mas está presente em seus corações. E Jesus, sabendo o que vivia em seus corações, sabia exatamente o que eles estavam pensando, as acusações que eles estavam fazendo, não publicamente, mas silenciosamente. “Esse homem é blasfemo.” “Esse homem está se colocando no lugar de Deus.” “Como esse jovem rabino pode dizer algo assim?” “O que lhe dá o direito?”
E esse era o ponto de Jesus. Ele estava usando essa oportunidade para declarar que sua autoridade era ainda maior do que as pessoas sabiam. E assim Ele se dirige a esses homens. “Por que vocês estão questionando essas coisas em seus corações?” Ele pergunta. “O que é mais fácil dizer: ‘Seus pecados estão perdoados,’ ou “Levante-se, peque sua cama e ande’?”
Na verdade é óbvio o que é mais fácil dizer. Dizer, “Seus pecados estão perdoados,” tendo a autoridade para dizer isso, é algo muito maior do que dar a alguém a capacidade de andar. Os profetas haviam feito milagres. O Senhor fez grandes coisas por intermédio de Moisés, Elias, Eliseu e os outros profetas. Eles recebiam o poder de fazer maravilhas, mas eles não podiam afetar o perdão. O perdão dos pecados é algo muito maior do que a cura.
Mas para aqueles que estavam andando de vista, e não pela fé, parecia ser uma coisa muito maior conceder a alguém a cura física do que fazer uma declaração sobre o estado de sua alma – porque era impossível verificar se os pecados de alguém foram perdoados ou não, baseado apenas em evidências físicas. E assim, para mostrar a validade, a veracidade de sua declaração de absolvição, Jesus se dirige ao homem com três ordens: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa. E imediatamente, sem hesitação,em resposta à palavra de Jesus, o homem se levanta, pega o leito, e passa pela multidão de espectadores e sai pela porta.
Mais uma vez, a cura que Jesus faz não fica sozinha – não é uma cura feita para ganhar atenção e glória para a pessoa efetuando a cura. Os evangelistas na televisão e os supostos curadores da fé de hoje deixam bem claro que eles não são nada além de trapaceiros e charlatães quando transformam seus “programas de cura” numa espécie de circo ou show, de uma forma que é nada mais do que uma paródia do que Jesus fez. Jesus deu a esse homem a capacidade de andar, não porque sua saúde física fosse mais importante do que qualquer outra coisa; Ele deixou claro qual era o problema mais sério do homem, quando a primeira coisa que fez foi declarar os pecados do homem perdoados. O pecado, o estado da alma do homem, seu relacionamento com Deus, era infinitamente mais importante do que sua capacidade de andar.
Mas o sinal foi dado para apontar para a Palavra. O sinal foi dado para apoiar a mensagem pregada. A cura foi feita para mostrar, como Jesus disse, “que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados.”
E esta é a primeira vez que encontramos este título, “o Filho do Homem,” no evangelho de Marcos. Mas ao longo de todos os quatro evangelhos, este é título que Jesus usa sobre si mesmo repetidas vezes. Vemos isso em Marcos 14.61-62:
“Ele, porém, guardou silêncio e nada respondeu. Tornou a interrogá-lo o sumo sacerdote e lhe disse: És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito? Jesus respondeu: Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu.”
Em Lucas 9.26, Jesus diz isto:
“Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos.”
E Jesus declara isso sobre si mesmo em Lucas 12.40:
“Ficai também vós apercebidos, porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá.”
E todas essas referências, este título, “O Filho do Homem,” remetem a uma passagem em Daniel, Daniel 7.13-14:
“Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.”
Quando Jesus se chama o Filho do Homem, Ele está dizendo que Ele é essa figura que Daniel viu em sua visão. Ele é o que os teólogos chamam de “figura escatológica” – uma figura do fim dos tempos. Ele era alguém que os judeus esperavam chegar no fim do mundo, na consumação, na conclusão de todas as coisas. Mas Jesus, nesta simples declaração, estava declarando que Ele era aquele homem.
Ele, o Filho do Homem, tinha a autoridade suprema – a autoridade divina, para perdoar os pecados. O Pai lhe daria o domínio, a glória, o reino. Todos os povos, nações e línguas o serviriam. Seu domínio, sua autoridade, seria eterna – nunca seria tirado dele. Seu reino seria um reino eternao, muito além de qualquer reino humano e terreno – nunca seria destruído.
E toda essa autoridade, toda essa glória, esse poder, essa força, foram expressas, não por liderar um exército na batalha contra um inimigo físico. Não por liderar os judeus numa revolução contra seus opressores romanos. Não por colocar a nação de Israel na posição de proeminência mais uma vez. Essa autoridade foi expressa de maneira mais simples e silenciosa, mas de uma maneira verdadeiramente surpreendente – com as palavras: “Filho, teus pecados estão perdoados.”
E para aqueles que tinham olhos para ver, para aqueles que tinham fé, essas palavras e a demonstração da sua realidade na cura do paralítico levavam ao espanto – e não apenas para espanto, mas para um espanto com propósito – espanto com resultado. Eles estavam todos maravilhados, e esse espanto levou onde deveria ter levado – para a glorificação de Deus. Esse foi o ponto. Esse foi o propósito de Jesus – trazer glória ao Pai.
Mas onde há verdade proclamada, em palavras e atos, onde o evangelho do reino é proclamado em toda a sua glória, onde o próprio Senhor declara sua autoridade e exige humilde obediência e submissão e servidão, haverá oposição. No ministério de Jesus, vemos as sementes dessa oposição sendo plantadas aqui, e muito rapidamente as veremos brotando e crescendo, levando à sua condenação por blasfêmia, e sua morte na cruz.
Porque as pessoas nos dias de Jesus não eram diferentes do que as pessoas de hoje. Nossa natureza pecaminosa é rebelde. Por natureza, queremos nos afirmar. Queremos tomar nossas próprias decisões. Queremos escolher o que é certo e errado, não queremos que ninguém nos diga o que devemos fazer, não queremos nos submeter à Autoridade. E isso é especialmente verdade da Autoridade Divina – a autoridade do próprio Deus. Por natureza, somos todos rebeldes e queremos a autoridade por nós mesmos. A primeira pergunta do homem pecador é esta: “Quem deu o direito de ter autoridade sobre mim para você?”
E é exatamente o que acontece aqui nesta história. Parece que a reação natural ao que Jesus fez seria a reação da multidão – a admiração e a glorificação de Deus. Mas o fato é que essa não é a reação natural. A reação natural é a reação dos escribas. Se ouvirmos esta declaração de autoridade, e se nos regozijarmos em nos submeter a aquele que tem a autoridade, isto é um milagre da primeira ordem. Isto é maior do que a purificação de um leproso, é maior do que a expulsão de mil demônios, é maior do que curar um paralítico. Este é o milagre da nova vida, o milagre de uma nova criação, a abertura dos olhos do nosso coração, para que possamos ver Jesus por quem Ele realmente é – o Filho do Homem, a quem toda a autoridade no céu e na terra foi dada, o Grande Rei, cujo domínio é eterno, cujo reino não terá fim.
Meus irmãos, nossa fé deve ser como a fé daqueles quatro homens que trouxeram seu amigo a Jesus para ser curado. Precisamos ouvir essas palavras sobre a autoridade de Jesus, palavras que Ele falou sobre si mesmo, palavras que foram provadas verdadeiras por toda a sua vida e ministério, e precisamos nos espantar e glorificar a Deus. Porque Ele pode não nos conceder a cura de nossas enfermidades físicas e problemas nesta vida, e está tudo bem. Podemos ter que sofrer em dor. Podemos ter que lutar como todo tipo de dificuldade – física, mental, espiritual – nesta vida. Mas quando quando confiamos nele, quando nos submetemos a Ele, quando reconhecemos sua autoridade e nos humilhamos diante dessa autoridade, podemos ter certeza de que as mais surpreendentes e mais preciosas palavras que foram faladas serão e estão sendo faladas para nós: “Meu filho… minha filha… seus pecados estão perdoados.”
E então, como filhos de Deus, podemos ir adiante, vivendo e trabalhando com ousadia e confiança, vivendo a Grande Comissão do nosso Senhor Jesus, sabendo que Ele estará conosco até o fim dos tempos, porque toda a autoridade no céu e na terra foi dada a Ele. E como confessamos em nosso Catecismo de Heidelberg, em Cristo, como reis podemos lutar nesta vida com livre e boa consciência contra o pecado e o diabo, e esperamos a eternidade, onde iremos reinar com Ele para sempre.
Essa mensagem é nada menos do que as boas novas do Reino. Não é viver a boa vida. Não é saúde e riqueza e cura e felicidade. Não é como ser pessoa melhor, ou como ser pai bem-sucedido. Não tem a ver com se sentir bem consigo mesmo. Não tem a ver com realização pessoal. Não se trata de ter poder e autoridade por si mesmos. É sobre submeter-se a Aquele que tem a autoridade. E somente submetendo-se a Ele você será capaz de ficar maravilhado, e glorificar a Deus, cheio de gratidão pelo dom gratuito do perdão e da salvação, para sempre.
Amém.
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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.