Sermão preparado pelo pastor Jim Witteveen
Leitura: Lucas 09:37-62
Texto: Lucas 09:51-62
Amada Congregação de Nosso Senhor Jesus Cristo,
Nosso texto de hoje marca o começo da narrativa da viagem de Jesus no evangelho de Lucas. É a maior seção no relato de Lucas, de capítulo 9 a capítulo 19. E embora não recebemos uma idéia clara do percurso exato do Senhor Jesus nessa viagem, sabemos o destino. O plano de Deus seria realizado, e como diz em versículo 51, se completaram os dias em que devia ele ser assunto ao céu. A glorificação, a ascensão ao céu, foi o destino final do Senhor Jesus. Mas aquele destino seria alcançado somente por meio da entrega de Jesus nas mãos dos homens (v.44). O caminho a glória, foi o caminho de sofrimento. Por isso, Jesus manifestou “a intrépida resolução de ir para Jerusalem.”
O início dessa narrativa é intimamente ligado com o que aconteceu antes. Jesus avisou os discípulos, e eles que seguiriam a Ele, que o custo de discipulado seria grande. E agora vemos isso em prática. O discipulado significa auto-negação. Significa compromisso completo. Inclui a reorientação completa de tudo na vida – o abandono dos caminhos do mundo, a renúncia de orgulho, e a determinação focada em seguir o Mestre. E vemos isso na resposta de Jesus àqueles que queriam seguir a Ele, e à resposta de Jesus às falhas dos discípulos. Mas em fim, as palavras de Jesus no final de capitulo 9 fornecem um aviso apropriado para aqueles que já o seguirem, e para aqueles que quereriam seguir: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus. Não olhe para trás.
- Os discípulos
No início da viagem, depois das alturas do Monte de transfiguração, somos enfrentados com uma falha após o outro. No primeiro lugar, os outros nove discípulos, aqueles que não foram na montanha com Jesus, Pedro, Tiago, e João, falharam miseravelmente nos tentados de salvar o jovem afligido por um espírito maligno. Aquela falha foi resultado de falta de fé. Então, antes de reprovar o demónio, Jesus repreendeu os discípulos. E Ele usa o mesmo tipo de discurso que Moisés usou em Deuteronômio para descrever a geração que caiu no deserto. Não foi um começo auspicioso.
Mas imediatamente, essa falha leva a mais uma – essa vez, uma falha de entender. Os discípulos mostram a falta de entendimento, e a verdadeira falta de sabedoria, na sua resposta às palavras de Jesus, a mesma mensagem que Ele lhes deu antes da transfiguração. Antes, Ele disse, “É necessário que o Filho do Homem sofra muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas; seja morto e, no terceiro dia ressuscite” (9:22). E agora Ele diz, com certeza, claramente, com força, “Fixai nos vossos ouvidos as seguintes palavras: o Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens” (9:44). A luz tem vindo nas trevas, e eles que amou as trevas buscariam superar Ele. E a vida de Jesus seria entregada aos que eram aprisionados nas trevas.
Lucas enfatiza a falta de entendimento dos discípulos, repetindo a sua resposta em três maneiras: Eles não entendiam isto. Foi-lhes encoberto. O não compreendessem. Podemos ver a falta de sabedoria dos discípulos junto com a falta de compreensão. Sabemos que eles entenderiam tudo depois de Pentecostes. Mas àquele tempo, eles ainda foram responsáveis. Porque eles “temiam interrogá-lo a este respeito.” Eles tinham medo para revelar a sua ignorância – por isso, em ignorância eles permaneceram.
E daí, a situação somente piorou. Eles mostraram falta de fé, falta de conhecimento, falta de sabedoria, e agora eles mostraram falta grave de humildade. Eles começaram a argumentar sobre qual deles foi o maior. É um argumento infantil, na verdade. Mas esse argumento mostrou mais uma falha dos discípulos. Porque enquanto o Senhor Jesus foi lhes mostrando o que a verdadeira grandeza realmente significa, o que verdadeira liderança significa, verdadeira autoridade, os discípulos estavam pensando numa maneira mundana. Como crianças argumentando no parquinho, eles estavam argumentando sobre quem era o maior.
E a situação não melhorou, até depois da demonstração do Senhor Jesus. Ele tomou uma criança, e colocou ela no meio dos discípulos, e disse, “Quem receber esta criança em meu nome a mim me recebe; e quem receber a mim recebe aquele que me enviou; porque aquele que entre vós for o menor de todos, esse é que é grande.” Mas de novo, João mostrou falta de humildade, ciúmes, não para o Senhor, mas para si mesmo e os outros discípulos, e a posição de privilégio no círculo interno de Jesus. Uma pessoa estava usando o nome de Jesus para expelir demónios. E, evidentemente, distinto dos discípulos, ele experimentou sucesso. Mas a maneira em que João reclamou diz muito: “Lho proibimos, porque não segue conosco.” E de novo, Jesus respondeu com uma repreensão: “Não proibais; pois quem não é contra vós outros é por vós.”
Essas são as falhas que levam ao início da narrativa da viagem de Jesus. Mas enquanto a narrativa começa, as falhas continuam. Mais uma vez, os discípulos mostram falta de entendimento, de conhecimento, falta de humildade. Jesus manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém, de ir para a cruz, para a morte. Ninguém e nada iria distrair-lo de alcançar o objetivo. E enquanto Ele viajou por Samaria, os Samaritanos viram isso. E a antiga rivalidade entre os samaritanos e os judeus levou eles a rejeitar Jesus completamente.
Tiago e João ficaram ofendidos. Eles queriam imitar as ações de Elias, quando ele destruiu os grupos de soldados mandados por King Acazias. Eles querem mandar descer fogo do céu para consumir os samaritanos. E mais uma vez, Jesus respondeu com uma repreensão. “Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.” Provavelmente essas palavras em parênteses em nossas Bíblias foram inseridas no texto por um escriba para explicar a repreensão de Jesus, como comentário. Mas ainda que essas palavras não são originais ao texto, as palavras são comentário correto acerca da situação, sobre a inabilidade dos discípulos a renunciar os métodos do mundo, e a abraçar os métodos do Senhor Jesus.
No contexto das últimas palavras de Jesus em capitulo 9, os discípulos foram pessoas que já tinham posto a mão no arado. Eles tinham deixado tudo para trás para seguir Jesus – casas, famílias, segurança, subsistência – e eles escolheram a se identificar com Jesus, e a sua situação. Então, como o Filho de Homem, agora eles não tinham lugares onde eles poderiam reclinar a cabeça. Eles eram discípulos – as suas falhas não significaram que eles não eram discípulos não mais, ou que Jesus os rejeitou. Com certeza, Ele foi decepcionado com eles. Certamente a insensatez deles foi mais uma carga que o Senhor Jesus tinha que suportar no caminho a glória que iria levar-lo para Jerusalém.
Mais eles precisaram melhorar. Eles tinham posto a mão no arado, mas eles estavam olhando para trás, em vez de olhando em frente. O homem que estava arando tinha que se segurar ao arado, dirigir os bois, manter o arado com atenção absoluta na frente. Se ele estivesse olhando para trás, faria uma bagunça do trabalho.
E a mesma coisa foi a verdade quanto os discípulos. Eles tinham que deixar para trás os métodos e maneiras do mundo – a rivalidade e inveja e orgulho e egoísmo do mundo, o caminho de sobrevivência do mais forte. Eles tinham que focar em Jesus, no caminho de Jesus – não no mundo e as idéias e assim chamada sabedoria do mundo. Exteriormente, eles já tinham deixado tudo para trás. Isso já mostrou compromisso grande. Mas aquela transformação exterior não foi suficiente. A transformação interior foi necessidade absoluta – para seguir não somente nos passos físicos de Jesus, mas para seguir o caminho espiritual de Jesus.
- Os discípulos em potencial
Mas havia outras pessoas que abordaram Jesus no caminho a Jerusalém também – pessoas que não eram discípulos, mas que expressaram desejo para seguir-lo, ou quem tinham sido chamado por Ele. O primeiro homem que abordou Jesus lhe falou com muito entusiasmo: “Seguir-te-ei para onde quer que fores,” ele declarou. Mas a resposta de Jesus é reveladora. Ele não encorajou esse homem; de fato, pareceu que Ele ativamente está descorajando esse homem. Pode dizer que a resposta de Jesus foi um exemplo muito bom de verdade em propaganda.
É como Ele disse, “Sim, você diz que quer seguir a mim, mas você realmente sabe a situação que quer? As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.” Eu não tenho nada. Eu sou peregrino, eu tenho esse grupo de discípulos ignorantes, e bem, as pessoas estão maravilhando agora, mas a viagem vai nos levar pelo vale da sombra de morte. Você é verdadeiramente preparado por tudo isso?”
O teólogo J.C. Ryle aplicou essas palavras de Jesus à mensagem que nós proclamamos como igreja, e a maneira em que devemos proclamar essa mensagem. Essa maneira, infelizmente, é esquecida por muitas pessoas, porque queremos minimizar o custo de discipulado, e focar nos benefícios mundanos de seguir a Cristo. Ryle disse: “Vamos dizer aos jovens e inquiridores, plenamente, que existe uma coroa de glória no fim; mas vamos lhes dizer não menos plenamente que existe também uma cruz diária no caminho.”
Precisamos comunicar honestamente quando proclamamos o evangelho, e também em nosso próprio pensamento. Precisamos enfrentar a mesma pergunta séria: Eu realmente tenho a vontade de deixar os confortos do mundo para trás para seguir Cristo? Ou eu sou, na verdade, inapto para o reino de Deus, porque eu quero, um pouco, um pedaço do reino, mas eu também quero esse mundo?
E Lucas recorda mais um encontro. Jesus chamou uma outra pessoa: “Segue-me,” Ele disse. Mas esse homem respondeu, “Permite-me ir primeiro sepultar meu pai.” Provavelmente esse pedido significou que o pai dele foi perto de morte. Foi a responsabilidade do filho de fornecer as necessidades para enterrar o pai – foi levado a sério naquela época. Então, não foi uma resposta frívola. Esse homem pediu algo razoável.
Mas Jesus respondeu numa maneira que parece áspera – “Deixa aos mortos sepultar os seus próprios mortos. Tu, porém, vai e prega o reino de Deus.” Aqueles que não estavam seguindo a Cristo eram “os mortos” – os mortos espirituais. Para seguir a Cristo, esse homem tinha que deixar para trás a identidade com “os mortos” e seguir “o vivo” – aquele que é “a vida.”
A mensagem que Jesus teve para esse homem foi como a mensagem do Senhor aos profetas Ezequiel e Jeremias. Em Ezequiel 24, o SENHOR disse a Ezequiel, “Filho de homem, eis que, às súbitas, tirarei a delícia dos teus olhos” – Deus iria tirar a vida da esposa de Ezequiel. Mas ele comandou Ezequiel, “Mas não lamentarás, nem chorarás, nem te correrão as lagrimas.” Logo, à tarde, a mulher de Ezequiel morreu. “Na manhã seguinte, fiz segundo me havia sido mandado,” Ezequiel disse.
Na mesma maneira, o SENHOR chamou Jeremias à tarefa vital, num ponto importante na história de Israel. Ele tinha que proclamar uma mensagem de desastre e julgamento sobre o povo de Deus. Mas Deus lhe deu instruções semelhantes: “Não entres na casa do luto, não vás a lamentá-los, nem te compadeças deles… nesta terra, morrerão grandes e pequenos e não serão sepultados; não os prantearão… não entres na casa do banquete, para te assentares com eles a comer e a beber…” (Jeremias 16:5ff).
Ezequiel e Jeremias tinham que deixar os laços mundanos, porque Deus estava usando-los para proclamar o evangelho nos momentos decisivos na historia de redenção. E se isso era a situação desses profetas, somente sombras do Grande profeta por vir, quanto mais verdade seria para eles quem seguiriam Jesus?
E no encontro final, o discípulo potencial pediu se ele poderia se despedir à família dele antes de seguir a Jesus. Mais uma vez, não foi uma pedida ridícula. A pedida, e a resposta de Jesus, nos lembramos do chamado de Elias a Eliseu. Eliseu “andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; ele estava com a duodecima. Elias passou por ele e lançou o seu manto sobre ele. Então, deixou este os bois, correu após Elias e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe e, então, te seguirei. Elias respondeu-lhe: Vai e volta; pois já sabes o que fiz contigo” (1 Reis 19:19-20). Mas Jesus deu uma resposta completamente oposto: “Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus.”
E quando pensa na figura de alguém que olha para trás nas Escrituras, pense na esposa de Ló. Enquanto a família dela, pela graça de Deus, escapou a destruição de Sodoma e Gomorra, ela parou para olhar com saudade na cidade atras dela. Por causa dessa falta de decisão, essa falta de compromisso, ela não escapou a destruição enviada por Deus. Ela se tornou pilar de sal. Os laços com o passado foram fortes demais. Ela não tinha vontade de dar as costas ao que ela sabia. Por isso, ela não escapou. Ela, como Jesus disse, não foi apto para o reino de Deus.
Irmãos, como pessoas que professamos fé em Cristo, ficamos na posição dos discípulos nessa passagem. Mas a mensagem que Jesus deu aos aspirantes foi igualmente aplicável aos discípulos, e a nós também. Os discípulos, que já tinham escolhido seguir a Jesus, ainda precisaram dar as costas ao caminho do mundo.
Eles precisaram parar se identificarem com o mundo e os caminhos do mundo, e se identificarem com o Senhor Jesus e o seu caminho. Eles precisaram deixar para trás a insensatez do mundo, as táticas do mundo, as formas de pensar do mundo, e completamente mudar a maneira de pensar sobre si mesmos, sobre o mundo, e sobre a natureza do reino de Deus. Eles precisaram ser lembrados que seguir a Jesus significa seguir a Ele completamente. Significa identificar completamente com Ele, quebrando a nossa identidade com o mundo. Precisamos deixar não um pouco, mas tudo, para trás. Devemos não olhar para trás.
Jesus falaria sobre o julgamento que vem em Lucas 17. Ele diria aos discípulos, “Quem quiser preservar a sua vida perdê-la-á; e quem a perder de fato a salvará. E Ele faria esse aviso, curto, simples, direto: “Lembrai-vos da mulher de Ló.”
Na verdade, isso é nada mais que uma continuação do que ouvimos na semana passada – a mensagem de levar a cruz para seguir a Cristo, somente expressada por um ponto de vista diferente. Mas isso enfatiza a gravidade da mensagem, e apenas podemos beneficiar por considerarmos a mensagem de novo. Como Cristãos, como membros da igreja, precisamos ficar acordado à mensagem. Não devemos ficar complacentes. Não devemos pensar que tudo está bem conosco enquanto nós estamos fazendo as coisas certas, seguindo Jesus superficialmente.
Porque a vida Cristã é muito mais que viver a vida moral, passando uma ou duas horas por semana na igreja por semana. A vida Cristã demanda compromisso completo. Exige que quebramos nossos laços com o mundo. Devemos permanecer no mundo, para o bem do mundo. Mas não devemos ser do mundo.
Nossa lealdade não pode ser dividida. Não podemos servir Deus e dinheiro, ou Deus e os prazeres desse mundo, ou Deus e nossos confortos pessoais. Não podemos servir Deus enquanto sendo ligados com as coisas que deveríamos ter abandonadas. É bem possível ser membro do povo da aliança, ser batizado, fazer profissão da fé, realizar as exigências mínimas, por assim dizer, de membresia na igreja, enquanto sendo absolutamente inadequado pelo reino de Deus.
Não somos salvos por membresia na aliança. Não somos salvos através da obediência sem convicção. Não somos salvos por tentarmos andar com um pé no mundo e o outro na igreja. Não somos salvos por viver como Cristãos nominais. Somos salvos pela graça de Deus, mediante à fé – e fé verdadeira é uma coisa abrangente. A fé verdadeira vai nos levar a quebrar as amarras antigas na nossa vida. A abandonar aquelas antigas maneiras de pensar. A fé verdadeira vai nos levar a focar atentamente em Cristo, na beleza dEle, na gloria dEle, na Suas obras que muda o mundo, que derruba a ordem presente desse mundo.
Considere a advertência de Jesus para aqueles que iriam seguir a Ele. Você tem posto a mão no arado irresolutamente? Enquanto você está ficando atrás daquele arado, é que você está olhando para trás, com saudades, pensando no que você deixou para trás?
O lavrador tem um campo na sua frente. O trabalho do lavrador é dom lhe dada por Deus. É trabalho que ele pode fazer com alegria. É trabalho que tem consequências eternas. É trabalho que abençoa a pessoa que trabalha, que abençoa o mundo, que leva glória a Deus. Mas é trabalho. A lavoura não é emprego fácil. Exige esforço. Não é ferias na praia.
E a lavoura é trabalho que não pode ser feito efetivamente ou corretamente se o lavrador não tem os olhos focados na tarefa. E é trabalho que pode ser destruído completamente, completamente arruinado, se a atenção do lavrador está focada na parte do campo atrás dele.
A vida Cristã é assim. Jesus avisou os discípulos que seguir a Ele não é uma questão leve, ou fácil. Ele avisou aqueles que expressaram o desejo de seguir-lo que seguir a Jesus completamente não foi algo que eles poderiam ter feito irresolutamente. Seria desafio. Seria uma luta.
Isso é o nosso chamado. Não se distraia. Mantenha seus olhos em Cristo. Não imagine que esforço sem convicção seria suficiente. Não olhe para trás. O mundo não tem nada para oferecer em comparação com as riquezas incríveis de pertencer a Cristo, e seguir a Ele. Se Ele é digno de seguir, Ele é digno de seguir absolutamente, com todo o coração. Não se contente com menos.
Amém.
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* Este sermão foi originalmente escrito para uso do pastor e não passou por correção ortográfica ou gramatical.